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A Relíquia

Chapter 3 No.3

Word Count: 29905    |    Released on: 06/12/2017

uando me pareceu que uma claridade trémula, como a d'uma tocha fumegante,

rico, ergue-te, e p

a, bruxoleando sobre a mesa onde jaziam as garrafas de Champagne, afivelava no pé r

selladas! Amanh? é Paschoa! Ao alvorec

considerei com pasmo o

ente, sem os nossos alforges, e deixando as t

lidade. Uma capa branca, que eu nunca lhe vira, envolvia-lhe a douta magreza em prégas graves e puras de

venha p?r o ultimo cêrco ao Templo, um dia mais interessante! Eu preciso estar em Jerusalem para vêr, viva e rumorejando, esta pagina do Evangelho! Vamos pois fazer a santa Paschoa a casa de Gamaliel, que é um ami

ssas botas de montar. Depois, apenas me agasalhei no albornoz, elle empurrou-me com impaciencia para fóra da tenda-sem mesmo me deixar recolher

vergel e á fl?r da laranjeira. O ceu d'Israel faiscava com desacostumado esplendor: e em cima do monte Nebo, um bello astro mais branco, d

to Topsius arranjava laboriosamente os loros, avistei para os lados da fon

ra de bosques sagrados; para as collinas distantes fugiam esbatidos os arcos ligeiros d'um aqueducto. Uma chamma fumegava no alto d'uma torre; mais b

to a marchar, embrulhára

co, além? murm

se simpl

er

cal, através de collinas onde o tojo escasso semelhava, na irradia??o da luz, um bolor de velhice e de abandono! E tudo em redor me parecia differente tambem, a fórma das rochas, o cheiro da terra quente, até a palpita??o das estrellas… Que mudan?

altou comprehendi que era uma antiga estalagem á beira d'uma antiga estrada. Por baixo da cegonha, encimando a porta estreita e erri?ada de pregos, brilhava em negro, n'uma lapide branca, a taboleta latina-Ad Gruem Majorem: e ao lado, enchendo parte da fachada, desenrolava-se uma ins

i, desc

eira d

dissemelhantes de mim, no fallar e no traje, bebiam alli, sob a p

atas das egoas, como no leito d'uma torrente que um lento Agosto seccou. O erudito Doutor, sacudido na sella, praguejava roucamente contra o Sanhedrin, contra a hirta Lei judaica, opposta indobravelmente a

seja o

impreca??es do Evangelho, eu ro

ulchro caiado…

s dos montes v?o beber. Cerrei o

uando se come em Jerusalem o anho branco de Paschoa: e

lavam nos cerros. O ar fr

efulgiam-lhe desvairadamente… Descobriu-nos; e logo, sacudindo os bra?os como quem arremessa pedras, despediu sobre nós todas as maldi??es do Senhor! Chamou-nos ?pag?os?, chamou-nos ?c?es?: gritava ?malditas sejam as vossas m?es, sêccos sejam os peitos que vos crearam!? Crueis e cheios de presagios cahiam os seus brados do alto da

isavam o trigo da colheita de Paschoa; e em vergeis onde a figueira já tinha enfolhado, o servo na sua torre caiada, cantando com uma vara na m?o, afugentava os pombos bravos. Por vezes avistavamos um homem, de pé, junto da sua vinha, ou á beira dos canaes de rega, direito, com a ponta do manto atirada por cima da cabe?a, e os olhos baixos, dizendo

um loro, admirava-se de n?o termos encontrado a caravana que vem de Galilêa celebrar a Paschoa a Jerusalem-quando soou, adiante, na estrada,

uxas encordelada, pratos de bronze, ferramentas e cachos de tamaras. Algumas filas, descobertas, seguravam o capacete como um balde: outras, nas m?os cabelludas balan?avam um dardo curto. O Decuri?o gordo e loiro, seguido de uma gazella familiar, enfeitada com coraes, dormita

ermano servil, desmontára, ajoelhando quasi no pó, ante as Arma

erio, tres vezes Consu

rador, Pacifica

com um rumor do ferro-emquanto um pegureiro, ao longe, arre

ou; e penetrámos entre arvoredos, n'um aroma

oso, e com sombras. A mesma luz perdêra o tom magoado, a c?r dorida, com que eu sempre a vira, cobrindo Jerusalem: as folhas dos ramos d'abril desabrochavam n'um azul, mo?o, tenro, cheio de esperan?a como ellas. E a cad

enhadas com linhas de fl?res escarlates, as iniciaes de Valerius Gratus: em redor, entre canteiros de rosas, de a?ucenas, orlados de myrto, resplandeciam nobres vasos de marmore carynthico, onde se enrolavam folhas de acantho: um servo, de capuz cinzento, talhava um teixo em fórma d'urna, ao lado d'um buxo alto já talhado sabiamente em feitio de lyra; aves domesticas picavam o ch?o, coberto d'arêa escarlate, n'uma rua de platanos onde os bra?os d'hera faziam de tronco a tronco fest?es como os que ornam um templo: a rama dos loureiro

ornato pag?o lhe profanava os muros. Quadrada, fechada, hirta, ella reproduzia a austeridade da Lei. Mas os largos celleiros, cobertos de colmo, os lagares, os vinhedos, diziam as riquezas feitas de duros tributos: no pateo dez escravos n?o basta

us conhecia, come?ámos a subir o Monte das Oliveiras, até o Lagar da Moabita-que é uma paragem de

vo acampado! Tendas negras do deserto, feitas de pelles de carneiro e rodeadas de pedras: barracas de lona, da gente da Idumêa, alvejando ao sol entre as verduras; cabanas armadas com ramos, onde se abrigam os pastores d'Ascalon; toldos de tapetes que os peregrinos de Nephtali suspendem em vara

as. Junto ás tendas, cujos panos meio levantados nos deixavam entrevêr brilhos d'armas penduradas ou o esmalte d'um grande prato, raparigas, com os bra?os reluzindo de braceletes, pisavam entre duas pedra

expunha pe?as de linho do Egypto, estendia sêdas de Cós, fazia reluzir armas marchetadas; ou com um frasco na palma de cada m?o, celebrava as perfei??es do nardo da Assyria e dos oleos d?ces da Parthia… Os homens em redor, a

resco de Sichem, as favas novas de abril. Os homens fuscos do deserto apinhavam-se em torno dos gigos de fruta. Um pastor d'Ascalon, em andas, no meio d'um rebanho de cordeiros brancos, tocava bozina, chamando os

macieiras, na primavera, que um vento estivesse destoucando das fl?res. Subitamente, Topsius parára, abria os bra?os; eu

pada do Cedron, já sêcco pelos calores de Nizam, e ia correndo, cingindo Si?o, para o lado do Hinnon e até aos cerros de Gareb. E, dentro, em face aos cedros que nos assombreavam, o Temp

s d'onde voavam pombas, um nobre terra?o, só accessivel aos fieis da Lei, ao Povo eleito de Deus, o orgulhoso ?Adro de Israel?. D'ahi erguia-se ainda, com outras claras escadarias, outro branco terra?o, o ?Atrio dos Sacerdotes?: no brilho diffuso que o enchia negrejava um enorme altar de pedras brutas, enristando a cada angulo um sombrio corno de bronze: aos lados dois longos fumos direitos, subiam devagar, mergulhavam no azul com a serenidade d'uma prece perennal. E ao fundo, mais alto, offuscante, com os seus recamos d'ouro sobre a alvura dos marmores, niveo e fulvo, como feito

or?as romanas… Na plataforma, entre as ameias, movia-se gente armada: sobre um basti?o, uma figura forte, envolta n'um manto vermelho de Centuri?o, estendia o bra?o; e toqu

arcarias: depois trepava, fendido em ruas tortuosas, a espalhar-se sobre a collina fronteira d'Acra, rica, com palacios, e cisternas redondas que luziam á luz semelhantes a broqueis d'a?o. Mais longe ainda, para além de velhos muros derrocados er

e cidade! murmu

e n?o viu jámais cida

usa

a uma sebe de cactos, onde já se apinhavam mulheres com os filhos ao collo, sacudindo véos claros, soltando palavras de ben??o e de boa acolhida:-e logo vimos, n'uma poeirada lenta que o sol dourava, a densa fila dos peregrinos que s?o os derradeiros a chegar a Jerusalem, vindos de longe, da alta Gal

: e caracolavam á frente, fazendo estalar n'uma das m?os a?oites de corda, com a outra atirando ao ar e aparando alfanges que faiscavam. Logo atraz era uma collegiada de Levitas, em c?ro, a passos largos, apoiados a bord?es e

remessava uma perna, ora outra: e toda a sua face barbuda de Rei David ardia com um fulg?r inspirado. Atraz d'elle, raparigas, pulando compassadamente sobre a ponta ligeira das sandalias, feriam com dolencia harpas leves; outras, rodando s

ó Jerusalem! Tu és perfeita! Q

a tambem, t

nhor, ó Jerusalem, e o

tas dobradas do manto frutas e o gr?o da aveia. Os previdentes, já com a sua offrenda ao Senhor, arrastavam preso do cinto um cordeiro branco; os mais fortes segurav

ada a pedra do seu moinho, um velho, ao meu lado, com as barbas d'um Abrah?o, arremessou-se a terra a arrepellar-se e a esfarrapar a tunica. Mas já, fechando a marcha, passavam as mulas com guisos carregadas de lenha e de ?dres d'azeite: e

oveis, como assombrados, ante os esplendores de Si?o: e quentes lagrimas de fé, de amor piedoso, rolavam sobre barbas incultas e feras. Os velhos mostravam com o dedo os terra?os do Templo, as ruas antigas, os sacros lugares da historia de Israel: ?alli é a porta d'Ephrain, acolá era a torre das Fornalhas; aquellas pedras brancas, além, s?o do tumulo de Rachel…? E os que escutavam em redor, apinhados, batiam as m?os, gritavam: ?Bemdita sejas, Si?o!? Outros, estonteados, com o cinto desapertado, corriam trope?ando nas cordas da

com uma tunica c?r d'a?afr?o, surgindo esgazeado de traz de uma oliveira e

, acudi, e vós, ho

das, pallidas, apertando os filhos ao collo. O homem fazia tremer a es

oi preso! Rabbi Jeschoua foi levado

o Homem foi preso, e compareceu já diante do Sanhedrin!… D

*

rtuosa, poeirenta, com casas baixas e pobres de tijolo; sobre as portas, fechadas por uma corrêa, sobre as janellas esguias como fendas gradeadas, havia verduras e palmas entretecidas, fazendo ornatos

a em fl?res de lotus. Topsius perguntou-lhe se elle vinha d'Alexandria. E ainda se cantavam nas tabernas do Eunotos as cantigas da batalha d'Accio? O homem logo, mostrando n'um riso triste os dentes longos, pousou a harpa, ia ferir os

ora crua, ficavam pasmadas para nós, com grandes olhos ramellosos onde fervilhavam moscas. Diante d'uma forja um bando hirsuto de pastores de Moab esperavam emquanto dentro, martellando n'um nimbo

onde uma lapide d'onyx indicava a entrada das mulheres, estava de pé, immovel, offertando-se aos votos como um idolo, uma creatura maravilhosa: sobre a sua face redonda, d'uma brancura de lua cheia, com labios grossos, rubros de sangue, erguia-se a mitra amarella das prostitutas de Babylonia; dos hombros fortes, por cima da tumida rijeza dos seios direitos, cahia em pregas duras de brocado uma dalmatica negra radiantemente recamada de ramagens c?r de ouro. Na m?o tinha uma fl?r de cactus; e as suas palpebras pesadas, as pestanas de

de Topsius, mu

! Vou ao

sua capa branca, ell

. E a sabedoria dos Rabbis lá disse q

Depois saltámos por uma brecha da antiga muralha de Ezekiah, passámos uma velha cisterna sêcca onde os lagartos dormiam: e trotando pela poeira solta d'uma longa rua, entre muros caiado

lenciosa e fresca, d'onde pendia aqui e além um tapete da Assyria com fl?res bordadas. Um puro azul brilhava no alto;-e ao canto, sob um alpendre, um negro atrellado po

i t?o amarello como a tunica lassa que o envolvia todo: tinha n

ou-lhe Topsius

'uma voz fugidia e fina

a barba solta, lustrosa, perfumada, enchia-lhe o peito, onde brilhava um sinete de coral pendurado d'uma fita escarlate. O seu turbante branco, entremeado de fios de perolas, descobria uma tira de pergaminho collada sobre a testa e cheia de textos sagrados: sob aquella alvu

mente a m?o até á joelheira da sua cal?a de lustrina. G

m vindos, comei

rancelhas, e t?o livida que parecia coberta de farinha, ficára encruzado, embrulhado no seu manto c?r de vinho, sobre um divan feito de correias-tendo uma almofada de purpura debaixo de cada bra?o; e o seu gesto d'acolhida foi mais distrahido e desdenhoso, do que a esmola que se atira ao estrangeiro. Mas Topsius quasi se prostrára, a beijar os seus sapatos redondos de couro amarello, atados por fios de ouro-porque aquelle era o venerando Osanias, da fami

redes era como a continua??o d'aquelle céo d'Oriente, quente e puro, que resplandecia através da janella, onde se destacava, pendido do muro, n

de ter olhado duramente as minhas

d?o é longa, deve

recusa… E elle, grave c

erás commigo ao meio dia.? Mas a alegria do hospede é tambem doce ao Muito-Alt

?os; outro offereceu bolos de mel sobre vi?osas folhas de parra; outro verteu em ta?as de lou?a brilhante um vinho forte e negro d'Emaús. E para que o hospede n?o c

ambendo os dedos, tenho

a alma se

e do Escandalo e a collina dos Tumulos, eu via resplandecer o mar Morto como uma chapa de prata: as montanhas de Moab ondulavam depois, suaves, d'um azul apenas mais denso que o do céo: e uma fórma branca, que parecia tremer na vibra??o da luz, devia ser a cidadella de Makeros sobre o seu rochedo, nos confins da Idumêa. No terra?o relvoso d'uma casa, ao pé das muralhas, uma figura immovel, abrigada sob um alto guarda-sol franjado de guisos, olhava como eu p

s semi-cerrados, erguendo por entr

êa que é subdito de Antipas Herodes… E como o Tetrarcha veio á Pa

de Topsius rebr

atura do Tetrarcha? Quantos pobres galileus n?o fez elle matar sem licen?a do Tetrarcha, quando foi da revolta do aqueducto, quando e

urmurou so

el, mas escravo

o molle e sem dentes, agitando de leve, sobre a purp

e a mulher de Ponc

e que o Rabbi prégava no Portico de Salom?o, do lado da porta de Suza, Claudia vinha vêl-o do alto do terra?o da Torre Antonia, só, envolta n'um véo negro… Menahem, que guardava no mez de Tebeth a escadaria dos Gentis, vira a mulher de Poncius acenar com o véo ao

llos revoltos: o seu largo olhar azul fulgurou por toda a sala, n'um relampago, e apagou-se

, o Rabb

titutas gregas ás portas do theatro d'Herodes?… E Joanna, a mulher de Khosna, um dos cozinheiros d'Antipas? E outra d'Ephrain, Suzanna, que uma noite, a um

e Beothos, como tu conheces, uma a uma, as incontinencias d'um Rabbi galileu, filho das hervas do ch?o e mai

omo duas contas de vidro negro,

Judas de Galaunitida, n?o nos accuseis sempre, a nós sadduceus, de saber

a ponta do manto em que vivamente se embu?ára. Depoi

nos contou elle que esse Rabbi de Galilêa chegava, no seu impudor, a tocar fêmeas pag?s, e outras mais impuras que o p

do direito e tremulo; e no grito que lhe escapou havi

êcca authoridade, cravo

azem esses mo?os sem barba de Sybaris e de Lesbos, que passeiam todo o dia na via Judiciaria, e que vós outros, Essenios, abominaes de tal sorte, que correis a lavar as vestes n'uma cisterna se um d'elles ro?a por vós?… Tu ouviste Osania

e atirando os bra?o

abbi faz

sés, com um sereno de

se

os Apollonius, e fêl-os Gabienus… E que s?o os prodigios do teu galileu comp

carnecia a s

o Eunotos, para a direita, onde est?o as fabricas de papyros, e vês lá Magos fazendo milagres por um drachma, que é o pre?o d'um dia de trabalho.

d?o do seu desdem. Deu um passo vagaroso, depois outro,-e considerando,

z parecia um bem maior! As aguas, no lago de Tiberiade, amansavam para o escutar; e aos olhos das crian?as que o rodeavam subia a gravidade d'uma fé já madura… Elle fallava: e como pombas que desdobram as azas e v?am da porta d'um santu

guindo o v?o d'essas novas divinas. Mas já do lado, Gam

esus, filho de Sidrah… Tudo isso o prégou Hillel, tudo isso o disse Schemaia! Cousas t?o justas se encontram nos livros pag?os, que s?o, ao pé dos nossos, como o l?do ao pé da agua pura de Siloeh!… Vós mesmos os Essenios tendes pr

emecendo, como rudemente aco

, repetiu o nome de Iokanan, como chamando alguem d'entre os mortos. Depois, com duas lagrim

por sobre a muralha como a femea lasciva do tigre, rugia e me gritava injurias!… Tres dias e tres noites segui pelas estradas de Galilêa, levando a cabe

os resoaram nas lages: e ficou prostrado, orando

is direito que uma columna do Templo, com os cotovêlos

existe Deus algum ao meu lado, n?o haverá Deus algum depois de mim…? Esta é a voz do Senhor. E o Senhor disse ainda: ?Se pois entre vós apparecer um propheta, um visionario que fa?a milagres e queira introdizir outro Deus e chame os simpl

éo onde vai trovejar, interpoz-se entre o Doutor da Lei e o histor

importa que um homem abra os bra?os e grite que é um Deus? As nossas leis

anassés. Mas já elle brada

ue préga, e ninguem jámais lhe ouviu proclamar a necessidade santa de expulsar o Estrangeiro. Nós esperamos um Messias que traga uma espada e liberte Israel, e este, nescio e verboso, declara que traz só o p?o da verdade! Quando

Manassés se evolavam, vibrantes e livres. Gamaliel sorria friamente. E o

quecer o dever forte para com o reino da terra, para esta terra d'Israel que está em fe

a-se, com uma fulgura??o de revolta, como chamand

ado parecia agora anuvear a sua velhice leviana. E come?ou a dizer, de manso e tristemente,

conselha prudencia e malicia nas rela??es com o romano! ó Manassés, robustas s?o as tuas m?os: mas pódes tu com ellas desviar a corrente do Jord?o da terra de Canaan para a terra da Trakaunitida? N?o. Nem pódes tambem impedir que as legi?es de Cesar, que cobriram as cidades da Grecia, venham cobrir o paiz de Judá! Sabio e forte era Judas Macchabeo, e fez amizade com Roma… Porque Roma é

fixando sobre nós os olhos miudos que dardejavam um brilh

E ent?o diz: ?na verdade este Templo, com o seu ouro, as suas multid?es, e tanto zelo, é um perigo para a auctoridade de Cesar na Judêa…? E logo, lentamente, annulla a for?a do Templo diminuindo a riqueza, os privilegios do seu sacerdocio. Já para nossa humilha??o, as vestes pontificaes s?o guardadas no erario da Torre Antonia: ámanh? será o Candelabro d'ouro! Já o Pretor usou, para nos empobrecer, o dinheiro do Corban! ámanh? os dizimos da colheita, o dos gados, o dinheiro da offrenda, o óbolo das trombetas

allou Osanias, filho

hed

saudou tres vezes aquelles homens facundos. Gad, immovel, orava. No azul da janella

asmo da Patria: e a terceira, que és tu, venerando filho de Beothos, cauto e ondeante como a serpente que amava Salom?o, protege uma cousa mais preciosa que é a Ordem!… Vós sois tres torres: e contra cada uma o Rabbi

m quebra uma vara fragil, diss

o o cruc

ilvando, se viesse cravar no meu peito! Arreb

abbi que prégava em Galilêa, e fa

omo se eu lhe perguntasse qual era o astro que d'alé

Nazareth em Galilêa, a quem alguns chama

vacillando, como u

… E ao mesmo tempo, mais do que treme a folha n'um aspero vento, tremia a minha alma n'um terror sombrio:-o terror do servo negligente diante do amo justo! Estava eu bastante purificado com jejuns e ter?os para affrontar a face fulgurante do meu Deus? N?o! Oh mesquinha e amarga deficiencia da minha devo??o! Eu n?o beijára jámais, com sufficiente amor, o seu pé dorido e r?xo na sua igreja da Gra?a! Ai de mim! Quantos

amo de madresilva, e lhe avivava o aroma, acabava talvez de ro?ar a fronte do meu Deus, já ensanguentada d'espinhos! Era só empurrar aquella porta de cedro, atravessar o pateo onde gemia a mó do moinho domestico,-e logo, na rua, eu poderia vêr presente e corporeo o meu Senhor Jesus t?o realmente e t?o bem como o viram S. Jo?o e S. Matheus. Seguiria a sua sacra sombra no muro branco-onde cahiria tambem a minha sombra. Na mesma poeira que as minhas solas pisassem-beijaria a pégad

de que espantou aquelles Orientaes

Onde está Jesus de

ahir de bru?os nas lages, diante de Gamaliel; beijava-lhe as franjas da

bbi está n

lto, espalhando em redor o sulco louro dos seus cabellos revoltos. Topsius tra?ára a sua capa branca, com essas pregas de toga lat

Pret

*

taboletas em fórma de fl?res e d'almofarizes: um toldo de esteiras finas assombreava as portas, o ch?o estava regado e juncado d'herva d?ce e de folhas d'anemonas: e pela sombra pregui?avam mo?os languidos, de cabellos frisados em cachos, de olheiras pintadas, mal podendo erguer, nas m?os pesadas d'anneis, as sêdas ro?agantes das tunicas c?r

a e no rega?o coifas d'esparto, apregoavam os p?es azymos. Sob um enorme guardasol de pennas, cravado no ch?o, homens de mitra de feltro, com taboas sobre os j

ra como um claustro de mosteiro. Da arcaria ao fundo, encimada pela frontaria austera do Palacio, estendia-se um velario, d'um estofo esca

ponta das chinelas amarellas, estendendo por cima do rosto contra o sol, uma dobra do manto ligeiro: e d'aquella multid?o sahia um cheiro morno de suor e de myrrha. Para além, por cima dos turbantes alvos apinhados, brilhavam pontas de lan?a. E ao fundo, sobre um sólio, um homem, um magistrado, envolto nas pregas nobres d'uma toga pretexta, e mais immovel que um

amado Pilatus, que fo

dos jardins, aspero e triste, o gritar dos pav?es. Estendidos no ch?o, junto á balaustrada do claustro, negros dormitavam com a barriga ao sol. Uma velha contava moedas de cobre, acocorada

ada de verdes folhas de parra. Uma barba de neve, lustrosa d'oleo, cahia-lhe até á faxa que o cingia; e os hombros largos desappareciam sob a esparsa abundancia dos cabellos alvos, sahindo do turbante como uma pura romeira de a

-nos Manassés. Tereis

ei cautelosamente a Topsius quem

com venera??o o meu d

subtil entre todos, e

de Joppé. Depois continuámos devagar pela galeria sonora e clara: na sua extremidade brilhava uma porta sumptuosa de cedro com chapas de prata lavradas: um Pretoriano de Cesarêa gu

que a perdera, á maneira d'um manto que escorrega, n'essa carreira anciosa desde a casa de Gamaliel. Toda a antiguidade das coisas ambientes me penetrára, me refizera um sêr; eu era tambem um antigo. Era Theodoricus, um Lusitano, que viera n'uma galera das praias resoantes do Promontorio Magno, e viajava, sendo Tiberio imperador, em terras tributarias de Roma. E aquelle homem n?

?a essa cor?a inhumana de espinhos, de que eu lêra nos Evangelhos; tinha um turbante branco, feito d'uma longa faxa de linho enrolada, cujas pontas lhe pendiam de cada lado sobre os hombros; um cordel amarrava-lh'o por baixo da barba encaracolada e aguda. Os cabellos sêccos, passados por traz das orelhas, cahiam-lhe em anneis pelas costas; e no rosto magro, requeimado, sob sobrancelhas densas, unidas n'um só tr

mez de Nizam, refrescava com um leque de folhas d'heras sêccas a face rapada e branca como um gesso: um escriba, velho e nedio, n'uma mesa de pedra cheia de tabularios e de regras de chumbo, agu?ava miudamente os seus calamos: e entre ambos o interprete, um phenici

rava seu pai Herodes o Grande, restaurador do Templo… A gloria d'Herodes enchia a terra; f?ra terrivel, sempre fiel aos Cesares; seu filho Antipas era engenhoso e forte!… Mas reconhecendo a sua sabedoria elle estranhava que o Tetrarca se recusasse a confirmar a senten?a do Sanhedrin que condemnava Jesus á morte… N?o f?ra essa sente

cruzados nas lages comiam tamaras de Bethabara que traziam no sai?o, bebendo d'uma caba?a. Pilatos, co

… E esse Templo, como o respeitára o Rabbi? Amea?ando destruil-o! ?Eu derrocarei o templo de Jehovah e edifical-o-hei em tres dias!? Testemunhas puras ouvin

amente indifferente, com os olhos cerrados, como para isolar melhor o seu sonho contínuo e formoso, longe das coisas duras e v?s que o maculavam. Ent?o o Assessor romano ergueu-se, dep?z

diz e

n?o é um judeu; que nada sabe de Jehovah, nem lhe importam os prophetas que se erguem contra J

sua for?a. Agora, mais retumbante, accusava Jesus, n?o da sua revolta contra Jehovah e o Templo, mas das suas preten??es como principe da casa de David! Toda a gente em Jerusalem o tinha vist

nos tornar melhores! gritou ao longe a

romano, de pé, com os punhos fincados na mesa, vergava o cacha?o reverente e nedio: o Assessor sorria, attent

m soltar, deixar cahir todo o interesse por esse pleito ritual

s judeus?… Os da tua

tu?… Onde é

alto estas coisas na antiga lingua hebraica dos Livros Santos: e, como o Rab

ouvi a sua voz. Era clara,

u fosse rei de Israel, n?o estaria diante de ti com es

strugiu, d

ent?o d'e

mma, o furor dos Phariseus e dos serventes do Tem

ai-o! cru

… Poncius bateu o borzeguim sobre o marmore. Os dois lictores ergueram ao ar as varas rematadas n'uma figura d'aguia: o escriba

ius fallou,

és rei… E que v

es como se tomasse posse suprema da terra. E o que sahiu dos seus labios tremulos

! Quem desejar a verdade, quem quizer pert

momento, pensativo; depo

m, o que é

hou-se um silencio como se todos os cora??es ti

precedido dos lictores, seguido do Assessor, penetrou no Palacio, por entre, o rumor d'ar

m?os n'um terror. Outros, afastados, cochichavam sombriamente. Um grande velho, com um manto negro que esvoa?ava, corria n'uma ancia o Pretorio, por entre os que dormiam,

e nós, erguendo os

justo e libe

a??es. Os seus amigos armados esperavam-no em Bethania: e partiriam ao romper da lua para o oasis d'Engaddi! Lá estavam aquelles que o amavam. N?o era Jesu

ha para o banco de pedra, onde Rabbi Robam conversava com Manassés, enrolando d?cemente nos dedos os cabellos da crian?a, mais louro

io que vás fallar ao Pre

os lados, foi um

o Pretor! Rabbi

grande Moysés. E diante d'elle um Levita, muito

sabio, perfeito e f

ecendo á muda invoca??o, tivesse descido para encher aquelle cora??o justo. Depois, com a m?o da crian?a na s

cio acudiu tendo na m?o um longo galho de vide. Dentro era uma fria sala, mal alumiada, severa, com os muros forrados de estuques escuros. Ao centro erguia-se palli

Senhor. Sarêas annunciou altivamente ao Tribuno que ?alguns da na??o d'Israel, á porta do Pa

caminhando a passos largos, com a vasta tog

ára junto á estatua de Augusto. E, como repetindo o gesto nobre da figur

vosco e com as voss

Mas, tendo o Pretor deixado o Pretorio sem confirmar nem annullar a senten?a do Sanhedrin que condemnava

e penetrado d'equ

vossa Lei e ora no vosso Templo, interrogou-o tambem e nenhuma culpa n'elle encontrou… Esse homem diz apenas coisas incoherentes como os que fallam em sonho

da sua tiára: as suas cans cahindo sobre os vastos hombros coroavam-no de magestade como a neve faz aos montes: as franjas azues d

trouxemos nós? Sómente quando o vimos entrar em triumpho pela Porta d'Ouro, acclamado como rei da Judêa. Porque a Judêa n?o tem outro rei sen?o Tiberio: e apenas um sedicioso se proclama em revolta

ecrando Roma, apregoavam agora um zêlo ruidoso por Cesar para poderem, em nome da sua auctoridade, saciar um odio sacerdotal-revoltou

vêm aprender a uma colonia barbara d

om indigna??o. Eu tremi. Mas o soberbo Rabbi proseguiu, mais indiffer

sta terra barbara da Asia! Teu amo dá-te a guardar uma vinha, e tu deixas que entrem n'ella e que a vindimem? Para que estás ent?o na Judêa, par

aiscantes, cravados n'aquelles judeus que astutamente o i

murmurou surdamente. Elius Lamma é

no teu, Poncius! Que te importa a ti a vida ou a morte de um vagabundo de Galilêa?… Se tu n?o queres, como dizes, vingar deuses cuja divindade

cólera, de paix?o d

vam o seio da tunica co

denunciando o Pretor, co

afogares em sangue, e apresentar-te depois a Cesar como soldado victorioso, administrador sabio, digno d'um proconsulado ou d'um governo na Italia! é a isso que chamaes a fé romana? Eu n?o estive em Roma, mas sei que a isso se chama lá a fé punica… N?o nos supponhas porém t?o simples como um pastor d'Idumêa! Nós estamos em paz com Cesar, e cumprimos o nosso dever con

s, gritou Sarêas. Talvez novame

e sempre inquieto, suspeitaria logo um pacto d'elle com esse ?rei dos Judeus? para sublevarem uma rica provincia imperial… E assim a sua justi?a e o orgulho em a manter podiam custar-lhe o proconsulado da Judêa! Orgulho e justi?a foram ent?o na

… Mas entre nós, para proveito de Cesar, n?o deve haver desaccordo. Sempre vos fiz concess?es! Mais que nenhum outro Procurador desde Coponius tenho respeitado a

ndo lentamente as m?os, e sacudindo

omai-a… N?o vos basta a flagella??o? Quereis a cruz?

ilento brado

sse sangue cáia sob

odas as palavras têm um poder sobrenat

am voltou-se, sereno, resplandecente como um justo: e adiantando-se por entre os Phari

ó homem do que sof

, ardendo junto ao meu catre, fumarenta e vermelha; por fim ro?ou-me um somno ligeiro… Quando despertei a cadeira curul permanecia vazia-com a almofada de purpura em frente, sobre o marmore, gasta, cavada pelos pés do Pretor; e uma multid?o mais densa enchia, n'um longo rumor de arraial, o velho atrio de Herodes. Eram homens rudes, com capas curtas d'estamenha, sujas de pó, como se tivessem servido de tapetes sobre as lages d'uma pra?a. Alguns traziam balan?as na m?o, gaiolas de rolas; e as mulheres que os seguiam, sordidas e macilentas, atirava

i, D. Raposo! murmurou com

uma longa agulha de ferro pendendo da orelha… Tocadores phenicios a um canto afinavam as harpas, tiravam suspiros das flautas de barro: e diante de nós rondavam duas prostitutas gregas de Tiberiade, com perucas amarellas, mostrando a ponta da lingua e sacudindo a roda da tunica d'onde voava um cheiro d

as de parra, figos rachados de Bephtagé. Debilitado pelas emo??es, perguntei-lhe, debru?ado no parapeito, o pre?o d'aquelle mim

fructos colhi-os no horto, um a um, á hora em que o dia nasce no Hebron; s?o succulentos e consoladores; poderiam ser postos na mesa de Hannan!… Mas que v

larei que Jehovah, o muito forte, me ordenava que com o dinheiro cunhado pelos Principes eu pagasse os fructos da Terra… Ent?o o hortel?o

fructos da sua bondade, mais d?ces que os labios da esposa! Justo é pois, ó homem abundante,

rachma por todos os figos que coubessem no forro largo d'um turbante. O homem levou as m?os ao seio da tunica, para a despeda?ar na immensidade da sua humilha??o. E ia invocar Jeho

figos do cesto inteiro te dou eu este meah. E se n?o queres, conhe?o o caminho dos hortos t?o

ta do albornoz que eu lhe estendera, carrancudo e digno. Depois, descobrindo os dentes

Ptolomeus-quando elle, mergulhando a m?o tremula nos farrapos que mal lhe velavam o peito cabelludo, estendeu-me, com um sorriso macerado, uma pedra que reluzia. Era uma placa oval d'alabastro tendo gravada uma imagem do Templo. E emquanto Topsius doutamente a examinava, o velho foi tirando do seio outras pedras de marmor

istoria. Era um pedreiro de Naim, que trabalhára no Templo e nas construc??es que Antipas Herodes erguia em Bezetha. O a?oite dos intendentes rasgára-lhe a carne; depois a doen?a levára-lhe a for?a como a geada sécca a macieira. E agora, sem trabalho, com

ffocado, sacudindo a m

poderia ter vindo a i

vino, que era o melh

lo? perguntou o terso

cen?a: alguns pagam um siclo d'ouro. Eu n?o podia com crian?as em casa sem p?o… Por isso ficava a um canto, fóra do portico, no peor sitio. Alli estava bem encolhido, bem calado; nem mesmo me queixava quando homens duros me empurravam ou me davam com os bast?es na cabe?a. E ao pé de mim havia outros, pobres como eu: Eboim, de Joppé, que offerecia um oleo para fazer crescer os cabellos, e Osêas, de Ramah, que vendia flautas de barro… Os soldados da Torre Antonia que fazem a ronda passavam por nós e desviavam os olhos. Até Menahem, que estava quasi sem

a a merenda. E o velho desa

tu?? E o Rabbi fallou ?de seu pai?, e reclamou contra nós a lei severa do Templo. Menahem baixou a cabe?a… E nós tivemos de fugir, apupados pelos mercadores ricos, que bem encruzados nos seus tapetes de Babylonia, e com o seu lagedo bem pago, batiam palmas ao Rabbi… Ah! contra esses o Rabbi nada podia dizer: eram ricos, tinham pago!… E agora aqui ando! Minha filha, viuva e doente, n?o póde trabalhar, embrulhada a um canto nos seus trapos: e os filhos de minha filha, pequeninos, têm fome, ol

das de linhas magicas, tremiam, limpa

quebra e mata uma fl?r isolada. Ent?o para que n?o houvesse nada imperfeito na sua vida, nem d'ella ficasse uma queixa na terra-paguei a divida de Jesus (assim seu Pai perd?e a minha!) atirando para o sai?o do velho moedas consideraveis, drachmas, cry

iro n'uma dobra do sai?o, bem apertado contra o peito, murmurou timid

ra-te da face d'este homem, qu

mais vermelho e limpando os bei?os. Ao lado do Rabbi e dos guardas do Templo, Sarêas viera perfilar-se encostado ao seu baculo. Depois, entre um brilho d'a

e os tabularios: e eu vi as m?os gordas e morosas do escriba tra?arem uma rubrica, estamparem um sêllo sob as linhas vermelhas que condemnavam á morte Jesus de Galilêa, meu

s Phariseus triumphavam: junto a nós, dois muito velhos beijavam-se em silencio nas barbas brancas: outros sacudiam

pagaio flammante. A turba emmudecera, surprehendida. E o phenicio, depois de ter consultado

assenso de Cesar, perdoar a um criminoso… O Pretor prop?e-vos o perd?o d'este… Escutai ainda! Vós tendes tambem o direito de

yros e os tabularios. Sarêas, sacudindo a ponta do manto que escondia a sua ora??o, ficára assombrad

esse que prop?e o Pretor. O outro, endurecido no mal, foi preso por ter morto um legi

roufenho partiu d'

r-A

escravo do Templo, de sai?o amarello, pulando até aos degraus do sóli

m! Bar-Abbás! O pov

os cajados ferrados como para aluir o Pretorio; outros de longe, encruzados ao sol, indolentes e erguendo um dedo. Os vendilh?es do Templo, rancorosos, sacudindo as balan?as de ferro e

bás! Ba

do preso que atacára Legionarios, um ultraje ao Pretor romano, togado e augusto no seu tribunal. Poncius no entanto, indifferente, tra?ava letra

Bar-Abbás!

s seus labios, só transpareceu n'esse instante uma mágua misericordiosa pela opaca inconsciencia dos homens, que assim empurravam para a morte o melhor ami

ra o nome de Cesar. O tumulto ardente esmorecia. Poncius ergueu-se: e grave,

cruci

a turba batia fe

adas, e o largo cantil da posca. Sarêas, vogal do Sanhedrin, tocando no hombro de Jesus, entregou-o ao decuri?o: um soldado des

ncarcerados… Sahimos a um terreiro, abrigado pelo muro d'um jardim todo plantado de cyprestes. Dois dromedarios deitados no pó ruminavam, junto d'um mont?o d'hervas cortadas. E o alto historiador

em esgrouviado, de barba rala e ruiva, com grossas

eu, n?o

a na terra. Conhe?o-te bem. Tua m?i é cardadeira e

do a cabe?a, como um an

Eliesar, de Ramah! Sempre todos me con

ravas-lhe a m?o, essa, a direita, secca, mirrada e negra, como o ramo que definhou sobre o tronco! Era no Sabbath: estavam os tres chefes da Synagoga, e Elzear, e Simeon. E todos olhavam Jesus para vêr se elle ousaria curar no dia do Senhor… Tu choravas, de rojo no ch?o. E por acaso o Rabbi repelliu-te? Mandou-te

o, maravilhada pelo d?ce milagre. E o Essen

provis?o de lentilha… E tu largaste a correr pelo caminho, refeito e agil, gritando para o lado da tua casa: ?Oh m?i, oh m?i, estou curado!…? E foste tu, porco e filho de porco, que ha pouco no P

com justiceira gravidade, apanhára duas grossas pedras. E o ho

n?o fui eu… E

, agarrou-o

s te viram duas cicatrizes curvas como de dois golpes de

teimoso; mostrou bem as duas cicatrizes, lividas no pêllo ruivo; e assim o arremessou desprezivelmente pa

estendera as m?os a um vendedor d'agua, que lh'as purificava com um largo jorro d

Rabbi, o Pretor concedeu-lh'o… Esperai-me á no

o Templo, por motivos intelle

dmira pedras! rosnou

re a face, por entre as ben??os

*

a ponte do Xistus, tomámos duas liteiras-das que um liberto de

eve como a aza arripiada d'uma ave agourenta… Ia eu ficar para sempre n'esta cidade forte dos Judeus? Perdera eu irremediavelmente a minha individualidade de Raposo, de catholico, de bacharel, contemporane

rincheirado onde est?o os legionarios; e em redor a villa lusitana, esparsa, com os seus caminhos agrestes, cabanas de pedra solta, alpendres para recolher o gado, e estacadas no lodo onde se amarram jangadas…

?o dourado, nos jardins de Gareb entre os tumulos?… E esta existencia igualmente me parecia pavorosa!… N?o! a ficar encarcerado no mundo antigo com o doutissimo Topsius, ent?o deveriamos galopar n'essa mesma noite, ao erguer da lua, para Joppé; de lá embarcar em qualquer trirema phe

orta de Huldah; e f?mos logo detidos emquanto os guardas do Templo arrancavam a um pegureiro, teimoso e rude, a clava armada de prégos com que elle q

ores, dos granitos brunidos, dos recamos preciosos banhados pelo divino sol de Nizam. Os lisos pateos que eu de manh? vira desertos, alvejando como a agua quieta d'um lago, desappareciam agora sob o povo que os atulhava, adornado e festi

nfiado. Isto s?o magn

de todas as regi?es, de todas as idades, desde as macissas rodellas do velho Lacio mais pesadas que broqueis, até aos tijolos gravados que circulam, como ?notas? nas feiras da Assyria. Adiante, brilhava a frescura e abundancia d'um pomar: as rom?s, estaladas de maduras, trasbordava

brilho ardente dos céos do Oriente, as sêdas impudicas de Sheba d'uma transparencia verde que v?a na aragem, e esses estofos solemnes de Babylonia que sempre me extasiavam, negros com largas fl?res c?r de sangue… Dentro de cofres de cedro, espalhados sobre tapetes da Galacia, reluziam espelhos de prata simulando a lua e os

go fugimos ao ardente cheiro que alli suffocava, vindo das resinas, das gommas dos paizes dos Negros, dos mólhos de plumas de abestruz, da mirrha d'Oro

ao lado um prato de metal onde cahiam os óbolos dos fieis: e em torno, encruzados no ch?o, com as sandalias ao pesco?o, as pellicas cobertas de letras vermelhas desdobradas nos joelhos, os discipulos, imberbes ou decrepitos, resmoneavam os dictames balan?ando os hombros lentos. Aqui e além, no meio de devotos embebidos, dois doutores disputavam, com as faces assanhadas

m?os apertadas sobre o estomago-em testemunho dos seus duros jejuns! Depois Topsius mostrou-me um Rabbi, interpretador de sonhos: n'um car?o livido e chupado os seus olhos fundos luziam com a tristeza de lampadas de sepulchro: e, sentado sobre saccos de l?, estendia por cima de cada devoto, que vinha ajoelhar aos seus pés nús, a po

Havia homens solemnes da planicie de Babylonia, com as barbas mettidas dentro de saccos azues que uma corrente de prata lhes prendia ás mitras de couro pintado: e havia gaulezes ruivos, de bigodes pendentes como as hervas das suas lag?as, que riam e parolavam, devorando com a casca os lim?es d?ces da Syria. Por vezes um romano togado passava, t?o grave como se descesse d'um pedestal. Gente da Dacia e da Mysia, c

e chapas de prata, faiscavam como os d'um reliquario: e os dois humbraes, semelhantes a grossos mólhos de palmas, sustentavam uma torre, redonda e branca, guarnecida de escudos tomados aos inimigos de Judá, brilhantes no sol como um collar de gloria sobre o pesco?o

s votivas: com elle vinha um homem nedio e risonho, de face c?r de papoula, coroado por uma enorme mitra de l? negra enfeit

com as primicias dos vossos fructos, eu vos aben?oarei em todas as obras das vossas m?os…? Vós hoje pertenceis miraculosamente a

z d'elle pisámos com as nossas solas

ortez e suave, perguntou-me se era remota

vaga e re

egamos d

, a colheita

a o Eterno, que n'este seu anno de gra?

m no Templo-onde os Sacerdotes e os Sacrificadores soffrem perennemente ?diss

isca alegre no olho benigno, o povo

epois, recordando os meus dissabores intestinaes em Jerichó, por muito amar os divinos e perfido

mitra bojuda. Depois, espetando um dedo no

ia e vinho negro de Emmaus… Misturai, cozei… Deixai esfriar n'um

tráramos no soberbo adro, chamado ?Pateo das Mulheres?: e n'esse instante terminavam

osos que alabastro, desenrolavam-se duas collegiadas de levitas, ajoelhados e vestidos de branco-uns com uma trompa recurva, outros pousando os dedos sobre as c

cha que lhe cingia as costellas magras brilhava, bordado a ouro, um grande sol. Os fieis ajoelhados, quedos, sem um murmurio, quasi pousavam nas lages a cabe?a escondida sob os mantos e sob os

u o incensador que rangeu faiscando ao sol-e com o fumo branco veio rolando tenue e cheirosa, sobre Israel, a ben??o do Muito-Forte. Ent?o os levitas, unisonamente, feriram as cordas das lyras: das trombetas curvas subiu um grito de bronze: e todo o povo erguido, com os bra?os ao céo, ent

s camaras rituaes onde se perfuma o oleo, se consagra a lenha, se purifica a lepra: entre as columnas pendiam em fest?es fios grossos de perolas e de contas d'onyx, mais numerosos que no peito de uma noiva: e nos mealheiros de bronze

bundancia barbara dos ouros, das pedrarias, envolvia-as n'uma radiancia tremula desde os peitos fortes até aos cabellos mais crespos que a l? das cabras de Galaad. As sandalias, ornadas de guizos e de correntes, arrastavam sobre as lages uma melodia argentina, tanta era a gra?a concertada dos seus movimentos ondulados e graves: e os tecidos bordados, os algod?es de Galacia, os finos linhos de c?res que as cingiam, ensopados nas escencias ardentes d'ambar, de malobathro e de baccaris, enchiam o ar de fragancia e de molleza a alma

eu. Que mulheres! Que mulheres

e Cesar, uma cidade de Italia e toda a Iberia! Umas entonteciam-me pela sua gra?a dolente e macerada de virgens de devo??o, vivendo na penumbra constante dos quartos de cedro, com o corpo saturado de perfumes, a alma esmagada de ora??es. Outras deslumbravam-me pela sumptuosidade solida

ria de Nicanor. E ainda estacava a cada degrau, alongando para traz

?o! Que sois de vos

ás costas, amarrado pelas patas e enfeitado de rosas. Em frente corria uma longa balaustrada de cédro

ber as aguas amargas ás mulheres adulteras… E ago

r subia uma fuma?a avermelhada e lenta: e em redor apinhavam-se os Sacrificadores, descal?os, todos de branco-com forquilhas de bronze nas m?os pallidas, espetos de prata, facas passadas nos cintos c?r de céo… No afanoso, severo rum?r do ceremonial sacrosanto confundia-se o balar de cordeiros, o som argentino de pratos, o crepitar das lenhas, as pancadas surdas de malho,

os levitas balan?avam leques de pennas para afugentar os moscardos. De columnas rematadas por faiscantes globos de crystal, pendiam cordeiros mortos, que os Netenins, resguardados por aventaes de couro cobertos de textos sagrados, esfolavam com cutelos de prata: emquanto os victimarios de

e á ara, rodeado de Acolytos, o Sacrificador lan?ava sobre o cordeiro um punhado de sal; depois, psalmodiando, cortava-lhe uma pouca de l? entre os cornos. As bozinas resoavam; um grito d'animal ferido perdia-se no tumulto sacro; por cima das tiáras brancas duas

é um talho! Topsius, doutor, vamos

Depois, gravemente, pousan

ir fóra da Porta Judiciaria, para além do Gar

ro e soffrendo: era apenas um tormento para a nossa sensibilidade! Mas, submisso, segui o meu sapiente amigo pela escadaria das Aguas, que leva ao largo lageado de basalto onde come?am as primeiras casas d'Acra. Visi

a o meu cora??o. Emquanto sobre uma collina de morte, destinada aos escravos, o homem de Galilêa, incomparavel amigo dos homens, arrefecia na sua cruz, e para sempre se apagava aquella pura voz de amor e d'espiritualidade-alli ficava o Templo que o matava, rutilante e triu

ados s

*

tebara, a d'um assassino de Emath, e a de Jesus de Galilêa!? O escriba do Sanhedrin, que conforme á Lei alli vigiára para recolher, até que os condemnados passassem, algum inesperado testemunho d'inculpabilidade, ia partir, com os seus tabularios debaixo d

lfazema e manjerona que se offerecem na Paschoa: e crian?as em redor, com o pesco?o carregado d'amuletos de coral, balou?avam-se em cordas, atiravam á setta… Pela estrada descia uma fila de lentos dromedarios levando mercadorias para Joppé: dois homens robustos recolhiam da ca?a, com altos coturnos vermelhos cobertos de pó, a aljava bate

ntada de vermelho, dois servos esperavam, sentados n'um tronco cahido, com os

sé de Ramatha, um ami

rito inquieto, que se i

ente, ah

ta e rosas, Gad descia correndo com uma trouxa de

o alto Historiador, t

yrrha e d'hervas aromaticas; e ficou diante de nós um momento, tremulo, suffoc

rdia, que lhe daria a inconsciencia… O Rabbi queria entrar com a alma clara na morte por que chamára!… Mas José de Ramatha, Nicodemus, estavam lá

o para cravar bem seguramente na sua alma uma recommenda?

da ceia, no eir

confraria de mulheres devotas para insensibilizar os suppliciados… Mas eu mal escutava aquelle copioso espirito. No alto d'um aspero outeiro, todo de rocha e urze, avistára, destacando duramente no claro azul do céo liso, um mont?o de gente parada: e em meio d'ella sobrelevavam-se tres pontas grossas de madeiros e moviam-se, faiscando ao sol, elmos

uma ponta de rocha polida e branca como um osso. O corrego, onde os nossos passos espantavam os lagartos, ia perder-se entre as ruinas d'um casebre de adobe: duas amendoeiras, mais tristes que plantas crescidas na fenda d

cabellos louros desmanchados, alastrados até ao ch?o. Mas as outras duas deliravam, arranhadas, ensanguentadas, batendo desesperadamente nos peitos, cobrindo a face de terra; depois, lan

aveis e em farrapos, que vivem de negromancia e d'esmolas. Diante da branca capa em que Topsius se togava, dois cambistas, com moedas d'ouro pendentes das orelhas, arredaram-se, murmurando ben??os servis. Uma corda d

m travess?o passado entre as pernas-encheu-me de terror e d'espanto… O sangue que manchára a madeira nova, ennegrecia-lhe as m?os, coalhado em torno aos cravos: os pés quasi tocavam o ch?o, amarrados n'uma grossa corda, r?xos e torcidos de d?r. A cabe?a, ora escurecida po

cheia de rumores e de risos. E Topsius mostrou-me defronte, rente á corda, um homem cuja face amarella e triste quasi desapparecia entre as duas longas mechas negras de

douto Historiador. Vamos ter com ell

bejos dos holocaustos, rompeu um ruido mais forte como o grasnar de corvos n'um alto. E um d'elles, colossal, esqualido

o Templo e as suas muralhas, porque n

o, espalmando as m?os sobre o peito, curva

h meu principe, que t

m salvar! rouquejava a meu lado um magro velho, qu

r fim passou, resoou cavamente no madeiro. Ent?o o Centuri?o correu, indignado; a folha da sua larga espada lampej

esquivando a importunidade do sabio Topsius. E, magoados com a sua rudeza a

das m?os esga?adas: e abandonado, sem affei??o ou piedade que o assistissem, era como um lobo ferido que uiva e morre n'um brejo. O outro, delgado e louro, pendia sem um gemido, como uma haste de planta meio quebrada. Defronte d'elle uma mulher macilenta e em farrapos, passando a cada instante o joelho sobre a corda, estendia-lhe nos bra?os uma crian

h: mulheres, cantando, carregavam lenha: um cavalleiro trotava, embrulhado n'um manto branco. ás vezes os que atravessavam o caminho ou voltavam dos pomares de Gareb avistavam as tres cruzes erguidas: arrega?avam a tunica, subiam a collina devagar através das urzes. O rotulo da cruz do Rabbi, escripto em grego e em latim, causava logo assombro. ?Rei dos Jude

os sadduceus, uma romana miudinha e morena, com fitas de purpura nos cabellos empoados d'azul, contemplava suavemente o Rabbi e

s muralhas, no bairro novo de Bezetha, grandes panos vermelhos e azues seccavam em cordas ás portas das tinturarias; um lume vermelhejava no fundo d'uma forja; crian?as corriam, brincando sobre a borda d'uma piscina. Adiante, no alto da to

o ao hombro da crian?a que o conduzia, o velho que já cruzáramos na estrada de Joppé, com uma lyra presa á cintura. Os seus passos arrastavam-se mais incertos, na fadiga d'uma jorna

e uma pedra, tomou a lyra entre as m?os vagarosas; a crian?a, direita, com as pestanas baixas, p?z á b?ca uma flauta de cana; e, no resplandor da tarde que envolvia e dourava Si?o, o Rapsodo soltou um canto já tremulo, mas glorioso e repassado de adora??o, como ante a ara d'um templo, n'uma praia da Ionia… E eu percebi que elle cantava os Deuses, a s

de metal: com a cabe?a descabida, a cor?a do louro épico meio desfolhada, parecia chorar sobre a lyra hellenica, d'ora em diante e para longas idades silencio

vam a velhice, e tinham cora??es interesseiros como escravos. Seguira ent?o pelas longas estradas, parando nos postos romanos onde os soldados o escutavam; nas aldeias de Samaria batia ás portas dos lagares; e para ganhar o p?o duro tocára a cythara grega nos funeraes dos barbaros. Agora errava alli, n'essa cidade ond

ambem na dura cidade dos judeus, envolto pela influencia sinistra d'um Deus alheio! Dei-lhe a minha derradeira moeda de prata. Elle desceu a collina, apoiado

que baixasse os condemnados da cruz antes de soar a hora santa da Paschoa! Os mais devotos reclamavam que se applicasse aos crucificados, se ainda viviam, o crurifragio romano, quebrando-lhes os ossos com barras de ferro, arroja

ar o Hebron! gritou de cima d'

-os, ac

va, requebrando os olhos languidos, move

orvos! Dai ás aves de

ou devagar com a espada. Dois Legionarios, lan?ando pesadamente ao hombro as barras de ferro, marcharam com elle para

ara o ch?o como se o fossem em breve pisar: e a face n?o se via, tombada para traz mollemente por sobre um dos bra?os da cruz, toda voltada para o céo onde elle

te homem? gritou, procurand

Joseph de Ramatha, estendendo po

h?o a trouxa de linho e correu para as ruinas do ca

s flautas e os prantos d'um funeral… Um d'elles, corcovado, com esfiadas melenas luzidias d'oleo, affirmava que sempre conhecera José de Ramatha inclinado para todos os innovadores, todos os sediciosos… Mais d'

icundo e m

ntam aos que adulam o pobre, e lhe ensinam que os

m furor, atirando o bast?o contra as ur

leosas ergueu devagar a m?o

lo e no Conselho n?o faltar?o jámais homens fortes que mantenham a velha Ord

s susu

me

ros madeiros onde os condemnados, vivos e cheios d'agonia pediam agua-um pendido e gemendo, outro torcid

elha oleosa… Assim seria, oh dura miseria! Sim! d'ora ávante, por todos os seculos a vir, iria sempre recome?ando em torno á lenha das fogueiras, sob a frialdade das masmorras, junto ás escadas das forcas-este affrontoso escandalo de se juntare

em-emquanto as aves, mais felizes que o

*

e Gamaliel: no pateo, preso a uma argola, estava o burro, albarda

do Egypto. Defronte d'elle, n'uma mesa incrustada de madreperola, entre vasos de barro com fl?res pintadas, a?afates de filigrana de prata transbordando de fruta e peda?os scintillantes de gelo, erguia-se um candelabro em fórma de arbusto, tendo na ponta de cada galho uma pallida chamma a

iel. Grandes s?o as maravilhas

de feltro, e precedidos majestosamente pelo homem obeso de tunica amare

, onde negrejava entre ramos de salsa um mont?o de cigarras fritas; no ch?o jarros com agua de rosa. Cumprimos as ablu??es: e Gamaliel, tendo purificado a

fartura e deleite: depois, com uma febra de anho entre os dedos, affirmou sorrindo aos Dou

m os olhos cerrados de goz

Senhor engastou-a no centro da Terra para qu

murmurou o Historiad

tá Jerusalem a santa, como um cora??o cheio do amor do Altissimo; em redor a Judêa, rica em balsamos e palmeiras, cerca-a de sombra e de aromas;

ou o meu sapiente

aconselhou-me que, para lhe avivar o sab?r, trincasse uma cigarra frita. E Rabbi Eliezer,

ivo, resvalam umas sobre as outras com uma musica d?ce e lenta que os prophetas mais queridos por vezes ouviam… Elle mesmo, uma noite que orava no eirado da sua casa em Silo, sentira por um raro favor do Altissimo essa harmonia, t?

untou Topsius,

ondeu Eliezer,

ho de Simeon conservava sobre a face, emmagrecida no estudo da Lei, uma seriedade impenetravel. Ent?o o Historiador, reme

e Silo el

mens, ergue-se a occidente: ora, quando o sol a bate

ntanha que vivem a

ente e murmurou: ?Bebam

chamando a paz sobre o meu cora??o. Eu rosnei: ?á sua, muitos e felizes!? E Topsius, re

la, que fazia resoar sobre as lages com pompa a sua vara de ma

stigava-as solemnemente, como cumprindo um rito. Ellas representavam as amarguras de Israel no captiveiro do Egy

he descoram a eloquencia, lhe enervam o heroismo: e com torrencial erudi??o citou logo Theophrasto, Eubul

ivro da sua Descrip??o da Asia, encerra cincoenta e tres erros, quatorze blasphemias e cento e nove omi

us com ardor, a mesm

o segundo do Anaba

r Socrates!… E emquanto eu partia um empad?o de Commagenia, os dois facundos doutores, asperamente, romperam debatendo Socrates. Gamaliel affirmava que as vozes secretas ouvidas por Socrates, e que t?o divina e purame

derramava Jerusalem:-porque a reverencia pelos Deuses apparecia em Eschylo profunda e cheia de terror; em Sophocles, amavel e cheia de

zer de Silo, tu, que possues a verdade, para

el res

rezar melhor

lle concordou que Jerusalem, cercada de vergeis, era d?ce á vista como a fronte da noiva toucada d'anemonas. Depois estranhou que eu escolhesse, para me

te. Fui vêr Jesus, crucificado es

quiz saber se pertencia ao meu sangue, ou partilhára commigo o p?o

erei-o, a

Mes

sombrado ainda, com um fio d

mos que pela Paschoa atulham Jerusalem (confessou elle) n?o f?ra ao Xistus, nem á loja do perfumista Cleos, nem aos

ncido por Gog; o segundo, filho de David e cheio de for?a, venceria Magog. Antes d'elle nascer come?ariam sete annos de maravilhas: haveria mares evaporados, estrellas despregadas do céo, fomes

nas fendendo a casca d'um

as maravilhas, meu filho

os dentes

vida do Senhor! Disse as coisas d?ces e as coisas fortes: as tres claras estrellas sobre o seu ber?o; a sua palavra amansando as aguas de

os Patricios e os R

remexer o a?afate de figo

de morte… Sim, decerto o mundo necessita bem escutar uma palavra de amor e de justi?a: mas Israel tem soffrido tanto com innovadores,

ebatendo ainda com Gamaliel o Hellenismo e as escólas Socraticas

toteles o fructo… E d'esta arvore, assim c

r Eliezer tambem, arrotando com effus?o.

Senhor que nos tirou

a sua emo??o no ar macio d'Ophel… O Doutor da Lei conduziu-nos á varanda alumiada pallidamente por lampadas de mica, mostrou-nos a ingreme escada de ebano que levava aos eirados;

o lan?avam uma chamma ondeante e vermelha. Aqui e além, n'alguma casa mais alta os fios de luzes, na parede escura, reluziam como um collar de joias no pesco?o d'uma negra. O ar estava d?cemente cortado dos gemidos de flauta, da dolente vibra??o das cordas do konnor: e em ruas alumiadas por grandes

Nos acampamentos, sobre o monte das Oliveiras, ardiam fogos claros: e como as portas fi

o, ungido, perfumado de canella e de nardo. Assim o tinham deixado n'essa noite, a mais santa d'Israel, aquelles que o amavam-e que desde ent?o para todo o sempre mais entranhadamente o amariam… Assim o tinham deixado com uma pedra lisa por cima: e agora entre as casas de Jerusalem, cheias de luzes e cheias de cantos-alguma havia, escura e fechada, onde corriam

em linhos brancos, espalhando um aroma de canella e de nardo. Pareceu-me que d'ella irradiava um clar?o, que os seu

az seja

allivio!

az seja

m o fundo da minha alma, para lhe sondar bem a grandeza e a for?a. Por fim

cumprindo… Agora, dizei! Sentis o cora??o forte para

perfumado, sob uma pedra, n'uma horta do Qareb?… Vivia! Ao nascer da lua, entre os seus amigos, ia partir

arecia enleado n'um

ra??o é forte, mas… Além

ssaremos por casa d'alguem que nos dirá as c

samparar do sapiente His

s?… Ond

re a pedra que segundo os ritos, como sabeis, n?o fechava inteiramente o tumulo, deixando uma larga fenda por onde se via o rosto do Rabbi. Alguns serventes do Templo olharam, e disseram: ?Está bem.? Cada um recolheu á sua morada… Eu entrei pela porta de Genath, nada mais v

escemos, n'um cauto silencio, pela escada que do terra?o leva

ameias passavam morti?as lanternas de ronda. Depois uma sombra que tossia ergueu-se de sob uma arvore, triste e molle como se sahisse da sua sepultura; e r

a. Um corredor que ressumbrava agua levou-nos a um pateo rodeado por uma varanda, assent

escurid?o dura e impenetravel d'um bronze. A um canto, emfim, sob a varanda, um clar?o vivo de lampada surgiu-alumiando a barba negra do homem que a trazia

u a desol

comtigo, irm?o!

r a lampada sobre a t

stá con

remecend

Rab

Depois, tendo sondado a sombra em redor com olhos i

e Rosmophim, que é habil e conhece os simples… Eu tinha fallado ao Centuri?o, um camarada a quem salvei a vida na German

e sem um rumor dos pés nús recolheu á escurid?o mais densa sob a varanda, até ás pedras do muro. Nós, rente a elle e

a fonte encontrámos uma ronda da Cohorte auxiliar. Dissemos: ?é um homem de Joppé que adoeceu, e que nós levamos á sua synagoga.? A ronda disse: ?passai?. Em casa de José estava Simeon o Essenio, que viveu em Alexandria e sabe a natureza das plantas: e tudo f?ra preparado, até a raiz do baraz… Estendemos Jesus na esteira. Démos-lhe a beber os cordiaes, chamámol-o, esperámos

o se todas as coisas tivessem sido ditas, deu um passo para

toda a verdade. Q

epois, alargando os bra?os na escurid?o, e t?o per

?o sei se o Senhor lhe fallou em segredo; mas, quando se ergueu, resplandecia todo e gritou: ?Elias veio! Elias veio! Os t

lhia lentamente, sem um rumor, quando Gad, ergu

outro tumulo, onde as mulheres de Galilêa o deixara

ar, murmurou, já

berto, lá f

ta ao fundo abriu-se, com um brusco estrondo de ferros cahidos… E vi uma pra?a, rodeada de pallidos arcos, triste e fria,

m!… A nossa jornada ao Passado acabou… A lenda inicial

s ondeavam agitados por um vento de inspira??o. E o que levemente sahia dos

tado… E encontram-no aberto, encontram-no vazio!… ?Desappareceu, n?o está aqui!…? Ent?o Maria de Magdala, crente e apaixonada, irá g

Montámos. Com um fragor de pedras levadas n'uma torrente, varámos a Porta d'Ouro: e galopámos para Jerichó, pela estrada romana de Sichem, t?o vertiginosamente que n?o sentiamos as ferraduras ferir as lages negras de basalto. Adiante, a capa branca de Topsius

a fogueira. Os cavallos estacaram, tremendo. Corremos ás tendas: sobre a mesa, a vela que Topsius accendera para se vestir, havia mil e oito

um brilho d'ouro… Ergui-me, assustado. N'um largo raio de sol, vindo dos montes d

gne com que brindaramos á Sciencia e á Religi?o. O embrulho da Cor?a d'Espinhos pousava á minha cabeceira. Topsius, no seu catre, em camisola e com um len?o amarra

E no jubilo triumphal de me sentir reentrado na minha individualidad

ca bem docinha e mollesinha, q

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