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A Cidade e as Serras

Chapter 2 2

Word Count: 3016    |    Released on: 30/11/2017

botas rebrilhantes até ás abas recurvas do chapéo d'onde fugiam anneis d'um cabello crespo, re?umava elegancia e a familiaridade das coisas finas. Nas m?os, cruzadas atraz das costas

Jaci

é Fer

o que o meu chapéo rolou na lama. E ambos

te ann

te ann

d'um tapete. No meio o vaso corinthico esperava Abril para resplandecer com tulipas e depois Junho para transbordar de margaridas. E ao lado das escadas limia

nada de sete segundos, confortos numerosos, um divan, uma pelle d'urso, um roteiro das ruas de Paris, prateleiras gradeadas com charutos e livros. Na antecamara, onde desembarcamos, encontrei a temperatura macia e tepida d'uma tarde de Maio, em Gui?es. Um creado,

profundidades do

civil

igo ro?ou de leve o dedo na parede: e uma cor?a de lumes electricos, refulgindo entre os lavores do tecto, alumiou as estantes monumentaes, todas d'ebano. N'ellas repousa

e a minha

tho! Que

u, n'um sorr

lêr, ha

s d'um comediante can?ado. Os anneis do seu cabello lanigero rareavam sobre a testa, que perdera a antiga serenida

ctricas, dispersas em lampadas t?o baixas que lembravam estrellas cahidas por cima das mesas, acabando de arrefecer e morrer: só uma rebrilhava, núa e clara, no alto d'uma estante quadrada, esguia, solitaria como uma torre n'uma planicie, e de que o lume parecia ser o pharol melancolico. Um biombo de laca verde,

divan, onde se enterrára com um mo

reatarmos estas nossas vidas, t?o apartadas ha set

tens feit

cumprira com serenidade todas as func??es, as que p

?o, Jacintho! Santo Deus

m olhar onde já n?o fais

umanidade ainda está mal apetrechada, Zé F

trabalho, uma estranha e miuda legi?o de instrumentosinhos de nickel, d'a?o, de cobre, de ferro, com gumes, com argolas, com tenazes, com ganchos, com dentes, expressivos todos, de utilidades miste

pé do divan. Uma tira de p

o tapete, como uma tenia, a longa tira de papel com caracteres impressos, que eu, homem das serras, apanhei, maravilha

ei saber, inquieto, se o prejudicava

varia? A mim?...

ao fundo da Bibliotheca, marcava a hora de to

nandes? Tens ahi os jornaes de Paris, da noite; e os de Londres, d'est

, com fileiras de buracos d'onde espreitavam, esperando, numeros rigidos e de ferro. Depois parei em frente da estante que me preoccupava, assim solitaria, á maneira d'uma torre n'uma planicie, com o seu alto pharol. Toda uma das suas faces estava repleta de Diccionarios; a outra de Manuaes; a outra de Atlas; a ultima de Guias, e entre elles, abrindo um folio, encontrei o Guia das ruas de Samarkande. Que macissa torre de informa??o! Sobre prateleiras admirei apparelhos que n?o comprehendia:-um composto de laminas d

u uma exclama?

nas electricas

las Pre-socraticas até ás escólas Neo-pessimistas. N'aquellas pranchas se acastellavam mais de dois mil systemas-e que todos se contradiziam. Pelas encaderna??es logo se deduziam as doutrinas: Hobbes, em baixo, era pesado, de couro negro; Plat?o, em cima, resplandecia, n'uma pellica pura e alva. Para diante come?avam as Historias Universaes. Mas ahi uma immensa pilha de livros brochados, cheirando a tinta nova e a documentos novos, subia contra a estante, como fresca terra d'alluvi?o tapando uma riba secul

o, um prato de damascos seccos do Jap?o. Cedi á seduc??o das almofadas; trinquei um damasco, abri um volume; e senti estranhamente, ao lado, um zumbido, como de um insecto de azas harmoniosas. Sorri á idéa que fossem abelhas, compondo o seu mel n'aquelle massi?o de versos em fl?r. Depois percebi que o susurro remoto e dormente vinha do cofre de mogne, de parecer t?o discreto. Arredei

cubos diabolicos, eu chego a ver

com u

omem! Está aqui um homem a

ituado aos prodigio

hone; sómente applicado ás escólas e ás conferencia

a o cofre, ai

os, espa?os magicos, to

sorriso super

sobre a Quarta Dimens?o... Conjecturas, uma massada! Ouve

ou ainda enfardelado

icidade montesina interessaria os seus convidados, que eram dois artistas... Quem? O auctor do Cora??o Triplo, um Psychologo Feminista, d'agudeza transcendente, Mestre muito experimentado e muito c

ava a

amente, com cautella, sen?o rebento. Logo na mesma tarde a electricidade, e o conferen?ophone, e os

a sem rebu?o (como convinha á nossa fraternidade) duas

o d'um fiacre, para te installares no 202, no teu quarto. No Hotel s?o

dade. E Jacintho, embocando

ri

trar t?o rijo, mais negro, reluzente e veneravel na sua tesa gravata, no seu collete branco de bot?es de ouro. Elle tambem estimou vêr de novo ?o si? Fernandes?. E, quando

para casa dos Trèves que os espiritistas só est?o livres no domingo... Escu

ra cima do divan, com um

des, aqui estamos, como ha set

a mesa, no desejo de com

trumentosinhos? Houve já ahi um desavergonhad

que d?o ao trabalho! Assim... E apontou. Este arrancava as pennas velhas; o outro numerava rapidamente as paginas d'um manuscripto;

os bicos, ás vezes magoam, ferem... Já me succedeu inutilisar

te o relogio monumental, n?o lhe quiz reta

, já me contentei... Agora

ra um momento... Vamos pela sa

ia as paredes, encaixilhando medalh?es de damasco c?r de morango, de morango muito maduro e esmagado: os aparadores, discretamente lavrados em flor?es e rocalhas, resplande

Eis aqui um comedoiro muito comprehe

janta

para os legumes, outro para as fructas, outro para o queijo! Simultaneamente, com uma sobriedade que louvaria Salom?o, só dois copos, para dois vinhos:-um Bordeus rosado em infusas de crystal, e Champagne gelando dentro de baldes de prata. Todo um

o tremendo bebedor d'agua, hein?... Un aquatico! como diz

quella garrafaria encarapu?ada

ulhadas de microbios... Mas ainda n?o encontrei uma b?a a

alheres, em tinta vermelha, sobre laminas de marfim. Come?ava honradamente por ostra

b

u desinteressada

nunca appetite, já ha

aboreariam aquelles senhores um filete de veado, macerado em Xerez, co

her, J

?ou com os dedos a ondula

ther desenvolve, faz affl

ara, murmurei nas m

Civil

alma das laranjas permanece ignorada e desaproveitada dentro dos gomos sumarentos, por todos aquelles pomares que ensombram e perfumam o valle, da Roqueirinha a

dade d'um homem que, concebendo uma idéa da Vida, a realisa

cintho, na verdade, como

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