O Inferno
s indiffer
os, e o mais, seria mentir. N'esse innumeravel grupo abundam negociantes honrados, meninas castas, esposas fieis, pobres sem inveja, ignorantes modestos, ricos bemfazejos, e muitas abelhas para cada zang?o; mas perfeito ahi n?o ha ningue
na??es a que mais piedade desperta. Porém, n'esse immenso circulo, onde tudo pecca, cada qual se condemna á sua vontade: um por fastio; outro por vaidade, este por curioso, aquelle por pusillanime; condemna-se um por um casal, outro por uma venera, por um acepipe, por um prato de lentilhas, por um pe
personifica??es vulgares, mas terriveis da opini?o e da lei. Temem-se as algemas, o carcereiro, a masmorra, e ainda mais á mistura com os scelerados. Por muito dura e inevitavel que se figure, a pena material n?o os conterá sempre quando a paix?o os esporêa. Do mesmo modo que affrontam o inferno, affrontariam a cadêa e até a forca, se a forca estivesse ás escuras; porém a vergonha, o estrondo
?o perfeitos, mas s?o probos, sinceros, generosos, capazes de grandes sacrificios occasionalmente. Com certos deveres nunca especulam. Denotam que a si se respeitam, que a propria estima se lhes faz precisa, ainda mais que a da sociedade, facil de transviar-se. E bem que n?o sejam philosophos nem devotos, sentem vivam