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O Mandarim

Chapter 7 7

Word Count: 3418    |    Released on: 30/11/2017

nho. E, como disse o alegre padre Loriot, ?era já tempo?; porque em redor do meu corpo immovel um ne

i o centro d'um pequeno burgo catholico, apinhado em torno da maci?a residencia como uma casaria de servos á base d'um castello feudal. Existe desde os primeiros missionarios que percorreram a Manc

e tendas cobertas de feltro, ou de pelles de carneiro; e por vezes assistia á partid

tro com a sua tunica r?xa, o rabicho longo, a barba veneravel, agitando devagar um enorme leque-parecia-me algum sábio letrado mandarim commentando mentalm

as. Em respeito aos velhos missionarios, vinha ouvir a missa á capella: e enternecia-me, alli, t?o longe da patria catholica, n'aquellas terras mongolicas, vêr á clar

rio, passeando no claustro, escutava historias de longiquas miss?es, de viagens apostolicas ao P

touriste curioso, tomando apontamentos pelo Universo. E esperando que a minha ore

ressa a China, esse Imperio barbaro,

cia dos meus milh?es, e que apenas lá chegára f?ra logo saqueado, apedrejado, fréchado-enchia-me um rancor surd

parecia-me agora absurda, d'uma insensatez de sonho. Eu n?o comprehendia a lingua, nem os costumes, nem os ritos, nem as leis, nem os sabios d'aquella ra?a: que vinha pois fa

montados de certo ao Céo chinez dos Avós: e já o aplacamento do rem

s moveis. Vira os meus esfor?os, o meu desejo de ser util á sua prole, á sua provincia, á sua ra?a-e, satis

e livre, no pacifico gozo do meu oiro, ao Loreto ou n

o. Esses n?o eram culpados das pedradas que me atirára a popula?a. E eu christ?o, asylado n'um convento christ?o, tendo á cabeceira da cama o Evangelho, cercado d'existencias que

ss?o; o vivaz desejo de partir do Imperio do Meio. Pedia-lhe que remettesse elle á viuva de Ti-Chin-Fú os milh?es depositados p

levou esta carta, que eu lacrára com o sêllo do c

monteadores mongolicos que, com um grito ululado e vibrante, batiam o matagal á lan?ada! Por vezes, uma gazella saltava: e, d'orelha baixa, estirada e fina, partia no fio do vento... Soltavamos o falc?o que voava sobre ella, d'aza serena, dando-lhe a espa?os regulares, com toda a f

hombro, e uma criancinha nos bra?os: tinha-a encontrado abandonada, nuasinha, morrendo á beira d'um caminho: baptisára-a logo n'um regato com o nome de Bem-Ach

rossas bagas de suor, tirou da algibeira dos c

ff, amigo Theodoro. Ficou optimo

alva severa e olho de mocho! Como elle alliava t?o originalmente ao senso fino d'um h

ede, e caris

ia extremamente estes c?esinhos, guisados em calda de assucar... Deu-se aqui um facto abominavel e de consequencias funestas: a ministra de Fran?a, essa petulante Madame Grijon, esse galho sêcco (como diz o nosso Meriskoff), no ultimo jantar da lega??o, deu, em desprezo de todas as regras internacionaes, o bra?o, o seu descarnado bra?o, e a sua direita á mesa a um simples addido inglez, lord Gordon! Que me diz a isto? é crivel? é racional? é destruir a ordem social! O bra?o, a direita, a um addido, um escossez c?r de tijolo, de vidro entalado no olho, quando havia presentes todos os embaixadores, os ministros, e eu! Isto tem causado, no corpo diplomatico, uma sensa??o inenarravel... Esperamos instruc??es dos nossos governos. Como diz Meriskoff, oscillando tristemente a cabe?a-é grave... é muito grave!-O que prova (e ninguem o duvidava) que lord Gordon é o Benjamim do galho sêcco. Que podrid?o! Que lodo!... A generala n?o tem passado bem, desde a sua partida para essa malfadada Tien-Hó; o doutor Pagloff n?o lhe percebe o mal; é uma languidez, um murchar, uma saudosa indolencia que a conserva horas e horas immovel sobre o sophá, no Pavilh?o do Repouso discreto, com o olhar vago e o labio cheio de suspiros... Eu n?o me illudo: sei perfeitamente o que a mina: é a desgra?ada doen?a de bexiga, que lhe veio das más aguas, quando e

al Cam

o levantei os dinheiros da casa de Tsing-Fó. Esta recente informa??o mandou-m'a hoje sua excellencia o principe Tong, com uma deliciosa compota de calombro... Devo annunciar-lhe que o nosso bom Sá-Tó aqui appareceu, de volta de Tien-Hó, com um bei?o rachado e leves contus?es no hombro, tendo apenas salvado da bagagem saqueada uma lithographia de Nossa Senhora das D?res, que, pela inscrip??o a tinta, vejo que pertencera a sua respeitavel

illo

como um trophéo: por sobre elle scintillavam, d'alto a baixo, toda a sorte d'ac??es boas: e eis que o vejo tombar ao ch?o, pe?a a pe?a, n'uma ruina! Queria dar o meu nome, os meus milh?es, e metade do meu leito d'oiro a uma senhora Ti-Chin-Fú-e n?o m'o permittem os prejuizos sociaes d'uma ra?a barbara! Pretendo, com o bot?o de crystal de Mandarim, remodelar os destinos da China, trazer-lhe a prosperidade civil,-e veda-m'o a lei imperial! Aspiro a derramar uma esmola sem fim por esta popula?a faminta-e c

ás arcadas do claustro, ás arvores, ao

nal, generoso e logico! Estás emfim satisfeito, letrado veneravel, t

ta d'outubro: da porta meio cerrada da aula vinha um susurro lento de declina??es latinas: era uma paz severa, feita da simplicidade das occupa??es, da honestidade dos estudos, do ar past

ruto, e disse, limpando na testa uma baga

ente padre Giulio. Elle lia o seu Breviario á janella, deb

m dos nossos bons padres vai por acaso

ondos: e folheando com unc??o um vasto regi

os Irm?os da Santa Creche. Duodecima lua, o padre Sanchez para Tien-Tzin tambem, para

ma

nel... Nós já o amavamos como irm?o, Theodoro... Coma um confeito, s?o deliciosos... As coisas est?o em feliz repouso quando se acham no seu lugar e elem

to, n'uma pagina do Evangelho de pobreza, um r?

ssimo, para os

tierrez que lhe fa?a um farnel copioso...

barcos que descem a Tien-Tzin. Já as terras ao longo do Pei-Hó estavam todas brancas de neve: nas enseadas baixas já a agua ia gelando: e embrulhados em pelles de carneiro, em roda do fogareiro,

r um meio dia de sol tepido, passeava, fumando o meu charuto e olhando a azafama

uelle em que vi, ás primeiras voltas d

perio para acalmar pela expia??o um protesto temeroso da Consciencia: e por fim, impellido por uma impaciencia nervosa, ahi partia, sem te

destino,

hmo. Ent?o, tomado d'uma fadiga molle, fui errando pelo paquete, olhando, aqui e além, a bussola alumiada; os mont?es de cabrestantes; as pe?as da machina, n'uma claridade ardente, batendo em cadencia; as fagulhas que fugiam do cano, n'um r?lo de fumara?a negra; os mari

da agua, redonda e branca, batia o vidro da cabine com um raio de claridade: e ent?o, a essa meia tinta pa

le, ou

rovis?es quando parámos em Malta; resvalando sobre as rosadas montanhas da Sicilia; emergindo dos nevoeiros que cercam o morro de Gibraltar! Quando desembarquei em Lisboa,

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