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Da Loucura e das Manias em Portugal

Chapter 3 No.3

Word Count: 1750    |    Released on: 06/12/2017

idi

juizo, e na lealdade dos empregados de Rilhafolles,-é inevitavel o olhar, de quando em quando, como que r

um geito ao corpo, e de outras vezes olham-se entre si como piscando os olhos, com um modo natural, naturalissimo de certo, bem sei, mas que o sentim

tempo a pensar,-um diacho de escada que acordava idéas phantasticas de corredores talhados em penedias, paredes com hyerogliphicos e prociss?es pintadas, quartos, com po?os e ganchorras, para ir dar a outr

pavor, de Rilhafolles. Sentimento especial que só ha ali, que só ali se conhece. Lembra-me aquelle-caso de um sujeito, a quem o dr.

? perguntava

nunc

de ver.

inhos socegados, pessoas finas que estavam

tade, pensando de si para si no nadinha imp

ermos. O dr. Pulido fixou-o com o olhar um pouco vago que tinha, bem devem lembrar-se d'isto os

ir vel-as, convidam-se a jantar, veem sem desconfian?a, e, t?o depressa cá

vite tambem fosse um la?o. á sobremesa puchou pelo relogio, pediu desculpa de n?o se p

a ao vêr aquelles desgra?ados, ha uma vert

a com o dedo. N?o lhes importa ar puro,{47} nem horisonte; que o terreno seja vasto ou n?o seja, que haja verdura ou n?o, que estejam presos ou livres, p

gencia, s?o modelos de cortezia benevola, perguntam com affectuoso interesse {48} se a gente gosta da agoa sobre o quente, recommendam, com agrado que captiva, que se toque a campainha em querendo que elles appare?am de novo, e estacam de bocca aberta

ta, e é um melomano de n?o se parar com elle. Em s

eu{49} como musica, senho

de sopro capaz de fazer virar faluas

e ha em Rilhafolles, n?o como o da flauta, que falla e toca, mas dos que n?o fallam: n?o pensam: n?o ouvem: chiam, guincham,{50} riem, e babam-se. Esses s?o um pouco mais do que ignorante e sem estudos, e a gente ao vel-os tem vontade de segurar a cabe?a, fragil como aquelle vaso de cristal a cujos m

arados e quietos, como o soldado na guarita, olhando no direito

hando sem saber para onde, nem se perceber para o quê;

ara de pau, pan?udo, bonacheir?o,-certo ar de

inhos: mas, se succede desmandarem-se-lhe, faz como a Sibylla de Cumas, que em o vento lh'as

io? Chega a parecer que os cadaveres s?o as almas dos tumul

rgunta o que será feito do que devia ter havido dentro d'

leo d'aquelle pateo horrivel? se elles percebem mal os gestos, e alguns

groviados: sorrir bruto: dando sempre aos hombros: uma especie, nos modos, do perfil de uma bengalla

dar accordo de si. Tratam-o como ás crean?as; recommendam-lhe que n?o metta os dedos no nariz

mesmas palavras sempre, muito

grandes, ar bestial;{55} ali lhe tem crescido o corpo, ha dezeseis annos. N?o pede de comer, nem lhe importa isso. Diz-lhe o instincto que a natureza e a sociedade lhe devem um prato de sopas no jantar de cada dia e espera que lh'o v?o metter na boca. Quando v?o dar-lh'as, come-as,-sem cuidado e sem agradecimento. Agradecimento de quê? Quem imagina que o ar no dia de ámanh? já n?o seja respiravel, e que o sol nunca mais torne a sa

lembram-se de quem lhes faz mal, de quem lhes faz festas, conhecem as pessoas com quem teem vivido:-elles n?o se lembram nem conhecem ninguem. Uma aranha é{57} mais do que elles! a aranha arranja a teia, elles n?o arranjam nada!... De f

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