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Os fidalgos da Casa Mourisca Chronica da aldeia

Chapter 2 No.2

Word Count: 2256    |    Released on: 06/12/2017

apadas, seguiu a estreita vereda a custo cedida ao transito pela s?frega cultura nas terras marginaes do pequeno rio da aldeia. Depois, subindo a uma eminencia, parou a co

s montes, como se fossem roladas para alli em remotas eras por m?os de fundibularios gigantes, empenhados em encarni?ada lucta. Os olho

vam-se além em montes as cannas e o folhelho de milho, restos de recentes descamisadas; longas series de mêdas elevavam-se mais longe, á maneira de tendas em um arraial de campanha; juntas de bois, já livres do jugo, repousavam das fadigas d'aquelle

ellas tarefas, e em volta d'elle moviam-se, saltavam e riam duas

cia absorvêl-o. De repente distrahiu-o o som dos passos de alguem que se aproxim

esmerada elegancia e apuro, que lhe eram habituaes, subia a collina, precedido de dois ou tres c?es

s c?es, veio ter com o irm?o, exclamando

etica, o snr. Jorge! Bravo! Já n?o de

eu, encolhend

ta d'elle sem parar, póde fazêl-o simplesmente com o prosaico in

m symptoma importante. Quem é que se dá ao incommodo de uma ascens?o d'essas, quando o gozo da perspectiva que espera encontrar lhe n

que fois, calm

ontagne en pre

o irm?o, pousava a espingarda, e descobrindo a cabe?a, sacudia aos ventos

a farejar por entre as urz

ubito a recita??o,

córte além, no monte; parece feito de proposito para deixar vêr no plano posterior aquella povoa??o distante, que n?o sei que nome tem. E alli o campanario, com

entou, s

que se lhe diga; mas os actores e a comedia qu

dava á simplicidade campesina, e o fazia suspirar pela vida d

meia distrac??o e sem desviar os olh

jurar-te que n?o tinha notado uma só d'essa

isso é de poeta. Analysar minuciosamente

uncto da paisagem que eu observava; mas

era

homé, aquella azafama, aquella gente

maravilhas. A indifferen?a com que estes selvagens encaram tudo isto! Repara, vê aquelle labrego passar lá em baixo na ponte; olha lá se elle desvia a cabe?a para algum dos lados, ou se pára um momento para gozar do bello espectaculo que d'alli observa. Olha para aquillo! Selv

uvir o irm?o, e t

e indifferente, que trabalha, estivessem por ahi os montes, os valles e as ribeiras povoados de poetas contempladores como tu? Deves confessar que seria um campo bem ridiculo esse. Se eu até, para que te diga a verdade, estou persuadido de que n?o encontraria encantos nos logares muito visitados, que h

os concorda n'isto; vistos

mal cheirosos, que infectam, e mexe-se uma miryada de insectos repugnantes n'essa verdura que tanto admi

lha que bem que elle sahe d'aquelle

rto, ha lá tristes e prosaicas rea

ouvir-lhe estas palavras, o irm?o

que aquelles campos invadidos pelas ortigas, que nós lá temos, do que aquelles pomares mal tr

bre

a em baixo, com o do nosso pa?o acastellado, a actividade d'aquelles homens com a somnolencia chronica do nosso

habitualmente desanuviada. Dir-se-ia que pela primeira vez o vulto descarnado da realidad

instantes de silenci

está alli, a pobreza do nosso lado; porém a poesia... oh! essa deixa-nol-

trabalho, que cultiva os terrenos maninhos, que fertilisa a terra esteril, que sustenta, que educa e civilisa o povo, oh! d'essa é a poesia companheira tambem. Se o cas

esse sacudir de si as ideias negras evocadas pelas palavras

ilitarios! Com o que tu me vens! N?o sei quem foi que ha tempos me disse ter lido uma noticia curiosa a respeito da Inglaterra. Parece que o espirito industrial e economico d'aquella gente vae por lá destruindo as florestas, as matas, as sebes vivas, o que emmudecerá dentro em pouco os córos das aves; os rebanhos, que d'antes pastavam pelas campinas verdes, hoje já pro

uxiliam-se mutuamente, e que os trabalhos do anno succedem-se entre festas e solemnidades populares, lucrando todos, trabalhando todos, e enriquecendo cada vez mais a terra. Deves confessar que ha mais poesia nos dominios senhoris dos

um quê de poesia, de poesia elegiaca, se assim quizeres. Essa de qu

em que o tremendo prosaismo da completa mis

esouro escondido desde o tempo dos mouros, e que um dia alguem de nossa familia o achará, ficando fabulosamente rico. Que ess

u hoje pa

ar aqui o fio da

u reatal

á He

V

er o

ella poesia, ou aquell

osta que lidemos muito

conceito. Elle

ito philosopho. Adeus, Jorge; esper

s, Ma

pelos c?es, seguiu em direc??o dos montes, cantando

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