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A Illustre Casa de Ramires

Chapter 2 No.2

Word Count: 9863    |    Released on: 06/12/2017

ga d?r nos rins, atravessou languidamente o quarto para espreitar, no corredor, o antigo relogio de char?o. Cinco horas e meia!... Para desannuviar, pensou n'uma caminhada pela fresc

te, depois do chá, na Assembleia da Villa. E, indeciso, arrastava os passos no corredor, para gritar ao Bento ou á Rosa que lhe subissem uma limonada, quando,

on?al?o! Oh s? Gon?alis

rnas, pelas sachristias a caturrar com os padres, até pelo cemiterio a philosophar com o coveiro. Era um irm?o do velho morgado de Cidadelhe (o genealogista), que lhe estabelecêra uma mesada de oito moedas para o conservar longe de Cidadelhe-e do seu sujo serralho de mo?as do campo, e da obra tenebrosa a que agora se atrellára, a Veridica Inquiri??o, uma Inquiri??o sobre as bastardias, crimes e titulos illegitimos das familia

visto. Tomas um calice de genebra...

uendo para o casar?o a sua franca e larga face requeimada, cheia de bar

Temos uma tainha assada, uma famosa. E enorme, que eu comprei esta manh? a uma mulher da Costa por cinco tost?es. Assada pel

sacudio a ponta molle da orelha. Mas Go

ntranhas!... Até hoje, para o jantar, só caldo de gallinha e gallinha cosida... Emfim! vá! Mas, á cautela, recommenda ao Gago que me prepa

no Chafariz... Vae tambem o Videirinha com a viola. Viva!... Das dez para as d

colher n'uma roseira, junto ao port?o, uma rosa com

ha, nem o Bento por quem tambem berrou furiosamente, responderam, no pesado silencio em que jaziam, como abandonados, esses sombrios fundos de grande lage e de grande abobada que restavam do antigo Palacio, restaurado por Vicente Ramires depois da sua campanha em Castella, incendiado no tempo de El-Rei D. José

você nem Bento!... é por que n?o janto

na Torre, já cozinheira da Torre quando Gon?alo nascêra, sempre o tratára por ?menino?, e mesmo por ?seu riquinho? até que elle partio para Coimbra e come?ou a ser,

reclamou ainda a Rosa para se informar da Crispola, uma desgra?ada viuva que,

Já se levanta. Diz a pequena que já

u?ado na escada, para mergulhar mais c

Eu tomo uma chavena de chá com biscoitos. E olhe! Mande tambem dez tost?es á Crispola... Mande dois mil réis. Escute! Mas n?o lhe mande a gallinha

solta. E terminou por se contemplar na sua fei??o nova, agora que rapára a barba em Lisboa, conservando o bigodinho castanho, frisado e leve, e uma m?sca um pouco longa, que lhe alongava mais a face aquilina

os trinta anno

Coura?a, nas correspondencias para a Gazeta do Porto, nas verrinas ardentes contra o chefe do Districto, o Cavalleiro detestavel?... Agora só lhe restava esperar. Esperar, trabalhando; ganhando em consistencia social; edificando com sagacidade, sobre a base do seu immenso nome historico, uma pequenina nomeada politica; tecendo e estendendo a malha preciosa das amizades partidarias desde Santa Ireneia até ao Terreiro do Pa?o... Sim! eis a theoria explendida:-mas consistencia, nomeada, affei??es politicas, como se conquistam? ?Advogue, escreva nos jornaes!? f?ra o conselho distrahido e risonho do seu chefe, o Braz Victorino. Advogar em Oliveira, mesmo em Lisboa? N?o podia, com aquelle seu horror ingenito, quasi physiologico, a autos e papelada forense. Fundar um jornal em Lisboa como o Ernesto Rangel, seu companheiro de Coimbra no Hotel Mondego? Era fa?anha facil para o neto adorado da Snr.a D. Joaquina Rangel que armazenava dez mil pipas de vinho nos barrac?es de Gaia. Batalhar n'um jornal de Lisboa? N'essas semanas de Capital, sempre pelo Banco Hypothecario, sempre com as ?primas?, nem formára rela??es duraveis e uteis nos dous grandes Diarios Regeneradores, a Manh? e a Verdade... De sorte que, realmente, n'esse muro que o separava da fo

Torre? assim emperrado, sem ve

co todo encarapinhado, muito limpo, muito fresco na sua jaqueta d

rasco de vidro com um pó branco? é um remedio inglez que me deu o Sr. Dr. Mattos... Tem um

Sim, no quarto de lavar, em cima do bahú vermelho, ficára um fr

uelle malvado f?ro de Praga. E por engano, na balburdia, levo do Archivo um per

, a quinzena, as cal?as bem vincadas, de cheviote leve. E Gon?alo, retomado pela idéa de artigos para os Annaes, folheava, rente á janella, a Hi

ha, deixa em cima da commoda... O Sr. Dr. Mattos aconselhou que o tomasse com agua tepida, em jejum. Parece que ferve. E limpa o sangue, desannuvia

more da commoda o pergaminho duro, onde a lettra do seculo XVI se

tempo de D. Sebasti?o... E só percebo mesmo a data, mil quatrocentos... N?o, mil quinhentos

?o um collete branco, relanceou

-rei D. Sebasti?o escreveu a a

a gorda... Antigamente ter rei era ter renda. Agora... N?o apertes tanto essa fivella, homem! Trago

ias. Ainda hontem affian?ava. E o Seculo é jornal bem informado... No de hoje, n?o sei se o Sr. Doutor leu,

on?alo estendera os pés ao Bento

osnar de vez em quando ?apoiado!? Antes elle me cedesse a cadeira, a mim, que sou mais esperto, n?o possuo grandes terras, e gosto do Hotel Bragan?a. E por Sanches Lucena... O Joaquim amanh? que me tenha a egoa promp

, e o Sr. Sanches Lucena apontou para a Torre, a mostrar á senhora... Mulher muito per

nia, que tenho a cabe?a t?o pesada!... Essa D. Anna

o frasco suspenso, es

to baixa! Filha d'um carniceiro d'Ovar... E o irm?

rniceiro, irm?o a monte, bella mulhe

silencio, gozando a frescura e o sussurro da agua lenta na sombra. E a ?meia? batia no relogio da Camara, quando Gon?alo, que se retardára na Assembléa n'um voltarete enremissado, appareceu annunciando uma fome terr

!... Sen?o devoro um de Vocês,

amigos Historicos, o seu honradissimo S. Fulgencio-nomeavam, para Governador Civil de Monforte, o Antonio Moreno! O Antonio Moreno, t?o justamente chamado em Coimbra Antoninha Morena! N?o, rea

tára, rapazes! Governador Civil, e de Monforte, o Antonio Moreno, que elle tantas vezes encontrára no quarto, em Coimbra, vestido de mulher, de roup?o aberto, e a carinha bonita coberta de pó de arroz!...-E, travando do bra?o do Fidalgo, recordava a noite em que o José Gorj?o, muito bebedo, de cartola e com um revólver, exigia furiosamente que o padre Justino, tambem bebedo, o casasse com o Antoninho deante d'um nicho da Senhora da Boa Morte!

de ladrilhos de marmellada: e atravez d'este nobre trabalho, sem que a fina brancura da sua pelle se afogueasse, esvasiou uma caneca vidrada de Alvaralh?o, porque logo ao primeiro trago, e com desgosto do Titó, amaldi?oára o vinho novo do Abbade. á sobremesa appareceu o Videirinha, ?o Videirinha do viol?o?, tocador afamado de Villa Clara, ajudante da Pharmacia, e poeta com versos de amor e de patriotismo já impressos no Independente d'Oliveira. Jantára n'essa tarde, com o viol?o, em casa do commendador Barr

iu o bom Titó, pensativo, e

eu deliciosame

?res ao

dad, So

osi??o) pelo Governo do S. Fulgencio. E Gon?alo tambem se arripiava! N?o com a aliena??o da Colonia-mas com a impudencia do S. Fulgencio! Que aquelle careca obeso, filho sacrilego d'um frade que depois se fizera mercieiro em Cabecelhos, trocasse a libras, para se manter mais dois annos no Poder, um peda?o

?alo Mendes! Olhe qu

e Portuguezes! Negociariam com Francezes, com Italianos, povos latinos, ra?as fraternas... E depois os bons milh?es soantes seriam applicados ao fomento do Paiz, com saber, com pr

heu os hombr

henta. Nem para os negros d'esse Louren?o Marques que tu queres vender... Portuguezes indecen

Terreiro do Pa?o! E sabiam os amigos porquê? Pelo s?o principio de forte administra??o-(estendia o bra?o, meio al?ado do banco, como n'um Parlamento)... Pelo s?o principio de que todo o proprietario de terras distantes, que n?o póde valorisar por falta de di

de má qualidade, que, fóra umas legoas de campos em torno de Beja e de Serpa,

ade immensa, immensissima, q

emtejo! Provincia abandonada, sim! Abandonada miseravelmente, desde s

ual Arabes! Ainda ha dias o

m uma carantonha, acudiu, n'um resumo varredor, con

e a mesa, o Admin

esteve no

ca estive n

vinha espantosa que p

urrapa! Mas, n'outros sit

cell

cha

ario ardor, levado na torrente d'ais do ?fado? da Ariosa

os teus n

oje a pe

a da uma horasinha da noite... O Administrador, que detestava noitadas, nocivas á sua garganta (de amygdalas loucamente inflammaveis), puxou o relogio com terror. E rapidamente reabotoado na sobrecasa, de chapéo c?co mais

spingarda, soberba espingarda Winchester, empenhada ao Gago pelo filho do tabelli?o Guedes d'Oliveira. E, quando desceu a escadaria, encontrou á porta da taberna, no estendido

urlesco que desorganizava o Districto! E Jo?o Gouveia muito teso, muito secco, com o c?co mais cahido na orelha, assegurando a inteligencia superior do amigo Cavalleiro, que estabelecera limpeza e or

ada, a sogra do Dr. Venancio e

ente... Mas depois tivemos o Visconde de Freixomil. Tivemos o Bernardino. Você serviu com elles. Eram dois homens!... Mas este cavallo d'este Cavalleiro! A primeira condi??o para a auctoridade superior d'um Districto é n?o ser burlesca. E o Cavalleiro é d'entremez! Aquella guedelh

to d'uma torre, o Administrador mordia o charuto. D

em, em todo elle! n?o ha ninguem, absolutamente ninguem, que de longe, muito de longe,

ado. Por fim sacudindo o bra?o, n

opini?es d'

ado! uivou o outro, crescendo todo, c

sso que um barrote, avan?ou o bra?o do

havo é este? Vocês est?o borr

os e amoraveis que t?o finamente seduziam, se humi

o por amizade, n?o por dependencia... Mas que quer, homem? Quando me falla

rvou ?que o Gon?alinho era uma fl?r, mas picava...? Depois, aproveitando a emo??o submissa de Gon?alo, recome?ou a glorifica??o do Cavalleir

revoltado, recuou,

ologico, horror visceral ao pepino. A sua natureza e o pepino s?o incompativeis. N?o ha raciocinios, n?o ha subtilezas, que o persuadam a admittir lá dentro o pepino. Você n?o duvida que elle seja excellente, desde que

bocejava, inte

omos todos muito boas pessoas e só nos resta debandar. Eu tive senhora

?o. E, quando o Fidalgo descia para o Chafariz com o Videirinha (que n'estas noites festivas de Villa Clara o acompanhava sempre pela estrada até ao port?

ceia por causa de má politica

e preparava para um solto descante ao luar, murm

vale a pena, por que em Politica hoje é bran

iasmo André Cavalleiro pela sua amabilidade, a sua ondeada cabelleira romantica, a do?ura quebrada dos seus olhos largos, a maneira ardente de recitar Victor Hugo e Jo?o de Deus. E, com essa fraqueza que lhe amollecia a alma e os principios perante a soberania do Amor, favorecera demoradas conversas de André com Maria da Gra?a sob as olaias do Mirante e mesmo cartinhas trocadas ao escurecer por sobre o muro baixo da M?e d'Agua. Todos os domingos o Cavalleiro jantava na Torre:-e o velho procurador Rebello já preparára, com esfor?o e resmungando, um conto de reis para o enxoval da ?menina?. O pae de Gon?alo, Governador Civil de Oliveira, sempre atarefado, enredado em Politica e em dividas, amanhecendo só na Torre aos Domingos, approvava esta colloca??o de Gracinha, que, meiga e romanesca, sem m?e que a velasse, creava na sua vida, já difficil, um trope?o e um cuidado. Sem representar como elle uma familia de immensa Chronica, anterior ao Reino, do mais rico sangue de Reis godos, André Cavalleiro era um mo?o bem nascido, filho de general, neto de desembargador, com bras?o legitimo na sua casa apala?ada de Corinde, e terras fartas em redor, de boa semeadura, limpas de hypothecas... Depois, sobrinho de Reis Gomes, um dos Chefes Historicos, já filiado no Partido Historico (desde o Segundo Anno da Universidade), a sua carreira andava marcada com seguran?a e brilho na Politica e na Administra??o. E emfim Maria da Gra?a amava enlevadamente aquelles reluzentes bigodes, os hombros fortes de Hercules bem educado, o po

sas sombras da quinta, permanecendo de preferencia na sala azul, a conversar sobre Politica com Vicente Ramires, que se n?o movia da poltrona, embrulhado n'uma manta. E Gracinha, nas suas cartas para Coimbra a Gon?alo, já se carpia de n?o correrem t?o doces nem t?o intimas as visitas do André á Torre, ?occupado, como andava sempre agora, a estudar para deputado...? Depois do Natal o Cavalleiro voltou para Lisboa, para a abertura das C?rtes, muito apetrechado, com o seu creado Matheus, uma linda egua que comprára em Villa Clara ao Manoel Duarte, e dous caixotes de livros. E a boa Miss Rhodes sustentava que Marte, como convinha a um heróe, só reclamaria Psyché depois d'um nobre

portando muito mal com a Grac

vencida tristeza, a m?o descarnada d'onde a

estudo.? E nem uma carta á sua escolhida, quasi sua noiva!... Era um ultraje, um bruto ultraje, que outr'ora, no seculo XII, lan?aria todos os Ramires, com homens de cavallo e peonagem, sobre o solar dos Cavalleiros, para deixar cada trave denegrida pela chamma, cada servo pendurado d'uma corda de canave. Agora Vicente Ramires, apagado e mortal,

estrada se avista Villa-Clara, que a lua branqueava toda, desde o convento de Santa Thereza, rente ao Chafariz, até ao muro novo do cemiterio, no alto, com os seus finos cyprestes. Para o fundo do valle, clara tambem no luar, era a egrejinha de Craquêde, Santa Maria de Craquêde, resto do antigo

s?o tua

os s?o

o se eu m

verás nun

s, Leandro o Bello, Trist?o e Brancafl?r, as Chronicas do Imperador Clarimundo... Foi ahi que José Barr?lo (senhor d'uma das mais ricas casas d'Amarante) encontrou Gracinha Ramires, e a amou com uma paix?o profunda, quasi religiosa-estranha n'aquelle mo?o indolente, gorducho, de bochechas coradas como uma ma??, e t?o escasso d'espirito que os amigos lhe chamavam ?o José Bac?co?. O bom Barrolo residira sempre em Amarante com a m?e, n?o conhecia o trahido romance da ?Fl?r da Torre?-que nunca se espalhára para além dos cerrados arvoredos da quinta. E, sob o enternecido e romanesco patrocinio de D. Arminda, noivado e casamento docemente se apressaram, em tres mezes, depois d'uma carta de Barr?lo a Gon?alo Mendes Ramires jurando-?que a affei??o pura que sentia pela prima Gra?a, pelas suas virtudes e outras qualidades respeitaveis, era t?o grande que nem achava no Diccionario termos para a explicar...? Houve uma b?da luxuosa: e os noivos (por desejo de Gracinha, para se n?o affastar da querida Torre), depois d'uma jornada filial a Amarante, ?armaram o

ica!... Ora, vê tu! Um bello rapaz como o Cavalle

omparavel infamia! O impertigado homem da bigodeira negra, o Sr. André Cavalleiro, recome?ára com soberba impudencia a cortejar Gracinha Ramires, de longe, mudamen

rt?o da Torre, nem na portinha verde, á esquina da casa, sobre tres degráos. E seguia, rente do muro

rga assim, a estas horas

o, procurando na algibeira, entre o

nha! Com lua, depois de ceia, n?o ha companheiro mais po

lhe apertava a m?o na botica deante do Pires boticario e em Oliveira deante das Auctoridades, constituia uma

r, lá vae a grande

ndo as Lendas da Casa illustre-que elle desde mezes apurava e completava, ajudado

meio da estrada, com um ?dlindlon? ardente, fitára a Torre, que, por cima dos telhados da vasta casa, mergulhava as ameias, o negro miradoiro, no lum

rá sem que

e Santa

o negra

es de lu

callada,

e Santa

retomou logo o descante, ditoso em descantar, como sempre arrebatado pelo sabor dos seus versos, pelo prestigio d

tás, forte

storia em

s velha q

Santa I

ceber a serenada. Mais ardente, quasi solu?ante, vibrou o cantar do Videirinha. Agora era a quadra de Gutierres Ramires, na Palestina, sobre o monte das Oliveiras, á porta da sua tenda, deante

tinha em

e Santa

a! murmur

o sahimento de Aldon?a Ramires, Santa Aldon?a, trazida do mosteiro d'Arouca ao

varanda. Essa é famosa, oh Videirinha!

amires que, morto, se erguera da sua campa no Mosteiro de Craquêde, montára um ginete morto, e toda a noite galopá

a negra

olada, errando por noites de inverno entre as ameias da Torre com

he! O Titó e o Gouveia jantam cá na Torre, no Domingo. Appare?a tambem, co

os retratos de Ramires que elle desde pequeno chamava as carantonhas dos vovós. E, atravessando o corre

grande b

Dom Seb

mo?o do

pagem do

de lobo, que o arrastavam furiosamente para a batalha das Navas. Elle resistia, fincado nas lages, gritando pela Rosa, por Gracinha, pelo Titó! Mas D. Affonso t?o rijo murro lhe despedia aos rins, com o guante de ferro, que o arremessava desde a Hospedaria do Gago até á Serra Morena, ao campo da lide, luzente e fremente de pend?es e d'armas. E immediatamente seu primo d'Hespanha, Gomes Ramires, Mestre de Calatrava, debru?ado do negro ginete, lhe arrancava os derradeiros cabellos, entre a retumbante galhofa de toda a hoste sarracena e os prantos da tia Louredo trazida como um andor aos hombros de quatro Reis!...

solo, que ri

baixo de coqueiros susurrantes, entre o apimentado aroma de radiosas flores que brotavam atravez de pedregulhos

. Sobretudo o pepino! Uma idéa d'aquelle animal do Titó... Depois, de madrugada, tomei o tal fruit salt, e estou optimo, homem!... E

?o rabiscada e molle, em que ?os largos raios da lua se estiravam pela larga sala d'armas...? De repente, n'uma rasgada impress?o de claridade, entreviu detalhes expressivos para a

s tr

o Capitulo I em que o velho Tructesindo Ramires, na sala d'armas de Santa Ireneia, conversava com seu filho Louren?o e seu primo D. Garcia Viegas, o Sabedor, de aprestos de guerra... Guerra! Porque? Acaso pelos

o o senhorio real sobre as villas, fortalezas, herdades e mosteiros, que t?o copiosamente lhes doára El-Rei seu pae. Ora, antes de morrer no Alca?ar de Coimbra, o senhor D. Sancho supplicára a Tructesindo Mendes Ramires, seu colla?o e Alferes-Mór, por elle armado cavalleiro em Lorv?o, que sempre lhe servisse e defendesse a filha amada entre todas, a infanta D. Sancha, senhora de Aveyras. Assim o jurára o leal Rico-Homem junto do leito onde, nos bra?os do Bispo de Coimbra e do Prior do Hospital sustentando a candeia, agonisava, vestido de burel como um penitente, o vencedor de Silves... Mas eis que rompe a fé

, mais velho

?o leonez

ito que deve

nfantas dei

que déstes a

recado da senhora D. Sancha-ordenava a seu filho Louren?o que, ao primeiro arreból, com quinze lan?as, cincoenta homens de pé da sua mercê e quarenta besteiros, corresse sobre Monte-mór. Elle no emtanto daria alari

ssavam os servi?aes, despendurando as cervilheiras, arrastando com fragor pelas lages os pesados saios de malhas de ferro. Nos pateos os armeiros agu?avam ascumas, amaciavam a dureza das grevas e coxotes com camadas d'estopa. Já o adail, na ucharia, arrolára as ra??es de vianda p

a boa nova de prestes soccorros, transpunha ligeiramente a levadi?a da carcova... E aqui, para a

na fonte enc

ba um beijo

a pompa d'aquella formosa sortida d'armas... E mordia pensa

orre

o enorme sinete d'armas do Barr?lo-repellindo a outra em que reconhecera a lettr

os do mez, hoje?

a com a m?o no

e todo esqueci, esque?o sempre. E sem ter u

tres dias, para tratar do emprego do sobrinho nas Obras Publicas. Pois corria a Villa-Clara pedir ao

n?o vou ao Sanches Lucena. Oh, senhores, quando pagarei eu esta infame visita? Ha tres mezes!

ar o beijo folgaz?o, retomou a penna, arr

ego, na sombra das altas faias, emquanto que por todo o fresco valle, até Santa Maria de Craquêde,

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