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A Morgadinha dos Cannaviaes

Chapter 9 No.9

Word Count: 5052    |    Released on: 06/12/2017

que as aves. á hora, a que estas ainda se n?o ouvem chilrear, já a prima de Magdalena abandonava o leito, receiosa de se fazer

tempo de se despedirem d'ella, antes de se es

gdalena. Esta dormia ainda. O projecto de passeio á ermid

os olhos e fitou-os

embran?a foi essa hoje de andare

. N?o o dizia eu hontem? Ent?o s?o

?o madrugadas; isto

pouco é dia

riu para traz as portas das j

umas vezes assiste no crepusculo ás melancolias da natureza, outras vezes na aurora

isse Ch

Como vae alto! é pena que n?o al

om estas delongas a sua imp

?o chegamos a vêr do alto

e lá?! Que crueldade! E

ta, que parece

inarmos este passeio. Isto é lá coisa qu

lla para o leito, em virtude d'aquella irresistivel necessidade de movimento, embo

á bonito cá fóra; n'algun

ê neve!... Parece-me que já estou gelada... Com es

na!... Elles... n?o tardam por ahi. Cuidas que te vae custar

uito particulares. Quem tem uma f

pias com as

ios matutinos n?o é natural. Quantas vezes recusaste acompanhar-m

de explica??es;

que nem por isso nos quiz acompanhar. N?o, que já tem juizo; dorme a esta

ludir aos motivos secretos a que attribuia o ardor e heroicidade da prima ante os rig

os progressos do amanhecer e transmit

de chegar com sol á ermida, o que n?o tem gra?a nenhuma... Avia-te, Lena... Has de ser a ultima a estar pr

é esse elle

nt?o n?o é o primo Henr

ue tua m?e teimou em mandar com o almo?o. N?o sabi

-disse Christina, que n'esta occasi?o correspondia a

, admirada.-Bravo! Nunca o esperei. Ai, Christe, que

Christina, despeitada;-é

lguma coisa, n?o se fala assim

r-disse Christina, olhando para o

r todas as crueldades esta manh?.

correu a

gou distinctamente ao

dora da nossa prima, onde est

respondeu,

ia que pode para ficar p

nrique jovialmente, e continuou falando sempre de Magdalena, e elevando a voz

Christina, para quem elle n

de mestre áquella arrogante de hontem. Estou ancioso por que el

a, com certo modo, que n?o podia escapar a esta:-Olha se appareces a

n?as, dando ao penteado a mais singela e graciosa disp

já vida n'esse teu cora??o, minha pobre pequena. O que te pe?o é que n?o

r ciumes, como h

arece-me que ahi está mais alguem no pateo. Ou?o falar. Vae vêr. Será Augusto? N'ess

ffectivamente c

piaram depois ambos a passeiar, um ao lado do outro, á

ugusto, abstinha-se de falar dos assumptos, em que entraria de mais vontade. Falaram pois de coisas indifferentes a ambos, e quasi frivolas; no frio, na chuva, no inverno e no ver?o, nos prós e contras da vid

um pelo outro aquella subita e inexplicavel sympath

festára-se entre elles certa frieza mais que ce

as o seriam; a chegada de um terceiro, quando dois indifferentes est?o na presen?a um do o

a especie de mantilhas ou capuzes de que usavam

o do quarto de D. Victoria, pé ante pé, para n?o a acord

já v?o,

, mam?-responderam

partiu co

, já, minh

s agas

para a Siberia-r

uarda-chuvas por cautela.

s. Adeus, tia

o, se Deus quizer. Olha

anh? d'aquellas, que nem de inverno parecia, pois que até o

de formular um galanteio a Magdalena, offereceu-lhe attenciosamente o bra?o,

parque. Vamos trepar montes, atravessar ribeiras, costear precipicios, e para tudo isso é necessaria a completa liberdade de

dos precipicios que esse auxil

be n'ellas uma pessoa só; felizmente que a natureza nos

da prima.-Talvez seja melhor que accei

ara este-espero que tome a direc??o do nosso passeio; ninguem melhor conhece os mais bellos pontos de v

as alcatifas da mais rica vegeta??o; banhava-lh'os a agua dos ribeiros, das levadas e torrentes, arterias fertilisadoras de extensas veigas e pomares; mas elle, o gigante orgulhoso e selvagem, recebia aquelles preitos, olhava sobranceiro aquella opulencia, e

custosa a ascen??o por o lado, por onde os nossos romeiros, contra os conselhos de D. Victoria, a emprehendiam. Quando, ao sair de uma longa rua, apertada entre muros de quintas, Henrique achou de subito deante de

omo hesitando em atravessar o

a um bramido atordoador ao cair em toalha dos a?udes e ao escoar rapido

am, como serpentes negras, os troncos flexuosos e despidos das vides; mais longe, o cannavial, ondulando ligeiramente ao perpassar através d'elle a briza da madrugada, e, aqui e além, um

. Henrique encheu-se de brios e atravessou, com n?o menor denodo do que os outros, o riacho, por o passadi?o d

ue-zagues, aproveitando os córtes que a fouce do tempo conseguira abrir n'aquella massa granitica e os toscos deg

s para Henrique

ivo para risos da parte de Magdalena. Christina

porém, a paizagem, que, a cada passo andado, a cada angulo

f?r?a para reprimir u

ezembro n?o eram bastantes par

mais o horizonte; avelludava-se a relva da planicie, parecia aplanarem-se os o

nthusiasmo, que aquelle

le, a cada momento e quando n?o era inquietado

os montes a sua patria, e que a melancolia nostalgica, que o opp

or o que viam. Esta, porém, tinha uma causa secreta a aguarenta

ma dos seus leves de

am mais difficeis de vencer, para lhe offerecer a m?o a ella, sempre a ella, a quem dirigia tambem todas as reflex?es que o aspecto da

phrases a Henrique e recusava insistente

auxilie, do que ao empenho de nos auxiliar-disse ella sorrindo.-A falar verdade, para quem tem passado a v

que estava perto d'ell

s do seu bra?o, primo. Ainda n?o t

apressou-se a remedial-o, offerecendo a Chris

s?-perguntou-lhe a mo

busar da delicadeza

em ar de reprehens?o, fitan

assado acima dos rumores do valle, que n?o subiam a mais de meia encosta. Che

tando a correr, f?ra a primeira que attingira

dentro em pouco t

concedido espontaneamente á contemp

es damos, quando na presen?a de um espectaculo grandioso e bello. Fala-se baixo e pouco: n?o se formula

bel

agni

sub

ue só bem se aprecia, quando pela vista se abrange o conjuncto de todo o panorama. O leitor, que nunca visse alguma scena similhante, n?o

nidade precisa para os processos da analyse, principiaram, como é

ma perfeita e desenleada fa

Magdalena dos seus projectos e desconfian?as; Hen

a, apontando para o logar indicado

a-e olha, Lena, como se vêem

tu abriste esta manh?

ristina comprimir-lh

entares a est

to da mam? julgo que

comtudo afian?o-te que sim. A

e Alvapenha?-perguntou Henriq

ante, alli tem a deveza, em que

o, o que eu dei! D'aqui é que se vê. Lá vejo umas

capella ao lado?-perguntou Magdalen

eitam

quinta dos

?o uns cannaviaes, se

ha n'aquella capella uma imagem d

ei de v

e, é concedido-disse Christina, fitando d'esta vez Hen

zer o voto d

ite, e sósinha, sete esta??es no a

essa. Já vejo que n?o ha aqui na

treve até a ir lá á meia noite, porque a alma de minha mad

os de lá ir-accrescentou H

agdalena, vive um philosopho-disse Augus

o bom do t

emos mais algum tio, com que eu possa

les para fazer remedios, que dizem milagrosos. Ainda é nosso parente, mas em grau

llas que se vêem no adro da

de, parece um cord?o de formig

missionario-respondeu a morgadinh

do monte as debeis mas sonoras b

mal olhado anda por a mulher, desde que ella deu n'essas devo??es-notou Aug

erdade, sr. Augusto, custa-me vêr o Cancella deixar a Lindita entregue

aldeia a influencia dos miss

rado pouco!-to

inho devota, censurou timidam

nda será preciso o seu auxilio para liv

para as boas causas tenho s

tina-s?o os pequenos que nos est?o a

anellas do Mosteiro agita

em, de longe, a irm? e a prima. Estas tiraram ta

a voz de Henr

x.as, que chega

da ermida e as fran?as despidas

splendida faixa de purpura, que, em insensivel gradua??o, desma

o e vermelho, como um escudo de metal candente, e logo se desprendeu da terra, d'onde parecia sur

le, em baixo, estava ainda envol

a um dos criados de Alvapenha, que veio

mo?o?-exclamou Henrique,

me que estes ares do monte e frescuras da madrugada lhe devem ter aberto o appetite-respondeu Magdalena. E logo após continuou par

fineza, que assim declinou na prima, teve de condescender, limitando-se a

logar onde, sobre uma mesa de pedra e lou

ezas d'estas. A alvura da toalha, a excellencia da lou

circumstancias. O fastio, n'este caso, seria um fastio mór

nte fizeram, como era natural,

ido as suas mil e uma doen?as, con

laudiu as de Henrique; este riu co

r sua propria m?

te Henrique o tiroteio de amabilidades, d

santa harmonia do congresso. Parecia que todos o

sobre o espaldar da cadeira a saborear um charuto havano, descobri

er para si-n?o imaginava que hav

le

mais pe

alturas

ue tens,

udades

erguer o

este fir

á sombra

ho o pen

apagasse o resto. Qu

rto que n?o é-respondeu M

da mesa e foi pass

r saudades, como de as sentir. Os lares, pela sombra dos quaes o olhar do poeta trocava os esplendores do céo... algumas d'essas casas, que ahi se vêem em baixo. Quem sabe se n?o será até o Mosteiro? Eu, por mim,

erguer o

'este f

ambe

xaria a

ho o pen

ambem da mesa e foi ter

sta, n?o disfar?ou um gesto de d

e-me falar-lhe com franqueza, agora que estamos sós. Conhecemo-nos ha dois dias; eu, porém, sinto-me t?o segur

a-se para me agradecer o almo?o? Eu sou como os reis; gosto de estar prevenida do

er tem em

á.-Quem ouvisse o sr. Henrique de Souzellas havia de

ro affecto, do mais sincer

e facto as suas inten??es,

r q

?o posso

n?o

o quer

e chegar tarde, prima? A

tomar por confidente. Conhecemo-nos apenas de hontem, que é o mesmo que n?o nos conhecermos.-E

perguntou-lhe He

rique n?o desviava os olhos da morgadinha que,

do estar assim a lisonjear uma mulher na presen?a de outra-e redargui por isso, pondo em dúvida a asser??o e affirmando

tensamente e n?o t

sentido e inflex?o, com que foram dictas, lhe eram dirigidas, acceitou

a, já n?o digo só da do?ura, mas da natureza angelica do seu caracter. Já vê, prima Magdalena, que ?quando uma das m

plo sentido d'estas ultimas palav

uanto um sorriso lhe dissipava um pouco dos labios a grave express?o que lhe era h

-se por momentos, sem que nenhum parece

a exclama??o de Magdalena

io Vicente

da, e approximava-se da mesa do almo?o, o velho herbanario

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