O Inferno
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por quanto só a alma d'elles lá desceu, e os ossos restituidos á terra se transformam continuamente em he
ar no dia final e reassumir para nunca mais o deixar um cor
o ao diante n?o haverá sómente puros espiritos no inferno; mas sim homens como nós. é por consequencia o inferno uma localidade physica, geographica e material, vi
esolveu. A este respeito é tudo conjecturas; o mais que se affirma é que o inferno, seja onde f?r, é um mundo composto de elementos materiaes, mas n?o tem sol, n
amostra o pouco que a escriptura denuncia, o lago de fogo, e o enxofre do Apocalypse, e mais os vermes de Isaias, aquelles vermes eternamente enxameando sobre
as suas mordeduras as ulcera??es do fogo. Quer, conforme um verso de S. Marcos, que este estranho fogo, posto que material como o nosso, e actuando sobre corpos materiaes, os conservará como o sal conserva a carne das victimas sempre sacr
cratera d'um vulc?o, sentir-se-h
elles um sufficiente conhecimento, ou pelo menos t?o positivo como aquelle que receberam ácerca do horrivel supplicio do fogo, e do afflictivo supplicio dos vermes. Ha no entanto theologos mais
o Orpheo, ou com a espada na m?o, á similhan?a de Ulysses: baix
or uma parede que atravancava a viella; e n'esta parede havia um nicho onde Santa Thereza se metteu sem saber como. Disse ella que este logar lhe estava destinado, se abusasse emquanto viva das gra?as que Deus difundia sobre a sua cella d'Avila. E, bem que ella se anichasse com maravilhosa facilid
ella tudo escuro; mas ainda assim, atravez d'essas trevas, entrevia, com grande espanto, a hedionda rua por onde tin
era apenas um ca
n?o podiam arrancar-se, e levando aos bei?os, para apagar a sede, copos que golphavam lavaredas; validos em joelhos sobre almadraques ardentes, com as m?os postas, e principes vertendo sobre elles devorante lava d'ouro fundido. Outros viram no inferno descampados sem limites, cavados e semeados por lavradores famelicos. E d'
de gelo, barcos desesperados vogando em mar sem praia. Em fim lá viram quanto os pag?os tinham visto, o reflexo lugubre da terra, uma sombra incommensuravelmente augme
amosas, griphos e agudissimos dentes. Temol-os visto pintados, armados de espadas, de forcados, de tenazes ardentes, de serras, de grelhas, de folles, de clavas, empregando tud
?os, e as precipitam no lago de enxofre. Além se vê nuvens de gafanhotos, e de agigantados escorpi?es, cuja vista arripia, cujo cheiro enoja, cujo menor contacto convulsiona. Acolá est?o os monstros poly
o. S?o os condemnados punidos em todos os sentidos e org?os porque offenderam Deus por todos os org?os e sentidos. Os comil?es s?o punidos de certa maneira pelos demonios da intemperan?a, e d'outra maneira os calaceiros pelos demonios da pregui?a, e ainda d'outra maneira os lascivos pelos demonios da sensualidade; em fim, s?o tantas as maneiras quanta
bysmo, por tanta maneira que nunca na terra se viram na??es mais submissas a seus principes, exercitos mais doceis a seus generaes, communidades fradescas mais obedientes a seus prelados. Nada se sabe da ralé dos demonios, d'essa canalha de espiritos vill?os que formam legi?es de vampiros, de sapos, de escorpi?es, de corvos, de hydras, de salamandras e outra bicharia sem nome que constituem a zoologia das regi?es infernaes; mas s?o conhecid
se padecem. Lêde os escriptos dos padres e antigos doutores, interrogae as piedosas legendas, examinae as esculptur