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Catarina

Catarina's Book(1)

ALÉM DAS SOMBRAS

ALÉM DAS SOMBRAS

Romance
5.0
Maria lutando para sobreviver nas margens da sociedade preconceituosa e pobre,retornava para Trindade com suas filhas. Seu encontro casual com o pai das crianças, Antônio, desencadeia uma tempestade de emoções que pensava estarem enterradas. Enquanto a neblina do passado se dissipa, revela-se um caminho de solidão e dificuldades esperanças e encontros inesperados. Maria tremia enquanto empurrava o carrinho de bebê pela rua principal de trindade, os dedos congelados pelo frio cortante de julho. A cidade portuária habitualmente tranquila, estava envolta em uma névoa gélida, como se o próprio clima refletisse a incerteza e o desespero de Maria. Sem condições de manter as duas recém-nascidas, filhas de um romance rápido, maria se via perdida. Vinda de uma família de pescadores e já mãe de uma menina de sete anos, ela mal conseguia imaginar como enfrentaria mais esse desafio. Dormindo de favor num quarto nos fundos da casa de uma parente, ela enfrentava as dificuldades sem muitas perspectivas, enquanto empurrava o carrinho, maria lembrava-se do pai das crianças, Antônio, cujo rosto ainda ecoava em sua mente. Ela o encontrou por acaso quando saía do supermercado, e o olhar curioso de Antônio ao vê-la sem a aparência de gestante a deixou atônita e trêmula. “maria?", chamou Antônio, aproximando-se lentamente. _há quanto tempo não nos vemos. Maria engoliu em seco, tentando controlar o nervosismo. _sim, faz um tempo. “Antônio observou as duas crianças no carrinho. _elas são suas? “maria assentiu, sentindo um aperto no peito. "sim, são minhas. _há algo que eu possa fazer para ajudar?", perguntou Antônio, com uma expressão de genuína preocupação. Maria sentiu um misto de emoções ao ouvir suas palavras. Ela não esperava essa oferta de ajuda vinda de Antônio, mas também não conseguia ignorar a esperança que brotava dentro dela. Maria observou Antônio se afastar com um sorriso nos lábios, sentindo-se aliviada por adiar a conversa sobre a verdadeira paternidade das crianças. Ele era um homem impressionante, alto e imponente, com um sorriso cativante que iluminava seu rosto. Seu charme natural e presença dominante sempre chamavam a atenção por onde passava. Enquanto maria empurrava o carrinho de bebê de volta para casa, ela se perguntava sobre o que o futuro reservava. Teria sido certo esconder a verdade de Antônio? Ela sabia que mais cedo ou mais tarde teria que enfrentar as consequências de suas escolhas. Chegando em casa, maria ajeitou as crianças e se permitiu um breve momento de descanso. Seu coração estava repleto de emoções conflitantes, mas ela sabia que teria que enfrentar cada desafio com coragem e determinação. Afinal, suas filhas dependiam dela para tudo. Enquanto a noite caía sobre trindade, maria se viu pensando em Antônio e no que o futuro poderia reservar para eles. Seria ele capaz de aceitar as crianças, mesmo sem ela ter contato que eram suas? E o mais importante, estaria maria pronta para abrir seu coração para o homem que poderia mudar o curso de sua vida? Essas perguntas ecoavam em sua mente enquanto ela se preparava para o que o destino tinha reservado para ela e suas filhas. Maria sentia-se sobrecarregada pelo peso da responsabilidade de cuidar de suas filhas. Ela nunca foi ensinada a ser mãe e, conforme os dias passavam, suas inseguranças apenas aumentavam. Sem conseguir trabalho e com as despesas se acumulando, ela se via lutando para dar o melhor às crianças, mas cada vez mais questionava se estava fazendo o certo. Enquanto olhava para Camila e as gêmeas recém-nascidas, maria se via mergulhada em uma mistura de amor e incerteza. Ela não sabia se tinha o que era necessário para cuidar delas da maneira que mereciam. Afinal, as crianças eram de pais diferentes, e maria se perguntava se não seria melhor para elas crescerem com seus próprios pais, que talvez pudessem oferecer mais estabilidade e apoio do que ela poderia. As noites solitárias e os dias difíceis apenas aumentavam suas dúvidas. Ela se via questionando suas escolhas e se sentindo perdida em um mar de responsabilidades que pareciam grandes demais para suportar sozinha. O pensamento de se separar das criança, não parecia correto, mas ela não podia ignorar a possibilidade de que talvez fosse o melhor para elas. Maria se perguntava se tinha coragem de tomar essa decisão. Ela sabia que qualquer que fosse o caminho que escolhesse, teria que ser feito com o bem-estar das crianças em mente. E enquanto lutava para encontrar uma resposta, ela rezava por uma luz no fim do túnel que pudesse guiá-la na direção certa.