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A Illustre Casa de Ramires

Chapter 7 No.7

Word Count: 8990    |    Released on: 06/12/2017

a o pain?o na gaiola do seu canario, o Casco, o José Casco dos Bravaes, que esperava, pensativo e abatido, com o chapeu sobre os joelhos. Vivamente, para se esquivar, r

ando um sorriso-em quanto o Casco enrolava nas

fizesse a esmola

co! Homem, n?o o

o como um pinheiro, na solid?o do pinheiral. E o Casco, engasgado, repuchava, esticava o pesco?o de dentro dos gr

or quem é! Perd?e, que eu

de e do?ura. Elle bem o avisára! Nada s

sempre á cautella com o revólver... Pense você agora que desgra?a se tiro o revólver, se desfecho!... Que desgra?a, hein?... Felizmente, n'um relance, pensei que me perdia, que o matava, e

a cabe?a derrubada. E sem a erguer, sem

é que me ralo por aquella doidice! Agora! depois

iu, encolheu

ahi n'uma noite d'agua... E o pequenito doente, co

ou do fundo da

meu senhor, muito s?

eus!... Vossê n?o tem que agradecer, Casco... E olhe! Tra

, pregado ás lages. Por fim

com o corpo a paguei. E pouco paguei, gra?as ao Fidalgo... Mas depois quando sahi, quando soube que a mulh

atia risonhamente no hombro, ?para acabar, n?o se fallar mais n'essas

o pensei na mulher, nem na pobre da velha, nem na pouquita terra que amanho, tudo ao desamparo. Toda a noite se foi a gemer:-?ai o meu querido filhinho! ai o meu querido filhinho!...? Depois quando a mulher, logo pela estrada, me diz q

idalgo! meu Fidalgo!...?-o Casco agarrou as m?os de Gon?

Que tolice!..

ador dos Bravaes solu?ando, n'uma confus?o. E foi elle por fim que, recalcando um derradeiro solu?o, se recobrou, desafogou da idéa

Mas se d'hoje em deante, seja para que f?r, o Fida

to simplesmente-como um Ramires d'outr'

do, Jos

algo, e que Deus no

mquanto o Casco atravessava o páteo vagarosamente, com

ue uma criancinha com febre affrontasse de noite uma estrada negra, sob a chuva e o vendaval? Quem a n?o deitaria, n?o lhe ado?aria um grog, n?o lhe entalaria os cobert

Jo?o Gouveia. Era o Dr. Alexandrino; o velho Gramilde, de Ramilde; o Padre José Vicente, da Finta; outros menores:-e o Gouveia marcára com uma cruz, como o mais poderoso e mais difficil, o Visconde de Rio-Manso, que dispunha da immensa freguezia de Canta-Pedra. Gon?alo conhecia esses senhores, homens de propriedade e de dinheiro (com todos outr'ora o papá and

strador

d'isso na Elei??o passada o Rio-Manso ajudou os Regeneradores; de modo que estamos um pouco sêccos

ou assim por Villa-Clara, amimando eleitores-a ponto de comprar horrendas camisas de chita na loja do Ramos, de encommendar um sacco de café na mercearia do Tello, de offerecer o bra?o no largo do Chafariz á nojenta mulher do bebedissimo Marques Rosendo, e de frequentar, de chapeu para a nuca, o

siderava as brancas tiras d'alma?o, o Capitulo III da Torre de D. Ramires encalhado... Mas

idade n?o crescia, n?o enfunava...?-?N?o! positivamente, velho amigo, n?o tenho o dom! Sei apenas palestrar familiarmente com os homens, comprimentar pelo seu nome as velhas ás soleiras das portas, gracejar com a pequenada, e se encontro uma boeirinha de saiasita rota dar

nsiderados e remexedores d'elei??es-lhes pedira os votos, desprendidamente e rindo. E quasi se assombrára da promptid?o, do fervor, com que ambos se offereceram.-?Para o Fidalgo? Pois isso e

los interesses da terra... O Sanches Lucena n?o passava d'um Conselheiro muito rico e muito mudo! Est

contemplando pensa

entou, Gon?alo Mendes Ramires. Talvez

verna famosa "do Pintainho", onde os caramanch?es do quintal e a nomeada do coelho guizado attrahem vasto povo nos dias da feira da Velleda. N'essa manh? o Titó, depois d'uma madrugada ás perdizes, em Valverde, apparecera na Torre para almo?ar, urrando, d'

u Fida

a sangria! Uma grande sangr

algo reconheceu aquelle ca?ador que já uma tarde, no logar de Nacejas, ao pé da Fabrica de vidros, o mirára com arrogancia, lhe raspára a espingarda pela perna, e ainda depois, parado sob a varanda d'uma rapariga de jaqué azul, lhe acenára chasqueando emquanto elle descia a ladeira... Era esse! Como se n?o percebesse o ultraje-Gon?alo bebeu apressadamente a sangria, atirou uma placa ao pobre Pintainho enfiado, e picou a fina egoa. Mas ent?o da janella rolou uma risadinha, cacarejada e tro?ante, que o colheu pelas costas como o estalo d'uma vergasta. Gon?alo soltou a galope. E adiante

aquelle bruto de suissas louras, que certamente denunciaria ao Cavalleiro e enterraria n'uma enxovia!-Mas, logo

Feit

ches Lucena, que Deus haja. Diz qu

ras!... Qu

aproveito a occasi?o para percorrer estes arredores que dizem t?o bonitos, e pouco conhe?o. Tencionamos no Domingo visitar Santa Maria de Craquêde, onde est?o os tumulos dos antigos tios Ramires. Que impress?o me vae fazer!... Mas, ao que parece, além dos tumulos do claustro, ha outros, ainda mais antigos, que foram arrombados no tempo dos Francezes, e que ficam n'um subterraneo, onde se n?o póde entrar sem

esperava, interessado com aq

ia de Craquêde ha outros

nt?o saltou

erraneo?..

ntigos, debaixo da terra... Eu nunca vi, n?o me lembro. Tambem ha que an

ncolheu o

sa n?o

nou a cabe?

ao sachrist?o, se existe esse subterraneo. Se existir que o mostre no Domingo a umas senhoras, á snr.a D

ra mais miudinha, ao canto da folha:-?No Domingo, n?o se es

nciar que no Domingo, ás cinco e meia, a bella D. Anna e os seus duzentos contos o esperavam em Santa Maria de Craquêde. Mas ent?o a prima Maria n?o gracejára, em Oliveira? Gostava d'elle, realmente, essa D. Anna?... E uma emo??o, uma curiosidade voluptuosa atravessaram Gon?alo á idéa de que t?o formosa mulh

bre ella esvoa?ára um rumor, em terriolas t?o gulosas de rumores malignos. Mas em Lisboa?... Esses ?amigos estimabilissimos? de que se ufanava o pobre Sanches, o D. Jo?o n?o sei quê, o pomposo Arronch

ao mano Administrador relatorios intimos sobre todas as pessoas conhecidas d'Oliveira, de Villa-Clara, que se demoravam em Lisboa-e que interessavam o mano ou por Politica, ou

?alo, desconsolado, recolhia á Torre-quando no Largo do Chafariz o encon

mo a marchar para minha casa, tomar chá. Quer vossê,

o bra?o do Administrador, contou que recebera uma carta de Lisboa, d'u

sombrado, atirando

m q

entára a carta-

Pedroso ou da Pedrosa. Muitas vezes o Sanches Luce

m a ponta da ben

semanas depois de lhe morrer o marido... Olhe que o Lucena morreu no

feito! murmu

manas depois de viuva, ella, sem resistir, calcando decencia e l

que, depois de subirem á saleta verde do Administrador, o

a, depois d'apanhar os duzentos contos do velhote, logo

considerava despropositada a noticia do casa

r isso imaginaram. Com effeito, alguem me contou, ha tempos, que o tal

r minha irm?! Nunca, em Lisboa, a D. Anna deu azo a que se rosnasse. Muito séria, muitissimo séria. Está claro, n?o faltou por lá magan?o que lhe arrastasse a aza lang

ode, regalado, recolhendo as revela??es. E o Gouveia,

?alinho, lá para o sentimento, e para a alma, e mesmo para o resto, venham as mulheres pequeninas, magrinha

arriscou

nr.a D. Anna, e com aquelle sang

s teem sentimentos velhotes!-declarou o Gouveia, de ded

a. E na Feitosa? Nunca se rosnára d'alguma av

ntava. De novo Gouveia

em Lisboa... De resto, é o que lhe d

ndo, em submi

meninos, n?o imaginam a bell

lo pa

viu voss

o convite para o Pa?o. Lá me espanejei, de cal??o... Uma semsaboria. E mesmo uma vergonha, toda aq

t?o, a

ei??o... De endoidecer! Ao principio, como havia muita gente, e ella estava para um canto, acanhadota, n?o fez sensa??o. Mas depo

s surgia, quasi despido, inundando com o explendor da sua brancura a modesta sala mal alumiad

mar é que a snr.a D. Anna é uma m

ou que todas as semanas apparecia um mo?o da Feitosa, na botica do Pires, a com

os pela creada... A snr.a D. Anna toma todos os dias um grande banho, que n?o é só para lavar, mas para prazer. Fica uma

, do ajudante da Pharmacia, sobre os decotes e as lavagens da linda mulher que o esperav

.. Oh Gouveia, vossê que tem sabido do

lei??o, sobre os informes dos Regedores, sobre a reserva do Rio-Manso-e sobre o Dr. Julio, que Videirinha encon

á provido ?de revela??es?, accende

acompanha,

o. Parto de madrugada par

ae vossê faz

banho lá da minha patr?a, da D. Josepha Pires...

ueu os bra?

s de banho da patr?a Pires!... Oh Gouveia! quando eu f?r deputado precisamos arranjar um bom logar

esperan?a-correndo a despendura

Mas o Mendon?a assegurava que aquelle timbre rolante e gordo, na intimidade, se abatia, liso e quasi doce... Depois, mezes de convivencia habituam ás vozes mais desagradaveis-e elle mesmo, agora, nem percebia quanto o Manoel Duarte era fanhoso! N?o! mancha teimosa, realmente, só o pae carniceiro. Mas n'esta Humanidade nascida toda d'um só homem, quem, entre os seus milhares d'avós até Ad?o, n?o tem algum av?

o o seu barbudo av? Recesvinto. Esfalfado, arquejando, transpozera as cidades cultas, povoadas de homens cultos-penetrára nas florestas que o mastodonte ainda sulcava. Entre a humida espessura já crusára vagos Ramires, que carregavam, grunhindo, rezes mortas, molhos de lenha. Outros surdiam de tocas fumarentas, arreganhando agudos dentes esverdeados para sorrir ao neto que passava. Depois por tristes ermos, sob tristes silencios, chegára

st-Scriptum da prima Maria)-mostrando o seu alvoro?o em encontrar a t?o bella e t?o rica D. Anna Lucena! Mas ás seis horas, quando findasse a romaria das senhoras aos

ros, que o Bento, can?ado das gravatas que o Snr. Dr. experime

.! Ponha a branca, que lhe fica mel

. Ao port?o, apenas montára na egoa, temeu que as senhoras (n?o o encontrando no Claustro) encurtassem a visita, estugou o trote pe

ra para a lenta passagem d'um trem carregado de pipas. Um d'esses homens, d'alforge aos hombros, era o Mendigo-o vistoso Mendigo que passeava por aquellas

nhar a rica vida

d'Oliveira, meu Fidalgo. Os passageiros gostam de m

mpestade que chamam de S. Sebasti?o, e que aterrou Portugal em 1616. Uma herva agora alfombra o ch?o, crescida e verde, entre os poderosos troncos dos castanheiros velhissimos. A Egrejinha nova alveja, bem caiada, ao fundo da ramaria: e, ligada a ella por um muro esbrechado que densa hera veste, tomando todo o lado nascente do Terreiro-sobe, enche ainda magnificamente o céo lustroso, a fachada da Egreja do vetusto Mosteiro, suavemente amarellecida e brunida pelos tempos, com o seu immenso portal sem portas, a rosacea desmantelada, e esvasiados os nichos d'enterramento onde outr'ora se estira?avam as

ella romantica solid?o de lenda e verso, quando, sob o arco do portal, appareceram as duas senhoras voltando do velho Claustro. D. Maria Mendon?a, com a sua sacudida vivacidade, agitou logo o guarda-sol de xadrezinho, semelhante ao vestido, cujas mangas, tufando desmedid

o seu ?prazer por aquelle encontro...? Mas já D. Maria

nada amavel,

prim

a carta! E nem está á hora aprazada

lla casa n?o era sua, mas do Bom Deus! Ao Bom Deus competia ?faze

a D. Anna, gostou das ruinas?...

o que a espessa renda negra tor

cá uma tarde, com o pob

h.

, com polida tristeza. Mas D. Maria Mendon?a acudio, atirando

a espada enferrujada, chumbada por cima do tumulo... N?o ha nada que impressione

insa v?!-Pois n?o era verdade, Snr.a D. Anna?... Realmente! quem conceberia que a prima Maria, t?o viva, t?o sociavel, t?o engra?ada, descendesse d'uma poeira tristonha guardada dentro d'uma pia de pedra? N?o! n?o se

talvez can?ada

vamos mesmo entrar na capella,

pelo luto d'escomilha e l?, como esses grossos e rolantes rumores que a noite e o arvoredo adelga?am. Mas D. Maria confessou

cedo para recolhermos, n?o é verdade, Annica? E e

ava a serena tarde. E na rama d'um alamo, defronte do port?o da Capella, duas vezes um melro cantára. Gon?alo sacudiu todo o banco cuidadosamente, com o len?o. E sentado na ponta, junto de D. Maria, louvou tambem a frescura, o recolhimento d'aquelle cantinho de Craquê

prima! E o

o, sem sepulturas, sem antiguidades. E o sachrist?o logo

ica, déste alguma

co tost?es... N?o

revesse tamanha generosidade da Snr.a D. Anna, agarrava elle um mólho

e sempre sería mais instructivo que o homemsinho, que mascava, n?o sabia nada!... Semelhante morc?o! E eu com tanta curiosidade por

alo

u, prima Maria! Sei agora pelo Fado

ifferen?a pelas tradi??es heroicas da Casa. Conhecer sómente os seus Annaes desd

o pelo Padre Sueiro. O Videirinha só poz as rimas. Além d'isso antigamente, prima, a Historia era perpetuada em verso e cantada ao som da lyra... Em fim q

tem essa auctoridade historica ent?o

o, tossio, passou o

as, os cinco reis mouros, etc... Como o tal Gutierres soube da batalha n?o contam os versos do Videirinha. Mas, apenas lá dentro lhe cheirou a carnificina, arromba o tumulo, sahe por este pateo como um desesperado, desenterra o seu cavallo que f?

or?ava, ado?ára o sorriso, attrahida e levada, murmurou apenas:-?Tem gra?a!?-D. Maria, porém, quasi esvoa?ou sobre o banco de pedra, n'um extasis:-?Lindo

.. E voltou para Craq

mais em Santa Maria de Craquêde. O tumulo vasio, como está, e elle por Hespanha n'uma pandega heroica!... Imag

ira...-D. Anna baixára a face, mais sumida no véo, esfuracando a herva com a ponta da sombrinha. E a esperta D. Maria, para d

rguntar. O primo ainda tem muitos paren

istoria dos seus parentes de Fran?a-apezar

Mas que seja h

am ent?o festas maravilhosas, com um banquete que durou sete dias, e que anda nos compendios da Historia de Fran?a. Onde ha dan?as ha amores. A av? Ramires sobejava imagina??o e arrojo... F?ra elle que deante de Jerusalem, no Valle de Josaphat, lembrára que se erguesse um signal para que o Infante e os seus companheiros de romagem se reconhecessem no grande Dia de Juizo. Depois, natu

ateu as pa

o saber nada de fidalguias... Olhe como conhece pelo miudo a histor

e occupára de toda essa heraldica historia

mis

, por penúria de

Olhe, a Annica

ara o sagrado decilitro de carrasc?o e as tres azeitonas do dever... Um d'elles ent?o, rapaz muito engra?ado, de Melga?o, surdiu com a idéa estupenda de que eu escrevesse aos

ve um riso, since

m muita

se fundiram n'outras casas, até na Casa de Fran?a. E o meu padre Sueiro, apezar de todo o seu saber genealogico, nunca conseguiu d

lo, de tamanho fidalgo,

ra?a! Essas historias de Coimbra teem sempre muita gra?a.

, descortinára outra prova inesperada da grandeza dos Ramires

?o ricas, t?o poderosas, acabaram, desappareceram. E

lo ac

e para mim assim espantada. Aca

ias, que convinha se trocassem bem chegadamente, sem Marias Mendon?as de permeio no estreito ban

. Mas por quê,

e necessita voca??o, genio especial. As Fadas n?o me concederam esse geni

mente do cinto o relogio preso por uma fita de cabell

rimo que gosta ta

, nunca apparecem. Os santos, depois de santos, ficam na Bemaventuran?a a pregui?ar, ninguem mais os enxerga. E, para concebermos uma ideia das cousas do céo, só tem

uma faisca no o

ue ainda ve

que se esquecera na c

, se queres, entramos na Capella.

era e crua-que recamava tambem as paredes lisas, apenas guarnecidas, na sua rigida nudez, por lithographias de Santos dentro de caixilhos de pinho. Deante do

a a grosseira deselegancia das cousas, todos os seus defeitos se fundiam-os defeitos que tanto o horripilavam na tarde da Bica Santa, o rolar gordo da voz, o peito empinado, a os

ro esvoa?ou na ramagem dos alamos. E Gon?alo encontrou

offerecido agua benta á sahid

mo, que Egr

riscou, co

dos tumulos, até pa

o vestido, um aroma tambem fino, que n?o era o da horrenda agua de Colonia da botica do Pires. Em silencio, sob a ramagem das carvalhas, caminharam para

ia, ainda se demora

?o amavel, quiz que eu trouxesse os pequenos. O q

rmurou, se

m muita companhia... Eu tam

Maria com fervor. O que ella atura os p

findava, tingida de t?o lindas c?res de rosa sobre os pinheiraes escurecidos. Mas já o trintanario se acercava segurando a sua egoa. E D. Maria, d

.. Cinco legoas fart

ependeu, antevendo um p

o, com um resto de muralhas... Treixedo era um castello enorme... Na quinta

ria h

longe, ver

. D. Maria Mendon?a, no seu contentamento por t?o proveitosa tarde, sacudiu ardentemente a m?o do prim

serva??o sobre a Capella, ?pouco religiosa? depois das ruinas seculares do claustro, era uma observa??o fina. Quem sabe? Talvez sob carne t?o sensual se escondesse uma natureza delicada. Talvez a influencia d'outro homem,

rcos, recordando quando elle outr'ora e Gracinha pulavam ruidosamente por sobre essas campas, em quanto no pateo do claustro, entre as pilastras tombadas e a verdura das ruinas, a boa Miss Rhodes agachada procurava florinhas silvestres. Na abobada, sobre o mais vasto tumulo, lá negrejava chumbada a espada, a famosa espada, com a sua corrente de ferro pendendo do punho, a folha roida pela ferrugem das longas idades. Sobre outro lá ardia a lampada, a estranha lampada mourisca, que n?o se apagára desde a tarde remota em que algum monge, com uma tocha de sahimento, silenciosamente a accendera... Quando se accendera ella, a eterna lampada? Que Ramires jazeriam n'esses cofres de granito, a que o tempo raspára as inscrip??es e as datas, para que n'ellas toda a Historia se sumisse, e mais escuramente se volvessem em leve pó sem nome aquelles homens de orgulho e de for?a?... Depois na ponta do claustro era o tumulo aberto, e ao lado, derrubada em dous peda?os, a tampa que o esqueleto de Lopo Ramires arrombára para c

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