Da Loucura e das Manias em Portugal
fur
omia vivaz e animadissima, semblante exaltado, olhos extraordinariamente mettidos pelas orbitas, pelle encarquilhada, face cavada e es
an?o,-para um-para outro. Puchar a enxerga, atirar com a enxerga. Ir ás grades; segurar, apertar; lucta da carne com o ferro... Vontade v
nguidez, certo agrado felino, o risinho{61} da hyena,-a
mesmas grandezas pequenas que por ahi se arrastam de gatinhas com ares de ir n'um andor-e gritam que s?o magnates e figur?es: a tal ponto é profunda nas creaturas a vaidade, que mesmo mortas para o mundo ainda
provêm
Est?o ali durante as horas do ataque, as horas da furia, fechados nos quartos, quasi ás escuras para que a claridade lhes n?o fira a vista. No decorrer do anno, ligeiro para nós, pesado e cruel para
atem-os, dissecam-os as furias; alguns parecem esqueletos, que a ira unicamente acorda; um ou outro tem a m?o finissima, m?o de
esteve um, famoso e illustre, o mestre do folhetim em Portugal, e sua esposa ali foi todos os dias vel-o e fazer-lhe companhia-colhendo no ceu a palma do combate terrestre e vendo sorrir-se para ella e abra?al-a meigamente aq
e teem quem os visite, e ali se conservam até que um dia o padre do hospital vá junto d'aquella enxerga resar-lhes ao ouvi
visitar as officinas, um que dizem ser excellente marceneiro{66} e de quem me mostraram um trabalho curioso:-uma maquineta, como costuma chamar-se-lhe, um nicho de madeira para Santa Philomena,-santa com que tinha grande devo??o uma enfermeir
officinas com o banco e a ferramenta, na occasi?o em qu
njectaram os olhos; e travando de um peda?o
s muito zangado; deixemo-nos d'isso! E
dos de que n?o deve ter-se medo dos doidos, porque o medo aconselha cobardemente toda a especie de crueldade. Em vez de injurias{68} e de chicotadas, como se usava d'antes para com os pobres furiosos, sem se lembrar ninguem de q
em alguma vez, menos os furiosos. Ha theatro de
s vezes sem{69} dar signaes de aliena??o-dizem os seus papeis regularmente, mas falta-lhes express?o de physionomia
anheiro:-os furiosos, n?o; arredados de tudo e de todos, h?o de ir
dos, até nas creaturas que perderam o juizo,
ethargico que succede á furia. Ellas, fallam e berram, dias, noites inteiras, e tornam-se mais notaveis nos insultos, no descompo
verdadeirame
-lhe a enxerga para poder andar n'aquellas voltas, como a hyena na jaula
a sen?o de um retrato, tem de estar d
adas em quem apanha, atira com
do da loucura-está doida um dia sim, um dia n?o. No dia em que
pergunta-lhe
ou boa! res
E e
rdinha co
altar, terrivel, hedionda, como se a noite e as Parc
?o-porque se morde.-Um velho grita por tal fórma, que ás vezes, de noite, as patrulhas
tamentos dos furiosos na primeira visita
ssar com o sr. dr. Guilherme Abranches, que teve ainda a bondade de me acompanhar, por um d'aquelles
ao cadaver! dis
como que o corpo de um homem amortalhado,-
o, era devera
, deposital-o n'um quarto isolado, de cara e ventre para baixo, sem caix?o, e ficarem de guarda á porta. Como era sabbado-dia santo para elles-n?o lhe mechiam em quanto n?
o, os arrancos de desespero e de furia dos companheiros. Estes est?o mortos{75} tambem, de alguma maneira; mas é de mais, e é pouc
das flores, brilham que parecem lagrimas. Depois, se se levanta a cabe?a, estr
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