Os fidalgos da Casa Mourisca Chronica da aldeia
apadas, seguiu a estreita vereda a custo cedida ao transito pela s?frega cultura nas terras marginaes do pequeno rio da aldeia. Depois, subindo a uma eminencia, parou a co
s montes, como se fossem roladas para alli em remotas eras por m?os de fundibularios gigantes, empenhados em encarni?ada lucta. Os olho
vam-se além em montes as cannas e o folhelho de milho, restos de recentes descamisadas; longas series de mêdas elevavam-se mais longe, á maneira de tendas em um arraial de campanha; juntas de bois, já livres do jugo, repousavam das fadigas d'aquelle
ellas tarefas, e em volta d'elle moviam-se, saltavam e riam duas
cia absorvêl-o. De repente distrahiu-o o som dos passos de alguem que se aproxim
esmerada elegancia e apuro, que lhe eram habituaes, subia a collina, precedido de dois ou tres c?es
s c?es, veio ter com o irm?o, exclamando
etica, o snr. Jorge! Bravo! Já n?o de
eu, encolhend
ta d'elle sem parar, póde fazêl-o simplesmente com o prosaico in
m symptoma importante. Quem é que se dá ao incommodo de uma ascens?o d'essas, quando o gozo da perspectiva que espera encontrar lhe n
que fois, calm
ontagne en pre
o irm?o, pousava a espingarda, e descobrindo a cabe?a, sacudia aos ventos
a farejar por entre as urz
ubito a recita??o,
córte além, no monte; parece feito de proposito para deixar vêr no plano posterior aquella povoa??o distante, que n?o sei que nome tem. E alli o campanario, com
entou, s
que se lhe diga; mas os actores e a comedia qu
dava á simplicidade campesina, e o fazia suspirar pela vida d
meia distrac??o e sem desviar os olh
jurar-te que n?o tinha notado uma só d'essa
isso é de poeta. Analysar minuciosamente
uncto da paisagem que eu observava; mas
era
homé, aquella azafama, aquella gente
maravilhas. A indifferen?a com que estes selvagens encaram tudo isto! Repara, vê aquelle labrego passar lá em baixo na ponte; olha lá se elle desvia a cabe?a para algum dos lados, ou se pára um momento para gozar do bello espectaculo que d'alli observa. Olha para aquillo! Selv
uvir o irm?o, e t
e indifferente, que trabalha, estivessem por ahi os montes, os valles e as ribeiras povoados de poetas contempladores como tu? Deves confessar que seria um campo bem ridiculo esse. Se eu até, para que te diga a verdade, estou persuadido de que n?o encontraria encantos nos logares muito visitados, que h
os concorda n'isto; vistos
mal cheirosos, que infectam, e mexe-se uma miryada de insectos repugnantes n'essa verdura que tanto admi
lha que bem que elle sahe d'aquelle
rto, ha lá tristes e prosaicas rea
ouvir-lhe estas palavras, o irm?o
que aquelles campos invadidos pelas ortigas, que nós lá temos, do que aquelles pomares mal tr
bre
a em baixo, com o do nosso pa?o acastellado, a actividade d'aquelles homens com a somnolencia chronica do nosso
habitualmente desanuviada. Dir-se-ia que pela primeira vez o vulto descarnado da realidad
instantes de silenci
está alli, a pobreza do nosso lado; porém a poesia... oh! essa deixa-nol-
trabalho, que cultiva os terrenos maninhos, que fertilisa a terra esteril, que sustenta, que educa e civilisa o povo, oh! d'essa é a poesia companheira tambem. Se o cas
esse sacudir de si as ideias negras evocadas pelas palavras
ilitarios! Com o que tu me vens! N?o sei quem foi que ha tempos me disse ter lido uma noticia curiosa a respeito da Inglaterra. Parece que o espirito industrial e economico d'aquella gente vae por lá destruindo as florestas, as matas, as sebes vivas, o que emmudecerá dentro em pouco os córos das aves; os rebanhos, que d'antes pastavam pelas campinas verdes, hoje já pro
uxiliam-se mutuamente, e que os trabalhos do anno succedem-se entre festas e solemnidades populares, lucrando todos, trabalhando todos, e enriquecendo cada vez mais a terra. Deves confessar que ha mais poesia nos dominios senhoris dos
um quê de poesia, de poesia elegiaca, se assim quizeres. Essa de qu
em que o tremendo prosaismo da completa mis
esouro escondido desde o tempo dos mouros, e que um dia alguem de nossa familia o achará, ficando fabulosamente rico. Que ess
u hoje pa
ar aqui o fio da
u reatal
á He
V
er o
ella poesia, ou aquell
osta que lidemos muito
conceito. Elle
ito philosopho. Adeus, Jorge; esper
s, Ma
pelos c?es, seguiu em direc??o dos montes, cantando