icon 0
icon TOP UP
rightIcon
icon Reading History
rightIcon
icon Log out
rightIcon
icon Get the APP
rightIcon
A Relíquia

A Relíquia

icon

Chapter 1 No.1

Word Count: 18329    |    Released on: 06/12/2017

u pai, afilhado de Nossa Senhora da Assump??o, chamava-se Rufino da Assump??o Raposo-e vivia em Evora com a minha avó, Philomena Raposo, por

, lume fulgente da Igreja, e preclarissima torre de santidade.? O bispo de Chorazin recortou este peda?o do Pharol para o metter entre as folhas do seu Breviario; e tudo no papá lhe come?ou a agradar, até o aceio da sua roupa branca, até a gra?a chorosa com que elle cantava, acompanhando-se no viol?o, a xacara do conde Ordonho. Mas quando soube que este Rufino da Assump??o, t?o moreno e sympathico, era o afilhado c

a quinta chamada o Mosteiro, antigo solar dos condes de Lindoso. A mais velha d'estas senhoras, D. Maria do Patrocinio, usava oculos escuros, e vinha todas as manh?s da quinta á cidade, n'um burrinho, com o criado de farda, ouvir missa a

Patrocinio rezava em cima o ter?o-o papá, na varanda, ao lado de D. Rosa, defronte da lua, redonda e branca sobre o rio, fazia gemer no silencio os bord?es e dizia as tristezas do conde Ordonho. Outras vezes jo

Alleluia. Jaz, coberta de goivos, no cemiterio de Vianna, n'uma rua junto ao muro, humida da sombra dos chor?es, onde e

a sala, dentro d'um sacco de baeta verde. N'um julho de grande calor, a minha criada Gervasia vestiu-me o fato pesado de velludilho preto;

om uma apoplexia, ao descer a escadaria de pedra da nossa c

a, com uma mantilha rica de renda negra, a solu?ar diante das manchas de sangue do papá, que ninguem lavár

nha, emquanto a Marianna, choramigando, abanava o fogareiro, eu vi passar no largo da Senhora da Agonia, o homem que trazia ás costas o caix?o do papá. No alto frio do monte a capellinha da Senhora, c

lfandega, que andava a defumar com alfazema. A cozinheira trouxe-me uma fatia de p?o de ló. Adormeci: e logo achei-me a caminhar á beira d'um rio claro, onde os choupos,

as nos pés com ternura e chamava-me bréjeirote. A Gervasia disse-me que era o snr. Mathias, que me ia levar para muito longe, para casa da tia Patrocinio: e o snr. Mathias, com a sua pitada suspensa, olhava espant

uando uma festinha na cara, e dizia: ?Ora cá vamos.? Uma tarde, ao escurecer, parámos de repente n'um sitio ermo, onde havia um lama?al; o liteireiro, furioso, praguej

o á mesa, de guardanapo ao hombro, contando coisas do snr. bar?o, e da ingleza do snr. bar?o. Quando recolhiamos ao quarto, alumiados pelo Gon?alves, passou por nós, bruscamente, no corredor, uma senhora, grande e branca, com um rumor forte de sêdas claras, espalhando um aroma d'almiscar. Era a

, as janellas d'uma calma vivenda faiscavam com um fulgor d'ouro novo. O coche passava; a casa ficava adormecendo entre as arvores; através dos vidros embaciados eu via luzir a estrella de Venus. Alta noite tocava uma corneta; e entravamos, atroando as cal?adas, n'uma villa adormecida. Defronte do port?o da estalagem moviam-se silenciosamente lanternas morti

gagens e grandes balan?as de ferro. Um sino lento tocava á missa; diante da porta passou uma companhia de soldados, com as armas sob as capas d'oleado. Um homem carregou os nossos bahús, entrámos n'uma sege, eu adormeci sobre o hombro do

rámos uma senhora muito alta, muito secca, vestida de preto, com um grilh?o d'ouro no peito; um len?o r?xo, amarrado no queixo, cahia-lhe n'um bioco lugubre sobre a testa; e

. é necessario gostar muito da titi… é

e esverdinhado. Eu senti um beijo vago, d'uma f

orror! Acho que lhe puz

o já a tremer, ergui os

m,

eu proposito na liteira, a limpeza com que

l, sabendo o que eu fa?o por elle… Vá, Vicencia, leve-o lá para dent

beijos repenicados. A Vicen

eio do canapé, vestida de sêda preta, toucada de rendas pretas, com os dedos resplandecentes de anneis. Ao lado, em cadeiras tambem douradas, conversavam dois ecclesiasticos. Um, risonho e nedio, de cabellinho encaracolado e já branco, abriu os bra?

hou-me que separasse as syllabas e dissesse The-o-do-ri-co. Depois acharam-me parecido com a mam?, nos olhos. A titi suspirou, deu louvores a Nosso Senhor de que eu n?o t

m,

os joelhos, recommendou-me que fosse temente a D

m sen?o a titi… é necessario

ti, enc

m,

occa. Depois disse-me que voltasse para a cozinh

e está a luz e a cortina verde, ajo

os do Senhor; as rendas da toalha do altar ro?avam o ch?o tapetado; os santos de marfim e de madeira, com aureolas lustrosas, viviam n'um bosque de violetas e de camelias vermelhas. A luz das velas de cera

gros. E fiquei pensando que no céo os anjos, os santos, Nossa Senhora e o Pai de todos, deviam ser assim, de ouro, cravejados talvez de pedras: o seu brilho formava a luz do d

e as m?os, ergueu-me a face para o céo. E dictou os Padre-Nossos que me cumpria rezar pela saude da titi, pelo re

*

amisas, um fato de pano preto, e collocou-me, como in

a aos domingos; e, de joelhos, com os seus cabellos compridos e louros, lembrava a suavidade d'um anjo. ás vezes agarrava-me no corredor e marcava-me a face, que eu tinha feminina e macia, com beij

s vezes por semana o sebento padre Soares, vinha, de palito na

ra Caiphás?… Emende! Emende adiante!… Tambem n?o! Irra, cabe?udos! Era um judeu o dos peores… Ora

; todos, a um tempo e d'es

regalo para os mais crescidos era tirar uma fuma?a do cigarro, ás escondidas, n'uma sala terrea onde aos

nava-me sempre os ouvidos e as unhas; muitas vezes, mesmo na bacia d'elle, dava-me uma ensaboadella furiosa, chamando-me baixo sebento. Depois trazia-

e sustentando na ponta dos dedos, mais finos que os do Chrispim, um pesado fio de perolas. A claridade d'aquella nudez fazia-me pensar na ingleza do snr. bar?o: e esse aroma, que tanto m

ho, um armario rico de pau preto, e lithographias coloridas, com ternas passagens da vida purissima do seu favorito santo, o patriarcha S. José. A titi, de len

a perguntar-me doutrina. Dizendo o Credo, desfiando os Mandamentos, com os

rrus curri; proclamava-me com affecto ?talenta?o.? E o outro ecclesiastico elogiava o collegio dos Isidoros, formosissimo estabelecimento de educa??o, como n?o havia nem na Belgica. Esse chamava-se

asimiro gostava de

ellinha guisada? Rapazes quer

eiro, palpan

lizes idades em que

miro, córadinho, com o guardanapo atado ao pesco?o,

collarinhos, que era o snr. José Justino, secretario da confraria de S. José, e tabelli?o da titi, com cartorio a S. Paulo. No pateo, tirando já o seu paletot, fazia-me uma festa no queixo, e perguntava á Vicencia pela

sempre muito dinheiro em ouro n'uma bolsa de sêda verde; e o commendador Godinho, tio d'ella e da minha mam?, deixára-lhe duzentos contos em predios,

noite, abra?ado ao travesseiro, eu pensava na Vicencia, e nos bra?os que lhe vira arrega?ados, gord

e toda, com um murro bestial. Fui temido. Fumei cigarros. O Chrispim sahira dos Isidoros; eu ambicionava saber joga

akan; depois chegavam as andorinhas aos beiraes do nosso telhado, e no oratorio da titi, em lugar de camelias, vinham bra?adas dos primeiros cravos vermelhos perfumar

*

heologia. Fizeram-me roupa branca. A titi deu-me n'um papel a ora??o que eu diariamente devia rezar a S. Luiz Gonzaga, padroeiro da mocidade estudiosa, para qu

Gonzaga, nem dobrei o meu joelho viril diante de imagem benta que usasse aureola na nuca; embebedei-me com alarido nas Camellas; affirmei a minha robustez esmurrando sanguinolentamente um marcador do Trony; fartei a carne com saborosos amores no Terreiro da Herva; vadiei ao luar, ganindo fados; usava moca; e como a barba me vinha, basta e negra, aceitei com orgulho a alcunha de Rap

a titi uma licen?a servil. N?o ousava fumar ao café. Devia recolher virginalmente á noitinha: e antes de me de

fazer o teu ter?o? pergunt

rindo abj

sso adormecer sem ter r

el visita das Neves, o Margaride, o que f?ra delegado em Vianna, depois juiz em Mangualde. Rico por morte de seu mano Abel, secretario da Camara Patriarchal, o doutor aposentára-se, farto dos

i sem atirar, logo da porta, uma noticia pavorosa. ?Ent?o, n?o sabem? Um incendio medonho, na Baixa!? Apenas uma fumara?a n'uma chaminé. Mas o bom Margaride, em novo, n'um s

titi e os sacerdotes, sor

elle poeticamente, pela beira da agua, no Mosteiro, quando a mam? fazia raminhos silvestres á sombra dos amieiros. E mandou-me as amendoas mal eu nasci, á

o?o para deleitar uma tia… V. exc.^a, m

ava, m

de grandes dotes.? Era um homem enxovalhado, de bigode louro, que f?ra galante e desbaratára furiosamente trinta contos, herdados de seu pai, dono d'uma cordoaria em Alcantara. O commendador G. Godinho, mezes antes d

. O Xavier toda a manh? deitára escarros de sangue pela bocca. E a Carmen, despenteada, em chinelas, arrastando uma bata de fust?

sus, proprietaria de tantos predios, ella n?o podia deixar um parente, um Godinho, definhar-se alli n'aquelle casebre, sem len?oes, sem tabaco, com os

eem… Anda cá, Rodrigo, dize aqui ao tio Theodorico. Que comeste hoje ao almo?o?… Um bocado de p?o d'

prometti fa

hecia o Xavier, e que entrava n'esse casebre impuro

ssem o meu ignobil terror da

sa Senhora, soube pelo dr. Barroso que o primo Xa

la, magrita, de mantilha preta e corpetesinho triste de setim c?r de cereja. Os pequenos, no ch?o, rapavam um tacho d'a?orda. E

tu,

ue é iss

linda, de rachar o cora??o: a fera n?o respondera. E, agora, ia mandar para o Jornal de Noticias um annuncio, a pedir uma esmola, assignando ?Xavier Godinho, pr

io. Dize-lhe que é uma vergonha vêr morrer ao abandono um parente, um Godinho. Dize-lhe que já se rosna! Olha, se hoje pude tomar

me, co

commigo

nco tost?es que te n?

nc

que ia fallar á titi, solemnemente, em

rnal de Noticias. E decerto achou logo o annuncio do Xavier, porque ficou longo tempo

as dos pequenos, magras, á espera da c?dea de p?o… E todos aquelles desgra?ados anciavam pelas palavras que eu ia lan?ar á titi, fortes, tocantes, que os deviam s

tudo em relaxa??es… Cá para mim, homem perdido com saias, homem que anda atraz de saias, acabou… N?o te

cabe?a,

astante… Tem a titi raz?o. Q

a! Alli, no meu bahú, tinha eu documentos do meu peccado, a photographia da Thereza dos Quinze, uma fita de sêda, e uma carta d'ella, a mais d?ce, em que me chamava ?unico affecto da sua alma? e me pedia dezoito tost?es! Eu cosera essas reliquias dentro do f?rro d'um collete

a o aroma da sua pelle, e a sua photographia, de mantilha. Na pedra da varanda, sem piedade, queim

er, encolhido sob o meu guarda-chuva. Um visinho, vendo-me espreitar de longe as janellas neg

sculo humido, tendo ro?ado bruscamente por outro guarda-chuva

Rap

sando esse mez no Alemtejo, com seu tio, rica?o illustre, o bar?o d'Alconchel. E agora, de volta, ia vêr

a rapariga bonita, a Adelia… Tu n?o conheces a Adeli

oito horas. Cocei a barba, indeciso. O Rinch?o fallou da brancura dos bra?os

sofá, de chambre e em saia branca, com os chinelos cahidos no tapete, fumava um cigarro languido. Eu sentei-me ao lado d'ella, commovido e mono, com o meu guard

menina

iu-me outro cigarro, cortezmente, dizendo-me-o cavalheiro. Apreciei estes modos. As mangas largas do seu rou

o prato onde a Ernesti

nome. Tinha um sobrinh

como um fio subtil e

nrodilhar-

o p?e o guarda-chuva alli a u

nhos miudos fez desabrochar den

qui d'ao pé da menina ne

o. Eu, aboborado de g?zo, bebi o resto

Adelia, revirando-se languidamente, puxou-me a face-e os meus labios encontraram os

lua, e que parecia espreitar-me de sobre o marmore d'uma mesa do mogno, d'entre

escuras e infindaveis que levam ao Campo de Sant'Anna! Em casa, nem tirei as botas enlameadas. Enfiei pela sala; e vi logo,

it

esverdinhada de cóler

ui ha de estar ás horas que eu marco! Lá deboches e porcari

dobrado a cabe?a emba?ados. O dr. Margaride, para apreciar conscienciosamente a minha culpa, puxou o seu pe

?o, tem muita raz?o em

odorico se tivesse dem

r fallar d'estud

i amarg

ta, a irm? tinha ido passar o dia com uma tia, uma commendadeira… Estivemos á espera, a passear no pateo… A irm? vai casar, elle andou a contar-me do noivo, e do enxoval, e do

ocinio uiv

casa de religi?o! Cala-te, alma perdida, que até devias ter vergonha!… E fique entendend

e estendeu a m?o pac

ro da maior circumspec??o, e um dos mais abastados do Alemtejo… Talvez mesmo um dos mais ricos proprietarios de Portugal… O mais rico, direi!…

eir?o empolado rolava

ava, ao meu lad

á tomando o seu chásinho. E creia q

ensava em abandonar para sempre a casa d'aquella velha medonha que assim, me ultrajava diante da Magis

ande bule terminando em bico de pato; o assucareiro cuja aza tinha a fórma d'uma cobra assanhada; e o paliteiro gentil em figura de m

o ter?o, já eu lá estava, de rojos, gemendo, martellando o peito, e

*

do de lata. A titi examinou-as reverente, achando um sabor ecclesiastico ás linh

doutor. A Deus Nosso Senhor

o na m?o, agradecer ao Christo de o

arba, que agora tinha cerrada e negra, o padre Casimi

ago aqui, snr. d

s nos rins, o santo procurador revelou-me que a titi, satisfeita commigo, decidi

o! Oh, pad

do, soffresse um vexame, por lhe faltar ás vezes um troco para deitar na salva

inten??o da titi era que eu n?o tivesse outra occupa??o além de

er sen?o temer a Deus… O que lhe digo é que o amigo vai passal-a boa e regala

o patriarcha S. José, a titi, sentada a um canto do sofá de

u encolhido, venh

m, vai c

lhe a franja do chale. A ti

missa do padre Pinheiro. Depois d'almo?o, tendo pedido licen?a á titi, e rezadas no oratorio tres Gloria Patri contra as tenta??es, sahia a cavallo, de cal?a clara. Quasi sempre a titi me dav

nunca deixava de dar estes ternos rec

do port?o da igreja, topava com algum condiscipulo republicano, dos que me acomp

s?o! pois

ava, v

o lá de carolices… Qual! entrei aqui por caus

peito, ia caracolando, em ocio e luxo, até ao largo do Loreto. Outras vezes deix

u contava á titi o meu passeio, as igrejas em que me deleitára, e quaes os altares alumiados. A Vicencia escutava com devo??o, perfilada no seu lugar costumado, entre as duas janellas, onde um retrato de nosso santo padre Pio IX enchia a ti

a da Magdalena, ao pé do largo dos Caldas. Ahi, com resguardo, encolhido na gola do meu sobretudo, cosido com o muro,

meiro andar, junto ao largo dos Caldas, onde ella agora vivia patrocinada por Eleuterio Serra, da firma Serra Brito & C.^a, com loja de fazendas e moelas na Concei??o Velha. Mandei-lhe uma carta ardente e séria, pondo reverentemente no alto: ?Minha senhora.? Ella respondeu, com dignidade:-?O cavalheiro póde vir aqui ao meio dia.? Levei-lhe uma caixinha de pastilhas de chocolate, atada com uma fita de sêda azul: pizando commovido a esteira nova da sala, eu antevia, pela engommada brancura das bambinellas, a frescura das suas saias; e o rigido alinho dos moveis revelava-me a rect

asse, eu é que lhe punh

ndo-me todo na negra

apanhasse o bago, n?o s

contra os seus joelhos, offertando-me como uma rez; e

ta da minha vida. Levára para lá um par de chinelas-era o eleito do seu seio. ás nove e meia, despenteada, envolta á pressa n'um roup?o

s, Dé

ha-te,

ao campo de Sant'Anna,

dára-me fazer uma casaca; e eu estreei-a, com permiss?o d'ella, indo ouvir a S. Carlos o Poliuto-opera que o dr. Margaride recommendára, como ?repassada de sentimentos religiosos e cheia de elevada li??o.? Fui co

io d'aquelle rapaz que foi meu condiscipulo. Veio apertar-me a m?o,

ou d'esta c

uma senhora immodesta, núa nos bra?os, núa no peito, mostrando toda essa carn

vexame! Acredite a t

ostou d'

o oratorio, a fazer uma curta peti??o ás chagas do nosso Christo d'ouro-a t

bocado de musica… Agora que estás um homem, e que parece que tens proposito, n?o me importa que fiques fóra, até ás on

r dos meus olhos. Eu murmurei, req

perdia eu, nem pelo maior divertimento… Nem qu

, vergando o espinha?o diante da titi, macerando o peito diante de Jesus! Liberdade bem vinda, agora que Eleuterio S

e a levára a alargar assim, com generosidade, as minhas horas de honesto recreio, f?ra (como ella disse con

s portaes das igrejas, consistiam em andar atraz de cal?as ou andar atraz

Godinho, paternaes e grisalhos; resmungando incessantemente, diante de Christo nú, essas jaculatorias das Horas de piedade, solu?antes

a-o como coisa suja. Um mo?o grave, amando sériamente, era para ella ?uma porcaria!? Quando sabia d'uma senhora que

irem embranquecendo os cabellos da Vicencia, de ser decrepita e gaga a cozinheira, de n?o ter dentes a outra criada chamada Eusebia, andava-lhes sempre

a de Paschoa; outras alegrias, ainda mais candidas, pareciam á titi perversas, cheias de sujidade, e chamava-lhes relaxa??es. Diante d'ella já os sisudos amigos da casa

so ecclesiastico, ao ouvil-o narrar d'uma criada que em Fran?a atirára o filho á sentina.

ente as agulhas de meia-como se trespassasse alli, tornando-o para sempre frio, o vasto e inquieto cora??o dos homens. E quasi todos os dias, com os dentes rilhados, repetia (referi

ncenso. Antes de galgar a triste escadaria de casa, penetrava subtilmente na cavalhari?a deserta, ao fundo do pateo; queimava no tampo d'uma barrica vazia um peda?o da devota

rico cheirin

m um suspiro,

eu,

ipulo d'Arrayollos; e dizia, em letra nobre, estas cousas edificantes: ?Saberás que fiquei de mal com o Sim?es, o de philosophia, por elle me ter convidado a ir a uma casa deshonesta. N?o admitto d'estas offensas. Tu lembras-te bem como já em Coimbra eu detestava taes relaxa??es. E pa

tudes do Peccado. Alli, á meia luz que dava através da porta envidra?ada o candieiro de petroline da sala, os cortinados de cambraia e as saias dependuradas tomavam brancuras celestes de nuvem; o cheiro dos pós d'arroz exc

u sahia d'uma confeitar

evar á minha Adelia-q

iou, depois do seu abra

vêr o P

e casaca, natural

a instrumental d'igreja… E agora tinha de soffrer o Propheta, deveras, entalado n'uma cadeira da Geral, ro?ando o joelho

eta, murmurei aniquilado. Diz que é uma musicasinha

os, lá fui subindo, melancolicamente, ao

ria da Adelia, e no desalinho das suas saias-quando reparei que d'uma friza ao lado uma senhora loura e madura, uma Cere

que eu costumava encontrar ás sextas na igreja da Gra?a, v

e de Souto Santos. E ella ou é a mulher, a viscondessa de

ue uma pennugem orlava, delicadamente; a sua cabe?a pareceu-me mais altiva, incapaz de rolar, tonta e pallida, n'um travesseiro d'amor; a cauda c

, eu poderia ent?o conhecer uma viscondessa de Souto Santos ou de Villar-o-Velho, n?o na sua friza, mas na minha alcova, já cahida a grande capa branca, despidas já

dr. Margaride ao desembocarmos no Rocio. N?o sei se você

elhos ba?os; e havia apenas n'uma mesa do fundo um mo?o trist

?o os ponteiros do relogio, affirmou-me que eu chegaria a ca

, n?o se importa que eu

o seja Deus, tem ma

sisudo… Ella pouco a pouco tem-lhe ga

rocurador da tia Patrocinio e seu zeloso confessor. E, arrebatando a opportunidade

he que tenho pensado mesmo em ir a um concurso para delegado. Até já indaguei se seria difficil entrar como despach

iti… O silencio grave em que elle ficou, com as m?os cruzadas sobre a mesa, pareceu-me sinistro: e n'esse ins

orrada! murm

rada! suspirei

ixal; depois limpava a face, os dedos; e recome?av

i outra pal

verdade, te

o magistrado, e você é o seu unico parente… Mas a q

velmente, com os olhos em chamma

do, ergueu a face de cim

u com severidade

dido. Em geral n?o se rebenta ninguem… E além d'isso o seu ri

calmo, me revelou que a titi, ainda no ultimo anno da minha formatura, tencionava deixar

erdido!

-me que elle se assemelhava a mim como um irm?o, que era eu proprio, Theodorico, já desherdado, sor

tendendo regaladamente as pernas, consolou-

ue a senhora sua tia tenha mudado d'idéa… Você é bem comportado, amima-a, lê-lhe o jorn

g

'arr

r a cabe?a… Olhe, quer você a minha opini?o? Pois ahi a tem, franca e sem rebu?o, para lhe servir de guia… Você vem a herdar tu

e. Depois, na rua, já abafado no se

eza, que ta

orrada em Lisboa

separamo-nos, quando estava dando a

r, mas nunca f?ra fervente. Que importava murmurar com correc??o o ter?o diante de Nossa Senhora do Rosario? Diante de Nossa Senhora em todas as suas encarna??es, e bem em evidencia para commover a titi, eu devia mostrar habilmente uma alma ar

es, imagens, ripan?os, opas, tochas, bentinhos, palmitos, andores, que era para ella a Religi?o e o Céo; e tomasse a minha voz pelo santo ciciar dos latins de missa; e a minha sobrecasaca preta lh

os Estados, reverentes, lhe depositam aos pés trespassados de pregos; as alfaias, os calices, e os bot?es de punho de diamantes que elle usa na camisa, na sua igreja da Gra?a? E ainda voltava, do alto do madeiro, os olhos vorazes para um bule de prata, e uns insipidos predios da Baixa! Pois bem! disputaremos esses mesquinhos, fugitivos haveres-tu, ó filho do Carpinteiro

eiramente; descalcei-me; despi a casaca; esguedelhei o cabello; atirei-me de joelhos para o soalho-e fui assim

res lamenta??es de arrastada penitencia, a

eodorico, filho

o, aos solu?os, desfal

r para casa, alli na rua Nova da Palma, come?o a pensar que havia de morrer, e na salva??o da minha alma, e em tudo o que Nosso Senh

se, em tumulto, do meu cora??o cheio e ancioso. Deixou-me entrar, de rastos. Depois, em silencio, desappareceu, cerrando o reposteiro com recato. E eu alli fiquei, sentado na almofada da titi, co?ando os joelhos, suspirando alto-e pensando

*

hor dos Passos, e o devoto habito cinzento da Ordem Terceira de S. Francisco. Sobre a commoda ardia uma lamparina perennal diante da lithographia colorida de Nossa Senhora do Patrocinio: eu punha todos os dias rosas dentro d'um copo, para lhe perfumar o ar em redor; e a titi, quando vinha remexer nas minhas gavetas, ficava a olhar a sua padroeira, desvanecida, sem saber se era á Virgem, ou se era a ella, indirectamente, que eu dedicava aquelle preito da luz e o louvor dos aromas. Nas paredes dependurei as imagens dos santos mais excelsos,

?o ao Sagrado Cora??o de Jesus. Em todas as exposi??es do Santissimo eu lá estava, de rojos. Partilhava sofregamente de todos os des

essa o cigarro: depois voava ao Santissirno exposto na parochial de Santa Engracia, á devo??o do Ter?o no convento de Santa Joanna, á ben??o do Sacramento na capella de Nossa Senhora ás Pic?as, á novena das Chagas de Christo, na sua igreja, com musica. Tomava ent?o a tip

, mono e molle ao canto do sofá,-que ella atira

rta,

-a a desatacar o collete-passou, sempre que os meus labios insaciaveis se collavam de mais ao seu collo, a empurrar-me, a chamar-me car

zer ?hein??, com o olhar incerto e disperso, que era um tormento para o meu cora??o. Depois um dia dei

nda me acompanhava ao patamar em camisa, dando, ao descollar do nosso abra?o, esse lento suspiro que er

hia pregui?osamente a viola: e emquanto eu, a um canto, chupando cigarros mudos, esperava que se abrisse a portinha envidra?ada da alcova que dava par

har-me á beira do seu peito. E lá vi

uieto,

ia-me: ?n?o posso, estou com azia.? Diz

spoliado, miserrimo, chorando na escurid?o da minha alm

lia, em saia branca, fallando a um rapaz de bigodinho louro, embrulhado pelintramente n'uma capa á hespanhola. Ella empallideceu, elle encolheu-quando eu surgi, grande e barbudo, com a minha bengala na m?o. Depois a Adelia, sorrindo

l-o, cavalheiro. Sua

s, mais contente que os passaros chalrando nas arvores do campo de Sant'Anna. Na salinha clara, com todas as cadeiras cobertas de fust?o branco, encontrava a minha Adelia de chambre, fresca de se ter lavado, cheirando a agua de colonia, e aos lindos cravos vermelhos que a toucavam

em Paris… E pensava já no padre Pinheiro (cujas d?res de rins eu lamentava sempre com affecto) quando avistei a escapar-se, todo encolhido, todo surrateiro, d'uma d'essas viell

quando eu risonho lhe estendesse na m?o as oito rodellas d'ouro. Ao outro dia cedo, corri ao cartorio do Justino, a S. Paulo, contei-lhe a pran

las ruas, t?o tarde… Jesus, que ruas que indecencia, que immoralidade!… Aquelles beccos d'escadinhas, hein?… Eu hontem bem percebi que você ia horrorisado: eu tambem… De sorte que esta manh? estava no oratorio da titi, a rezar pelo meu condiscipulo, a pedir a Nosso Senhor que o aj

nhos tristes nos dedos;-depois, em silencio, estendeu-me uma a uma s

porém a mi

esquina… Santo Deus! A Marianna era a criada da Adelia. E corri, a tremer, certo de que a minha bem-amada ficára soffrendo da sua abominavel d?r na sua branca ilharga

idade,

sahia, elle entrava: a Adelia dependurava-se-lhe do pesco?o, n'um delirio; e chamavam-me ent?o o carra?a, o carola, o bode, vituperios mais negros, cuspindo sobre o meu retrato. As oito libras tinham sido para o Adelino comprar fato de ver?o; e ainda sobrára para irem á feira de Belem, em tipoia descoberta, e

canto escuro do pateo-se das immundicies que borbulhavam da bocca da Mariann

, obrigadinho, eu

o, que a titi perguntou-me, com um ri

ti, credo! Estive

m com as pernas molles… E ent

re Eugenio: ?ó Eugeninho, o Senhor hoje tem desgosto!? E disse-me elle: ?Que quer você, amigo? é que vê p

ir, punidor e terrivel, sobre a vasta perfidia humana. Mas

r que fiquei assim um bocado amarfanhado… E de mais a mais tenho tido u

a d'um condiscipulo sobre a podrid?o d'uma enxerga. Disse as bacias de sangue, disse a falta de caldos… Que m

tia Patrocinio, menea

los é que vamos por turnos servir-lhe d'enfermeiros. Hoje toca-me a mim. E queria ent?o que a titi me désse

a pedir ao patriarcha S. José que fosse preparando

ande favor, titi! Ell

go. é para S

empre, fluctuantes e transparentes, duas figuras, uma em camisa, outra de capa á hespanhola, enroscadas, b

nguecida e dormente. Agarrei a grossa aldraba da porta,-mas hesitei com terror da certeza que vinha buscar, terminante e irreparavel… Meu Deus! Talvez a Marianna, por vingan?a, calumniasse a minha Adelia! Ainda na vesp

como eu-assaltou-me o desejo ferino de a matar, com desprezo e a murros, alli, n'esses degraus onde tantas vezes arrulhá

da vidra?a. Ella surgiu em camisa, c

é o

eu,

ixasse tambem a minha alma em escurid?o, fria para sempre e vazia. Senti-me regeladamente só, viuvo,

sa da Adelia alv

que ceei tarde e

bra?os desesperados. Abr

va, e reca

-te,

i a rua muito teso, muito digno. Mas á esquina aluí de d?r,

h?, emquanto faiscavam ao sol as pedras da minha varanda. Ahi, arrastando as chinelas sobre o soalho regado, remoía, entre suspiros, recorda??es da Adelia; ou diante do espelho contemplava o lugar macio da orelha em que ella co

imidade da alcovinha da Adelia; n'um simples par de meias, esticado na vitrina de uma loja, eu revia com saudade a perfei??o da sua perna; tudo o que e

a alva c?r de carne, quente e tenra; a magreza de Messias triste, mostrando os ossos, arredondava-se em fórmas divinamente cheias e bellas; por entre a cor?a d'espinhos, desenrolavam-se lascivos anneis de cabellos crespos e negros; no peito, sobre as duas c

Novenas e Coroinhas, desejariam talvez recompensar a minha amabilidade restituindo-me as caricias que me roubára o homem cruel da capa á hespanhola. Puz mais fl?res sobre a commoda diante de Nossa Senhora do Patrocinio; contei-lhe a

Patrocinio, faze que a Ade

e fizesse uma Peti??o por certa necessidade minha, secreta e toda pura. Ella accedia, com alacridade; e eu, espreitando pelo reposteiro do oratorio, regalava-

eces. Cheguei á porta da Adelia; e bati, tremendo todo, uma argolad

abjectamente e tirando o chapé

disse o carola. E lá do fundo, d'entre os cortinados, onde eu a pr

ima dos lombos o

u

*

lla no peito, o Rinch?o impressionava, quando por entre o fumo do charuto esbo?ava tra?os do seu prestigio: ?Uma noite no Caffé de la Paix, estando eu a cear com a Cora, com a Valtesse, e com um rapaz muito chic, um principe…? O que o Rinch?o tinha visto! o que o Rinch?o tinha gozado! Uma condessa italiana, delirante, parenta do Papa, e chamada Popotte, amára-o, levára-o aos Ca

ntou um rapaz de lunetas

andava cá

e da Carne com que se abarrotára o Rinch?o, que a anciedade de deixar Lisboa, onde igrejas e lojas, claro rio e claro céo, só me lembravam a Adelia, o homem amargo de capa á

os, com as m?os maculadas do sangue dos seus arcebispos, está perpetuamente, ou brilhe o sol, ou luza o gaz, commetten

o da sua cella no Varatojo, para ir esposar, entre foguetes, a trabalhosa Sé de Lamego. O nosso modesto Casimiro n?o comprehendia esta cubi?a d'uma mitra, cravejada de pedras v?s: par

z está um primor!… E a ambi??o de ter sempre um arroz d'estes, e amigos

dia nutrir no seu cora??o. A do tabelli?o Justino era uma quintasinha no Minho, com rosei

sa na Concei??o Velha… Quando a gente se acostuma a uma missinha, n?o ha outra que

a de gallinha;-e padre Pinheiro revelou tambem a ambi??o que o pungia. Era elevada e sant

s o Santissimo Padre, o vigariosinho de Nosso Senhor, assim n'uma

o da sua alma-a rezar a Ave-Maria que sempre offertava

e dormisse sobre palhas. Viajantes esclarecidos afian?ava

mpete a quem usa a tiára; mas uma carruagem,

(já que todos patenteavam as suas ambi??es) q

aride, diga lá a sua! cl

orria,

inha senhora, servir-me d'essa lingua guizada,

tecia ser Par do Reino. N?o por alarde de honras, nem pelo lux

de morrer, poder dar, se v. exc.^a, D. Patrocinio, me permitte a ex

o d'esses fastigios sociaes. Elle agradeceu, seriiss

so Theodorico ainda n?o nos

imas dos Papas, as espumas do seu champagne-fascinante, embriagante, e adormentando toda a d?r… Mas baixei

desapego de Deus, nem uma ingratid?o com a titi, que eu, intelligen

decidido como aquelle

ride. Gostava mu

.^a D. Patrocinio, ho

as igrej

lá em festas com org?o, e um Santissimo armado com luxo, e uma rica prociss?o na rua,

atriotismo ecclesiastico da titi. Decerto, n?o era n'uma republ

ssa santa religi?o, se eu tivesse vagares, n?o era a Paris qu

rou o padre Pinheiro,

heiro! Upa, min

esse de superior a Roma pontifical! O dr. Margaride ent?o er

nto, de pé, sobre o Golgotha, como Chateaubriand, com o meu chapéo na m?o, a meditar, a embeber-me, a dizer ?salvè!? E havia

u parecia-me vêr lá muito longe, na Arabia, ao fim de arquejantes dias de jornada sobre o dorso d'um camêlo, um mont?o de ruinas em torno d'

rmurou o nosso Ca

ma ora??o, que Nosso Senhor Jesus Christo vê com grande apr

de peccados. N?o é verdade, Pinheiro? Eu assim

tos. Quem ia á Terra Santa, n'uma devota peregrina??o, recebia sobre o marmore do Santo Sepulchro, d

esiastico, mas para uma pessoa querida de familia, piedosa, e comprovadam

m for?a nas costas. Assim para uma boa titi, uma titi adorada,

istiu padre Pinheiro, o

tranhamente dilatados, e brilhando mais com o clar?o interior d'uma idéa: um pouco de sang

torva perfidia d'essa que f?ra para mim estrella e Rainha da Gra?a… Depois, n'esse dia, ao jantar, a titi parecera-me mais rija, solida ainda, duradoura, e por longos annos dona da bolsa de sêda verde, dos predios e dos contos do commendador G. Godinho… Ai de mim! Quanto tempo mais teria de rezar com a odiosa

*

aleta votada ás glorias de S. José, a titi, ao canto do sofá, com o chale de Tonkin cahido dos hombros, examinava o seu grande caderno de contas

Ou?a lá a novidade! Que você é uma joia, respeitador de velhos, e tudo m

. A titi enrola

ui a consultar com o snr. padre Casimiro. E estou decidida a que alguem que me perten?a

murmurou Casimir

, já que eu lá n?o posso ir… Como, louvado seja Nosso Senhor, n?o me faltam os meios, has de fazer a viagem com todas as commodidades; e para n?o estar com mais duvidas, e pela pressa d'agra

ti; adeusinho, padre Casimiro.?

do, este rosto e estas barbas, onde em breve pousa

e tremen

Atlas, e com elle aberto sobre a commoda, diante da Senhora do Patrocinio, comecei a procurar Jerusalem lá para o lad

oto Jord?o. Era o Danubio. E de repente o nome de Jerusalem surgiu, negro, n'uma vasta solid?o branca, sem nomes,

te Napoles-e as suas ruas escuras, quentes, com retabulos da Virgem, e cheirando a mulher, como os corredores d'um lupanar. Era depois mais longe ainda a Grecia: desde a aula de Rhetorica ella apparecera-me sempre como um bosque sacro de loureiros onde alvejam front?es de templos, e, nos lugares de sombra em que arrulham as pombas, Venus de repente surge, c?r de luz e c?r de rosa, o

vou fartar

peregrina??o t?o promettedora de gozos-resolvi ligal-a supernaturalmente por uma ordem divina. Fui ao oratorio; desmanchei o cabe

ouvir a voz de Nosso Senhor, de cima da cruz, a dizer-me baixinho, sem se mexer: ?Fazes bem, Theodorico,

os, n'um fogoso t

ntissimo nome!… Pois d

r sabe que é para o ho

o seu santissimo nome!

i, reza-lhe… N?o te

ia. Ella correu ainda á porta

s ceroulas… Encommenda, filho, encommenda, que gra?as a Nossa Senhora do Rosario tenho

udamente, n'um papel, o meu grandioso itinerario. Embarcaria no Malaga, vapor da casa Jadley que, por Gibraltar, e depois por Malta, me levaria, n'um mar sempre azul, á velha terra do Egypto. Ahi um repouso sensual na festiva Alexandria. Depois no paquete do Levant

paquete. Ent?o nem um bocadinho de Hespanha

bilhar, tem a tipoia, tem a batota, tem a mulh

eceu por nós o Redemptor, o nosso amigo Theodorico Raposo, sobrinho da exc.^{ma} D. Patrocinio das Neves, opulenla proprietaria, e modelo de virtudes christ?s. Boa viagem!? A titi, desvanecida, guardou o jornal no oratorio, debaixo da peanha de S.

sala dos damascos, teve

-me-como se contempla

Que viagem!… O que

eiro murmura

Senhor! E que bem que l

nosso Casimiro, todavia, depois de co?ar pensativamente o que

cudiu, a

e pouca ceremonia, para a cid

o deserto!… Em Jerusalem, está claro, e em tod

cavalheiro, affirm

ia prevenido com remedios para o caso d'um con

m deu-me a lista… Até

eus leaes amigos que ?lembran?asinha? desejavam d'essas terras remotas onde vivera o Senhor. Padre Pinheiro queria um frasquinho d'agua do Jord?o. Justino (que já me pedira no v?o da janella um

estas piedosas imcumbencias-voltei-me p

jo é que fa?as essa viagem com toda a devo??o, sem deixar pedra por beijar, nem perder novena, nem f

de anneis, um beijo gratissimo. El

uou sangue, e de beber no Jord?osinho… Mas se eu soubesse que n'esta passeata tinhas tido maus pensamentos, e praticado uma relaxa??o, ou andado atraz de saias,

los bei?os sumidos, proseguiu com mais authoridade, e uma emo??o crescente

er-te para teu gov

s magistrados, D. Patrocinio das Neves ia decerto revelar qual f?ra o seu intimo motivo, em me mandar, como sobrinho e como romeiro, á cidade de Jerusalem. Eu ia saber e

o-te, já vestindo-te, já dando-te egoa para passeares, já cuidando da tua alma, ent?o traze-me d'esses santos lugares uma santa r

s de aridez, uma lagrima breve escorregou no

rompeu para mim,

! Rebusque essas ruinas, esquadrinhe ess

dei, e

?o que lhe hei de traze

, a commo??o dos nossos cora??es. Eu achei me com os bei?os

ssimo. Senti, por sobre o tapete, aproximar-se o som molle dos seus chinelos. Entreabriu pudicamente a porta; e, decerto em camisa, estende

Dá muitas saud

de capacete, sobra?and

Vicencia

adas cantavam no beiral dos telhados; na capella de Sant'Anna tocava para a missa. E um raio de sol, vindo do O

stirei-me, gritei:

fumo do meu cigarro-assim deixei o port?

Claim Your Bonus at the APP

Open