icon 0
icon TOP UP
rightIcon
icon Reading History
rightIcon
icon Log out
rightIcon
icon Get the APP
rightIcon

Opúsculos por Alexandre Herculano - Tomo VII

Chapter 2 No.2

Word Count: 4150    |    Released on: 06/12/2017

de mar?

es de aridez, na epocha do anno em que as chuvas s?o mais necessarias, têm quasi destruido as esperan?as dos agri

avel. Outros pensam nos alvitres para occorrer á miseria e á fome, que pode vir a pesar sobre a popula??o menos abastada. Isto é generoso e nobre.

bonan?a, voltavam-se para o céu quando a tempestade amea?ava submergil-os. Era d'aquelles trances que os sacerdotes, seus companheiros de riscos e aventuras, se apr

fosse, ao menos para interromper a monotonia das que diariamente diz aos reis. A imprensa que vive da publicidade, da publicidade que se estriba na bolsa do povo, praticaria um act

com a diversidade da sua miss?o politica ou litteraria, aproveitasse o ensejo de t

ssociem outras de mais valor as pessoas competentes. Posto que dominados por uma viva affei??o á agricultura, a essa rainha das industrias, somos apenas curiosos

do nosso sólo é exclusivamente representado pelos cereaes, pelo vinho e pelo azeite. Por import

que este n?o existe, ou tem uma existencia precaria onde n?o ha pastagens, e estas s?o sempre miseraveis e insufficientes n'um paiz onde a intensidade,

gado grosso; e o seu gado lanigero é pouco numeroso, imperfeito, e rareado annualmente pelos resultados de um tractamento quasi selvagem. Porque? Porque ainda

hada o lavrador acha-se collocado entre dous extremos deploraveis. Se o anno é mau, a limitada propor??o entre a semente e o producto torna-se ainda mais restricta, e embora

sa principal é a despropor??o enorme na distribui??o do solo: o homem crê fazer para si a parte do le?o, e engana-se. Espoliando os animaes que o ajudam nas suas laboriosas tare

ncem aos animaes domesticos. Nós talvez n?o lhes reservamos um centesimo. O erro n'esta parte produz uma in

ae correndo, descobre logo por divers

rrerá á fome. Porque? Porque o lavrador p?e quasi exclusivamente as suas esperan?as nas hervagens espontaneas; entrega á Providencia o cuidado dos seus bois e das suas ovelhas. Esta confian?a nem é prudente, nem r

co; perdemol-os se é excessivamente chuvoso. Pode-se dizer que

humas. Onde est?o os fenos devidamente colhidos e reservados, onde as raizes das plantas chenopodeas e cruciferas, onde os prados artificiaes, regados

Resta pedir a Deus que reduza á regularidade as varia??es atmosphericas, varia??es incertas só para nós, e dependentes de leis naturaes,

rmes, que constituem uma alimenta??o abundante para os animaes, s?o possiveis nos paizes h

mento; mostral-o por factos. Impressionados pelo que, com tristeza, acabamos de ver n'u

almente para o mar milh?es de pipas d'agua pelos grandes rios e por centenares de regatos, que podiam, muitas vezes com leve trabalho, fertilis

idade. A que deve o Minho a frescura dos seus valles, os enormes productos do seu solo, que n?o soffre compara??o com as nossas terras fortes da Estremadura? A uma arborisa??o admiravel. O homem do sul tem odio, litteralmente odio, n?o só ás selvas, mas até á arvore solitaria, que p

s, povoando os cimos dos montes, attrahiriam para os valles, n?o descem á terra: os ventos do norte, precipitando-se livres dos visos calvos das collinas, fustigam as encostas do sul, remoinham nas planicies, e n?o consentem sequer que o orvalho console á noite a vegeta??o devorada pelo sol do meio-dia. Na verdade, a aridez dos campos na esta??o estival pouco importa ao cultivador exclusivo de cereaes; mas quando causas desconhecidas impedem, durante o inv

ores, de prover á sustenta??o dos gados, o baldio é o segundo artigo do credo agricola d'elles. Os pastos communs s?o a cidadella da inercia e o theatro reservado pela ignorancia ás maravilhas da Providencia. Todas as desvantagens de conservar incultos terrenos que poderiam servir ao homem se adoptassemos um systema mixto, ou se attendessemos ás indica??es da sciencia e á natureza do nosso clima, para promovermos a arborisa??o nos logare

sensato e proficuo. Ignorando os melhoramentos que as rota??es judiciosas trazem ao solo, as vantagens da estabula??o, os methodos de multiplicar em quantidade e em energia os adubos animaes, desconhecendo a applica??o dos correctivos mineraes, o agricultor baseia nos maninhos, n?o só uma substitui??o á cultura das forragens, mas tambem um meio de adubar as suas terras, embora os estrumes vegetaes que d'elles tira, pessim

prem de pastagens e d'estrumes. Sendo esse o unico meio de obter combustivel, e n?o correspondendo o desenvolvimento das raizes lenhosas á rapidez e extens?o do consumo, o resultado final é facil de prever. Ha de chegar um dia em que a imprevidencia tenha dado inteiro o seu fructo. Esses cabe?os e gandras, rareados pela m?o do matteiro, espoliados emfim, dos ultimos fragmentos da sua triste cor?a de piornos e to

sobretudo por causa do combustivel, forcejar para que os cimos escalvados das cordilheiras se povoassem de pinhaes ou de soutos e devesas de outras arvores, que esses magros terrenos consentissem. Independentemente das influencias, que a nudez ou o selvoso d'aquelles escarpados rochedos possa ter na cultura dos campos visinhos; ainda sem attender a que Cintra perde de dia para dia, pela devasta??o dos grandes vegetaes, os encantos que ahi

mente o nosso paiz está condemnado a vêr sujeitar ao arrebatamento das paix?es politicas as quest?es mais estranhas, as conveniencias economicas, os meios de progresso material, as indica??es da experiencia, tra

ella por??o de terreno ingrato e calvo era destinado á sementeira ou plantio de um bosque que cobrisse de v

o na sua pudibunda nudez. Realmente o caso era grave. Agitou-se tudo, protestou-se, requereu-se. A urze e o piorno acharam logo advogados contra o pinheiro orgulhoso, contra

a dos pastos communs: tractava-se de dar um exemplo de previdencia e de progresso: tractava-se de applicar ao solo um capital, que só depois de quinze ou vinte annos poderia produzir um diminuto redito: de certo n?o havia aqui,

s, incorregiveis. Mas tambem n?o sabemos lisonjear o povo; porque a lisonja perde-o, como perde os principes: temos por isso bastante consciencia de nós mesmos, para reclamar a favor d'El-Rei, que n?o tem o habito das discuss?es publicas, que n?o pode vir a essa arena, a justi?a que lhe compete e a que tem tanto direito como o cidad?o mais obscuro. N?o acreditamos que um homem, porque se chama rei, esteja banido do

, se faltou a alguma das solemnidades legaes. N?o valia a pena. Que valesse, os agentes de S.M. deviam ser dobradamente zelo

integridade do maninho, appareceu estampado. é um

, que tantas vezes malbaratam, em ensinar a lêr os habitantes do campo, em inculcar-lhes as verdades practicas

quadradas: os pedregaes aforados teem quatrocentas e sessenta de comprido sobre cento e cincoenta de

pa?o, e mirara das alturas o nosso planeta, disse que lhe parecera a terra do tamanh

io? é impedir que n'um angulo d'ella sejam semeados pinhaes ou se fa?a

am sob o machado da imprevidencia. Os estevaes seguiram-nas. Agora revolve-se o ch?o para arrancar algumas raizes. Que arrancar?o as gera??es futuras? Pedras? Christo convert

os? Elles que pertencem a uma epocha p

m dispensar um dia de semana para esse mister, o que prova evidentemente n?o ser licito a

miseria industrial ingleza. Por fim invocam-se as leis; leis modificadas pela jurisprudencia administrativa moderna; leis promulgadas em epochas, nas quaes ou eram desconhecidos os verdadeiros principios de economia agricola, ou estes eram ignorados pelos legisladores; leis que, se o uso n?o houvesse obliterado uma grande parte das suas disposi??es, iriam lan?ar nas garras do fisco muitos d'esses t

elo menos a nós fallec

s e dous s?o quatro a q

p?o do corpo mas ao do espirito, ou antes que sem este n?o chegar?o nunca a minorar as difficuldades com que luctam para obter aquelle, nem a rodear-se dos confortos que s?o compativeis com a sua condi??o. Deploramos, sobre tudo, o talento naturalmente nobre quando sacrifica ás conveniencias transitorias verdades que, em outra situa??o, proc

ue n?o vergasse na tentativa de defender o baldio; o baldio no que elle tem de mais nocivo e absurdo. Confundiram-se idéas que importa distinguir; estabeleceram-se proposi??es que julgamos contrarias ao melhoramento da agricultura, inconvenientes ao bem estar futuro d

JA DO

Claim Your Bonus at the APP

Open