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Da Loucura e das Manias em Portugal

Da Loucura e das Manias em Portugal

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Chapter 1 No.1

Word Count: 1791    |    Released on: 06/12/2017

doi

a casca das arvores... Principiam as physionomias a transtornar-se; já os olhos n?o s?o outra cousa{6} sen?o buracos luzidios; cavam-se as faces, parecem caretas os sorrisos, n?o teem os gestos significa

a idéa como n'um crepusculo!... Parece que se est?o avistando ali as vis?es de Swedenborg, aquelles espiritos do ar que conversavam uns com os out

juizo, talento: a finura, o guindado, a quinta essencia do espirito; que em nós ha simplesmente mudan?a de conven??es; que elles est?o mais perto do{8} estado natural; que tudo vae da maneira de ver as cousas e de as julgar; da opini?o dos homens e do genio e moda dos tempos; que tambem o amor já foi outro quando inspirava as filhas dos patriarchas a d

de elegancia e de fallas; e que o estylo dos pobresinhos doidos, comquanto diverso do dos tempos

mente tem crescido por fórma que foi preciso augmental-o, acrescentar um pavimento, e annexar o edificio de recolhidas na travessa de S. Bernardino, onde v?o{10} pernoitar cem dos tranquillos e invalidos. Ha pensionistas e indigentes. Os pensionistas di

o, e, se s?o pobres, certid?o do parocho,-e ficam quinze dias em observa??o; findos elles, ou a doen?a n?o se verifica e s?o immediat

como medico, como philosopho, e como moralista,-unica maneira de poder assenhorear-se-lhe dos segredos. S?o doidos; mas de onde provém cada uma d'aquellas loucuras,-a de um, que nunca perde a pista do caracter{12} que tem, e em tudo que diz e no que faz vae de accordo sempre com a

so vêl-os nos vae-vens de uma carreira e de uma fallacia,{13} que n?o can?a nunca, para um lado, para o outro, d'aqui, d'além, accionando, gritando, fallando-este a si mesmo, aquelle a ninguem, um á parede,

lo

r.a D. L.

licio de se

em tres

presente

me o programma do

nde

de e

mentiras

das d

calligrap

respe

simas auc

banhos, e da quinta. á entrada, entre o gabinete do director e a secretaria, está logo a primeira aptid?o aproveitada,-o continuo, que é um do

der na vineta, elle póde abrir a porta para se entrar... e n?o a querer abrir depois para se sair; e vae uma pessoa lembrando-se mesmo sem querer do caso do carvoeiro... O carvoeiro tinh

ho, vamos! di

retorquia o ca

ara se ficar li

eba de xalaxas! Nunca tomei banh

arda; só uma ceremonia. é optimo

nhosito n'uma d'aquellas{17} magnificas tinas de marmore, admirado ao mesmo t

o, e quiz sair. Mas, sair querem elles

disse-lhe

! redargu

encia e de fallas d?ces para se entender com os enfermos. ámanh?, quando o sr.

ou o carvoeiro. Eu n

que chegou o fiscal que esclareceu o caso e o mandou para a rua, mudado tambem-como aquelles seus

nfermeiros... Entretanto{19} ella é o menos triste que uma casa d'essas póde ser, pelas condi??es especiaes em que está collocada, o ar e a luz, e tambem pela dedica??o notavel do director o sr. Guilherme Abranches, e pela e

s, conta como foi que endoideceu, e é a verdade: indo a Loures enterrar junto de uma arvore duzentos mil réis de economias, e achando-se depois roubado.-Um mo?o, filho de gente pobre, entretem-se em cobrir cart?es do chamado jogo da gloria, e manda ao pae o dinheiro que ganha{21} n'isso. Um mathematico, bom latinista, que tem o curso do seminario de Santarem, enche o quarto de papelada e a papelada de calculos:-?Diga-me, pergunta-lhe o director, o senhor já prégava lá no seminario??-?Pois está visto, responde elle; como prégo aqui; a mesm

outros me dizem ao ouvido de passage

screva o que elles di

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