Da Loucura e das Manias em Portugal
ca
ncantadora por excellencia, converteu
rce socios mu
contemporaneo dos apostolos, para mostrar o seu poder egual ao dos deuses quiz voar por cima de Roma-como o nosso Bartholomeu Louren?o
, esmeraldas, rubis, saphiras,{157} cord?es de ouro, brincos, anneis, pulseiras, e broches de diamantes de um primor de desenho superior ao do florentino Cellini. Parece que saem de madrugada para arejar em terra os bens, e desapparecem aos primeiros raios
llo cantou, q
bram, e o po
aptisar.-Algumas têem-se fingido encantadas, para as desencantarem melhor. á sombra dos encantos tem havido muita casta de obra, e n?o poucas se serviram d'isso para apanhar marido. Lá o indica bem a trova da ?Encant
ncas ou
mais ho
rada adiante, ella larga a rir, a rir...-Estava
iosa, e o faziam torcer-se todo, preso ao mastro do navio; mas descendentes, mas netas d'ellas,-e, o que é mais, mulheres como as outras, dos bicos dos pés á cabe?a! Conta-se o caso de n?o sei que mo?o, que deixou uma d'ellas para ir casar com a filha de um capit?o mór de aldeia; durante o jantar das bodas, o noivo ergueu casualmente o olhar e viu um pésinho alvejante
, ora fresca e pura como a agua transparente. Refere-se que em tempos iam todas as manh?sinhas á pra?a{162} fazer compras; eram conhecidas por terem sempre molhada a orla do vestido. Eram mulheres pallidas quasi sempre, que andavam de olhos no ch?o sem dar palavra a ninguem. Pagavam tudo com moedas de dez réis furadas. Em Peniche trata-
baixo de agua, o que tambem era a balda das nymphas. Quando os affogam já ouvi dizer que n?o é por mal; até ás vezes se apaix
oido por causa de encantamentos, e de encantadas,-que ora lhe appareciam á borda dos regatos a{164} pentear os cabellos de oiro, ora á tona d'agua nos po?os
quererem comer nem beber, e, t?o depressa puderam, fugiram outra vez para a agua... Tudo isso já lá vae. Hoje, as banhistas fazem-lhes concorrencia. A Deuza dos Mares, a Flor de
n?o tenha espinhos ha só a do Jap?o; dá rosas bonitas,-mas sem cheiro! O encanto nos tempos de hoje está onde a gente o p?e-n'uma creatura,{166} n'uma vaidade, n'uma paix?o, n'uma mania. Para uns é a mulher; para outros é o dote. Para alguns, uma particularidade qualquer; uma imagem emblematica, uma pal
perto de Barcellos, chamado{167} Manuel Corrêa, que em 1838 viveu no Rio de Janeiro, guiou sósinho um na
o{168} p?e-se a bengalla lustrosa de agua a rir, a rir... Pelo contrario, em o sol estando com ten??es de tirar d'ali a nada a cara?a de nuvens e brilhar senhor do firmamento azul, o chapeu de chuva dá logo por isso, pressente-o em cada fio da seda, trepa-se no dono antes de elle ter tempo de consultar os ares, e ahi sae para a rua-n?o chovendo, e ficando o pobre homem condemnado a andar com elle todo o dia debaixo do bra?
e, e nasce an?o ou gigante. Qualquer das coisas n?o é boa. Os gigantes em Portugal saem sempre inferiores-haja vista aquelle do Minho, que esteve ha{170} annos em exposi??o na rua Nova do Carmo, espantalho enorme para qualquer profiss?o, mas
rem basta-lhes um caix?o pequenino; mas n?o se póde dizer que seja muito bonito, e é arriscado a deso
dinheiro, mas é preciso n?o co?ar e fechal-a logo;-a orelha direita quente, est?o a dizer bem de nós: quente a esquerda, alguem nos corta na pelle.-Na madrugada de S.
fava rica, enviuvára; ao lado da sua casa morava um sapateiro, menos barbudo que Merlim mas da for
rgatorio. Sou o teu difunto marido, i peno por te
alma, pae Faxico! respondeu a preta.
ssa. E d'ali em diante era certa a lamuria, pela noite velha, ora por dividas de jogo, or
tu'alma vá p'rá inferno, eu já n?o
principiou a penar deveras e tambem o seu corpo, porque
untos, que por lhes faltar alguem á palavra dada-vagam n
ressa apanham encruzilhada onde se tenha espojado animal, despem-se logo, mudam-se n'elle, e espojam-se tambem. Isto é,-espojavam-se. Isso