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Da Loucura e das Manias em Portugal

Chapter 5 No.5

Word Count: 1912    |    Released on: 06/12/2017

e

s ha cá

otu-continuo, de um ministerio adoravel, de dhalias azues, de

ctorioso um estandarte; e observa com estranhesa que, sem se saber de onde vêem nem o que querem, sem que alguem jámais os visse entrar n'uma escola ou comprar um livro,

descarapu?ado e de chinellas-sem mais bagagem do que a sua{79}

minho, torna facil estudar, dá independencia ao espirito; sustentando-se de theorias; compondo maximas e conceitos d'este genero:-?é o homem que faz o titulo, e n?o o titulo que faz o homem?;-e pondo-se a caminho pela vida adiante, pé cá, pé lá, como quem vae com botas de andar leguas,{80}

dera em menino que o sol n?o tem prestimo; e que a lua, sim: porque

er a familia fazer-lhe casamento com u

n?o casa

or

o da edade

dep

do eu tiver cincoenta an

embuchado

onomias vae de uma vez a uma reuni?o politica, onde se discutem os maiores problemas. é n'um terceiro andar. Muito escura{82} a escada. D?o-lhe um rolinho. Aceita; desce,

tos andam por

e como elle escaldarem-se-lhe, ou, para dizer melhor, refrescarem-se-lhe as arterias com sangue inglez! Pára no meio das pra?as a examinar os monumentos; defuma o fato com carv?o de pedra, para parecer que veiu do paquete instantes antes; e mira maravilhado a estatua de D. José, examinando, estudando, tomando apontamentos, medindo, comparando, admirando, criticando com gestos expressivos, sem perder tempo;-time is money! E passeia; e corta;{84} e gira; e vae indo, inglezmente, até ao alto de S.

se despedisse do vinho sem dizer-agua vae. Elle respondia sempre, e responde-que já n?o bebe, que lhe fazia mal, que ia a soffrer por causa d'isso, que n?o vale a pena..

Prova d'este,

e fosse outrem que respondes

mas muito palhetes! Prefiro, s

cado o que pos

a a garrafa, en

i?os. N?o é trai?oeiro, e ac

que quero faze

e muit

m um copo de

Vinho aguardentado e febr

es; e passaremos ao Porto, que de certo

ito o Porto. De

enta-te que seja bom.

mpeira, em cima da mesa, fazer comp

diz elle, ench

! prosegue,

ntos, q

exaltados ridiculos, a arder em aspira??es phantasticas;-uns pimp?es de palavra, sempre em prologo de valentia, pernada cá, pernada lá, quatro leguas á roda da sala em passo gymnastico, preparando casos, annunciando heroismos, vociferando contra este e aquelle, re

cair no abysmo, para que se lhe devore a ultima libra, para que as dividas lhe levantem assu

laba, como pingos de chuva da rama de um chor?o...-O que attribue tudo aos jesuitas, n?o scisma,{90} n?o dorme, n?o sonha sen?

mocidade, posti?a como a cabelleira e a den

a ch?chos; concebendo Lisboa apocalypticamente, como se f?ra m?e dos sete peccados mortaes e excedesse as orgias{91} de Babylonia. N?o sabe a gente,

á sobremesa, do que para prato de meio.? Conceitos!-Outro, leva o anno inteiro a scismar como ha de disfar?ar-se pelo entrudo; como ha de farruscar a cara,{92} o que ha de p?r no nariz...-Outro, conversa muito alto, n'este estylo que lhe parece optimo:-Diga-me

?o fazendo, da que est?o dizendo. Gente que baralha tudo, troca, atropella, estraga; trapalh?es de officio e de geito. Um deita rapé no chá em vez de assucar; outro cuida que está no botequim, e p?e um tost?o no pires quando toma café na casa alheia; outro nas conferencias do Casino ia já a estender o bra?o para o copo d'agu

so. Ha principalmente dois mezes do anno em Portugal

e de saudades da patria que perdeu... A terra parece{95} triste ent?o, embebe-se o animo na nostalgia do céu, quer a idéa voar para lá, e consegue-o ás vezes... De noite, quando n?o se póde dormir, mas está tudo socegado, some-se o mundo em que a gente anda, vêem-se brilhar as fl

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