O Mandarim
viagem calma e mon
riosidade ociosa de touriste: toda a paizagem d'essa provincia, que se assemelha á dos vasos de porcelana, d'um tom azu
kin, me propoz parar, ir percorrer as ruinas monumentaes da velha cidade de porcelana,-eu recusei,
vés de terras baixas inundadas pelo Pei-hó, ora ao longo de pallidos e infindaveis arrozaes; passando aqui uma lugubre aldêa de lama negra, além um campo c
recommendado como um sêr precioso e raro: e o verboso interprete Sá-Tó, que elle punha ao meu servi?o, explicou-me que as cartas de sêllo imperial, avisando-o da minha chegada, recebera-as elle, havia semanas, pelos correio
sêda, e um cart?o de visita, com estas palavras tra?adas
do Céo. Ao principio seguimos uma estrada, caminho batido do transito das caravanas, atravancado de enormes lages de marmore dessoldadas da antiga Via Imperial. Depois passámos a ponte de Pa-li-kao, toda de marmore branco, flanque
estendendo-se a perder de vista, e, destacando, com as architecturas babylonicas das
vapor roxo, esbatem-se, como suspen
-se até aos céos com o horror d'uma construc??o biblica: á sua base apinhava-se uma confus?o de barracas, feira exotica, onde rumorejava uma multid?o, e a luz d
o a velha Pekin, por essa porta babelica, na turba tumultuosa, entre carretas, cadeirinhas de xar?o, cavalleiros mongolicos armados
ssaes lanternas pousadas sobre a relva: e toda a sorte de aguas correntes murmuravam na sombra. Sob um peristilo feito de madeiros pintados a vermelh?o, aclarado por fios de lampadas de papel transparente,
chinezes, ao banho da hospitalidade, uma vasta tina de porcelana, onde entre rod
illoff no boudoir da generala. Era alta e loira; tinha os olhos verdes das sereias de Homero; no decote baixo do seu v
ihilismo, de Zola, de Le?o XIII,
se ao piano-e a sua voz de contralto quebrou até tarde os silencios melancolicos da cidade
ei-lhe a minha lamentavel historia e os motivos fabulosos que me traziam a P
hinez?-perguntou-me de repente,
importantes, gene
s cordovêas sobre a medonha ci
ninguem a entende na China. é o nome que no seculo
s navegadores...-mu
ambem, por poli
aos funccionarios chinezes. Vem
-rosnei, no habito instinc
u olho redondo de velho mocho
ra servir a todas as rela??es sociaes. O meu estimavel hospede pretende esposar uma senhora da famillia Ti-Chin-Fú, continuar a grossa inf
e diante do meu desejo-como as muralhas mesmas de Pekin: nenhuma senhora da familia Ti-Chin-Fú consentiria jámais em casar com um barbaro; e s
Sou bacharel formado: portanto na China, como em Coimbra, sou um letrado! Já fiz parte d'
com respeito a esta abund
: é que o individuo que lh'o propozesse seria immediatamente
cabe?a, a
aio!... Se eu entregasse metade dos meus milh?es ao thesouro chinez, já que n?o me é dado pesso
paternalmente a vast
sipados em plantar jardins, colleccionar porcelanas, tapetar de pelles os soalhos, fornecer sêdas ás concubinas: n?o alliviariam a fome d'um só chinez, nem r
em fazer particularmente, como philanthropo, largas d
a ahi immediatamente uma ambi??o politica, o tortuoso plano de ganhar os favores da
i.--Ent?o para q
bros; mas logo, mostrando n'um sorriso as
ou duas duzias de milh?es... Depois prepare ao defunto funeraes regios. Funeraes d'alto ceremonial, com um prestito d'uma legua, filas de bonzos, todo um mundo de estandartes, pala
nt
e as
ado, g
uentar a familia Ti-Chin-Fú, seguir os funeraes, misturar-me á vida de Pekin, eu devia desde já vestir-me com
rranjado pelos costureiros engenhosos da rua Chá-Coua, entrei na sala forrada de sêda escarlate, onde já rebrilhavam as
ul mais claro, curto, amplo e f?fo: as cal?as de setim c?r de avell? descobriam ricas babouches amarellas pespontadas a perolas, e um pouco da meia picada d'estrelli
amor dos ceremoniaes meticulosos, o respeito bureocratico das fórmulas, uma ponta de scepticismo letrado; e tambem um abjecto t
rala:-Bon jour, Madame. Dobrado ao meio, fazendo girar os punh
a ella, com o seu lindo riso,
a negro! O servi?o come?ou por ostras de Ning-Pó. Eximias! Absorvi duas duzias com um intenso regalo chinez. Depois vieram deliciosas febras de barbatana de
cebi a minha ta?a d'agua a ferver, onde deitei uma pitada de folhas de chá imperial, da primeira c
as cantigas dos tempos da dynastia Ming, ao som de guitarras recobertas de pelles de serpente, que dous ta
sahiu com a sua escolta cossaca para o Yamen do principe Tong, a informar-se da resi
nquillidade austera. As ruas assemelham-se a largos caminhos d'aldêa sulcados pelas rodas dos carr
rta de brocados claros, a cabe?a toda cheia de fl?res, fazendo girar nos pulsos dois aros de prata, com um ar de tedio ceremonioso. Depois é alguma aristocratica cadeirinha de Mandarim, que koulis vestidos d'azul, de rabicho solto, v?o levando a um trote arquej
ia Ming, bronzes, esmaltes, marfins, sêdas, armas marchetadas, os leques maravilhosos de Swaton: por vezes, uma fresca rapariga d'olho obliquo, tunica azul, e papoilas de papel nas tran?as, desdobra algum raro brocado diante d'um gros
m da guarda selecta, que nas ceremonias escolta o guarda-sol de sêda amarella, com o Drag?o bordado, que é o emblema sagrado do Imperador. Todos elles comprimentaram profundadamente um velho que ia p
risinhos agudos d'etiqueta, todo um ceremonial dogmatico-que lhes fazia oscillar d'um modo picaresco, sobre as costas, as longas pennas de pav?o. Depois se erguia os olhos para o ar, lá vi
de tartara! Vamos vêr
?a. As ruas alinham-se como uma pauta; e no sólo vetusto e lamacento, feito da immundicie de gera??es recalcada desde secu
triumphaes feitos de barrotes c?r de purpura, ligados no alto por um telhado oblongo de telhas azues envernizadas, que rebrilham como esmaltes. Uma multid?o rumorosa e espessa, onde domina o tom pardo e azulado dos trajes, circula sem
fazem destrezas d'um picaresco barbaro e subtil; e muito tempo estive a admirar os astrologos de longas tunicas, com dr
a avenida, que eu vi o estrepitoso cortejo de um funeral de Mandarim, todo ornado de auriflammas e de bandeirolas; grupos de sujeitos funebres vinham queimando papeis em fogareiros portat
ossos tranquillamente; e cadaveres de crian?as apodreciam ao lado, sob o v?o dos moscardos. Adiante topamos com uma jaula de traves, onde um condemnado estendia, através das grades, as m?os descarnadas, á esmola..
do.-Sá-Tó, agora quero o repouso,
ás altas muralhas da cidade, formando uma esplanada que qu
a n'um desaf?go de cicerone enfastiado, eu fumando
immensid?o do seu recinto agglomeram-se confusamente verduras de bosques, lagos artificiaes, canaes scintillantes como a?o, pontes de marmore, terrenos alastrados de ruinas, telhados envernizados reluzindo ao sol; por toda a parte s?o pagodes heraldicos, brancos terra?os de templos,
diosas, é apenas como gr?os d'arêa negra q
d'um amarello d'oiro vivo! Como eu desejaria penetrar-lhe os segredos, e ver desenrola
grande columna dos Principios, hieratica e sêcca como o Genio mesmo da Ra?a: e adiante br
os que os cercam, os seus telhados lustrosos de faian?as azues, verdes, escarlates e c?r de lim?o. Eu devorava, d'olho avido, esses monumentos da Antiguidade asiatica, n'uma curiosidade de conhecer as impenetraveis classes que
garosas de caravanas... Ent?o invadiu-me a alma uma melancolia, que o silencio d'quellas alturas, envolvendo Pekin, tornava d'um vago mais desolado: era como uma saudade de mim mesmo, um longo pezar de me sentir alli isolado, absorvido n'aquel
e dos pavilh?es imperiaes; cada uma traz, para a livrar dos milhafres, um leve tubo de bambu que o ar faz silvar; e aquellas nuvens brancas passav
casa, pesado
o seu guardanapo, pediu-me com bon
bem, general, os ve
s rios
lonia me
ntos milh?es d'homens, uma ra?a subtil, laboriosa, soffredora, prolifica, invasora... Estudam as nossas sciencias... Um calice de Medoc, Theodoro?... Teem uma marinha formid
la do Imperio Celeste, os patriotas passam os dedos pela grenha, e diz
o general, depois de tossir formidave
é um bel
com seccur
holdra,
nte á borda do prato uma aza de f
e Mignon. é lá que fl
idade de Bonn, chanceller da lega??o, homem de
ilegiada onde a laranjeira dá flor? O divino Goethe referia-se á Ital
a do primeiro secretario, uma bonecasi
u um addido, revirando um
off ageitou os
m mal, que é a
cial!-rosnou somb
l!...-considerou pon
anta sapiencia, cheg
poiando-se sentimentalmente ao meu
sses paizes apaixonados, on
dei-lhe eu, levando-a d?cemente