Da Loucura e das Manias em Portugal
doi
a casca das arvores... Principiam as physionomias a transtornar-se; já os olhos n?o s?o outra cousa{6} sen?o buracos luzidios; cavam-se as faces, parecem caretas os sorrisos, n?o teem os gestos significa
a idéa como n'um crepusculo!... Parece que se est?o avistando ali as vis?es de Swedenborg, aquelles espiritos do ar que conversavam uns com os out
juizo, talento: a finura, o guindado, a quinta essencia do espirito; que em nós ha simplesmente mudan?a de conven??es; que elles est?o mais perto do{8} estado natural; que tudo vae da maneira de ver as cousas e de as julgar; da opini?o dos homens e do genio e moda dos tempos; que tambem o amor já foi outro quando inspirava as filhas dos patriarchas a d
de elegancia e de fallas; e que o estylo dos pobresinhos doidos, comquanto diverso do dos tempos
mente tem crescido por fórma que foi preciso augmental-o, acrescentar um pavimento, e annexar o edificio de recolhidas na travessa de S. Bernardino, onde v?o{10} pernoitar cem dos tranquillos e invalidos. Ha pensionistas e indigentes. Os pensionistas di
o, e, se s?o pobres, certid?o do parocho,-e ficam quinze dias em observa??o; findos elles, ou a doen?a n?o se verifica e s?o immediat
como medico, como philosopho, e como moralista,-unica maneira de poder assenhorear-se-lhe dos segredos. S?o doidos; mas de onde provém cada uma d'aquellas loucuras,-a de um, que nunca perde a pista do caracter{12} que tem, e em tudo que diz e no que faz vae de accordo sempre com a
so vêl-os nos vae-vens de uma carreira e de uma fallacia,{13} que n?o can?a nunca, para um lado, para o outro, d'aqui, d'além, accionando, gritando, fallando-este a si mesmo, aquelle a ninguem, um á parede,
lo
r.a D. L.
licio de se
em tres
presente
me o programma do
nde
de e
mentiras
das d
calligrap
respe
simas auc
banhos, e da quinta. á entrada, entre o gabinete do director e a secretaria, está logo a primeira aptid?o aproveitada,-o continuo, que é um do
der na vineta, elle póde abrir a porta para se entrar... e n?o a querer abrir depois para se sair; e vae uma pessoa lembrando-se mesmo sem querer do caso do carvoeiro... O carvoeiro tinh
ho, vamos! di
retorquia o ca
ara se ficar li
eba de xalaxas! Nunca tomei banh
arda; só uma ceremonia. é optimo
nhosito n'uma d'aquellas{17} magnificas tinas de marmore, admirado ao mesmo t
o, e quiz sair. Mas, sair querem elles
disse-lhe
! redargu
encia e de fallas d?ces para se entender com os enfermos. ámanh?, quando o sr.
ou o carvoeiro. Eu n
que chegou o fiscal que esclareceu o caso e o mandou para a rua, mudado tambem-como aquelles seus
nfermeiros... Entretanto{19} ella é o menos triste que uma casa d'essas póde ser, pelas condi??es especiaes em que está collocada, o ar e a luz, e tambem pela dedica??o notavel do director o sr. Guilherme Abranches, e pela e
s, conta como foi que endoideceu, e é a verdade: indo a Loures enterrar junto de uma arvore duzentos mil réis de economias, e achando-se depois roubado.-Um mo?o, filho de gente pobre, entretem-se em cobrir cart?es do chamado jogo da gloria, e manda ao pae o dinheiro que ganha{21} n'isso. Um mathematico, bom latinista, que tem o curso do seminario de Santarem, enche o quarto de papelada e a papelada de calculos:-?Diga-me, pergunta-lhe o director, o senhor já prégava lá no seminario??-?Pois está visto, responde elle; como prégo aqui; a mesm
outros me dizem ao ouvido de passage
screva o que elles di