Contos escolhidos de D. Antonio de Trueba
sequer chorar desafogadamente, podia rogar a Deus que o restituisse ás suas montanhas, invocar o nome de seus paes, e execrar at
a pobre crean?a
aqui! As ruas e as pra?as est?o convertidas em loda?aes immundos; a gente anda toda aos encontr?es; as carruagens e os cavallos atropellam e cobrem de
o meu querido paiz, os c
o que se converte, mas sim em cristallinos arroios; lá n?o se apinh?a, confunde e atropella a gente, o gado e os carros, que a todos Deus
trapeira para apanhar os passaros, que ali v?o abrigar-se do mau tempo e procurar o sustento que n?o encontram nos campos cobertos de neve; e á noite, em quanto minha m?e estivesse preparando a ceia, contar-me-hia meu av? as suas fa?anhas da guerra da independencia. No fim da ceia iria para a cama ac
s preg?es dos vendilh?es e fornecedores da cidade, o barulho dos carros e os passos dos transeuntes,
revelavam uma dulcissima tranquillidade d'espirito; entreabria-lhe os labios aprasivel sorriso, e, de vez em quan
ia ao bosque a fazer assobios da casca do castanheiro, ou ao ribeiro para construir moinhos de junco; logo subia ao alto da montanha, coroada por uma ermida, em roda da qual andava o tambor chamando para a romaria. Por ultimo sonhava que era noute d
os que melhor do que ninguem póde adivinhar o auctor d'este livro, porque tambem chorou e sonhou co