O Inferno
, MONGES, ANA
culposo, e condemnado, sem esperan?a, tanto como se houvesseis sido um ladr?o calejado, um parricida, um atheu. Lá vos está esperando o Senhor da vida; e ahi id
que basta para cahir no inferno, sereis for?ado a reconhecer que as probabilidade
o, bem que os theologos no'l-as inculquem por ideal da perfei??o christ?. Tal é o retiro ao deserto, a renuncia??o propria, o morrer antecipado, o fugir combates da vida, o desquite de deveres da familia e da cidade, a ociosidade contemplativa e penitente, a macera??o, o jejum, o
-se com a esposa e o pae com os filhos? Bastantissimos mentecaptos se casam, e povoam terra e inferno de desgra?ados. N?o seria melhor deixar acabar o mundo? Bemaventurados os celibatarios! Os sabios s?o os reclusos, os anachoretas, os eremitas. S?o como os viajantes que, em navio a pique, desamparam os companheiros,
, Jo?o no muladar, esses desvariados todos macillentos, sujos, comidos de insectos. Grande vantagem
eu vêr, para nos distancear, pois que foi no deserto, e ahi tam sómente, que o espirito das trevas o tentou. Anteriormente havia Elle vivido trinta annos com a sua familia; e viveu o restante entre peccado
ente. N?o póde ser isto a perfei??o que Jesus veio ensinar aos homens; que tal chamada perfei??o muitissimos seculos antes d'Elle já era conhecida dos pag?os idolatras, que tinham seus corybantes e vestaes, e bem assim dos judeus, mormente dos Essenios que a tinham aprendido dos magos da Chaldêa. Tal perfei??o praticavam-a na India fanaticos sem numero, cuja ra?a ainda subsiste. I
fins, vigora em ambas as seitas um principio commum, sendo que por identicas vias e praticas procuram a eterna bemaventuran?a uns, e outros o perpetuo dormir, a eterna insensibilidade. Só de per si o desejo do ceo n?o bastaria a inspirar a uns o mesmo proceder que inspira aos outros o desejo da anniquila??o: pelo que, n?o é o desejo, sen?o o medo que pov?a os desertos. Os bouddhistas
estas e dias de jejum, pouco mais ou menos tres quartas partes do anno. D'elles alguns, para maior perfei??o, n?o usavam nunca os direitos conjugaes, e envelheciam sob o tecto nupcial, em voluntario celibato, denegando-se as frias caricias que o irm?o faz a sua irm?. Os ricos empobreciam-se, despojando-se espontaneamente de seus haveres, e os pobres lidavam para viver, mas descuidosos de amontoar, nem como previdencias para a velhice e infermidade, nem para legarem a filhos. Conta-se que desadoravam empregos publicos, e evitavam, como escolhos da alma, as emprezas lucrativas nomeadamente as commerciaes. Nunca esp
] que já entre aquelles fieis havia ascetas d'ambos os sexos vivendo reclusos. Eram os mais perfeitos, e exemplares. Taes ascetas, verdadeiros ascendentes dos
s, tradi??o congruentissima com o inferno. Já no tempo das persegui??es era povoada a Thebaida; n?o tinha ent?o a Igreja um tecto debaixo do ceo; e só depois que principiou a erguer templos é que edificou mosteiros, sua primeira obra depois que sahiu das catacumbas. é pois evidentissimo, em que peze a
raelitas e christ?o
la é manuseada por todos, e facilima de consultar. De mais a mais, depara-nos a indica?
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