icon 0
icon TOP UP
rightIcon
icon Reading History
rightIcon
icon Log out
rightIcon
icon Get the APP
rightIcon

Os fidalgos da Casa Mourisca Chronica da aldeia

Chapter 5 No.5

Word Count: 2495    |    Released on: 06/12/2017

a a manh?. Abria alguns livros, consultava-os com atten??o, afastava-os depois com impacienc

ta de livros proprios para a cultura do espirito, mas se

a a realisa??o da grande obra em que meditava. Algumas arithmeticas, um ou outro raro folheto de agricultura e poucos numeros soltos de jornaes estrangeiros, foi tudo quanto p?de encontrar e que consultou, sem que o satisfizessem a

resolver só por elle os problemas, cuja solu??o em v?o procurára na leitura. E a raz?o de Jorge era poderosa bastante pa

arrancal-o a chegada de Mauric

ahia uma profunda agita??o. Atravessou silenciosamente o quarto com passos apressados, sentou-se ou antes deixou

tes signaes um dos costumados f

Que é o que tens? Que t

o-se outra vez e pondo-se a passear no quarto.

tra

tes que lan?am a lama suja, onde nasceram e vivem, á face da gente

ganhos de senhor feudal hoje s?o de mau gosto

ente. O essencial é que se tenha san

-emendou Jorge, sorrindo.-O

!-tornou o irm?o despeitado.-

eceio que haja ahi algu

e sahe da casa da eira, aonde andava com os criados, e berra-me: ?Olá, ó fidalguinho, isto aqui n?o é terra baldia, nem roupa de francezes.? Eu olhei para elle, mas n?o lhe respondi e continuei andando; elle tornou de lá, e já caminhando para mim: ?Menino, n?o ouviu? Eu n?o quero os meus campos trilhados.? ?O que estragar, pagarei?, respondi-lhe já azedado. O estupido soltou uma risada insolente, e disse-me: ?Com o que? Pergunte primeiro em casa se o que lá tem chega para pagar o que devem já.? Ouvindo isto, perdi a cabe?a e corri para o homem, exclamando: ?Para que n?o duvides da minha palavr

cura pagal-as-respondeu, tri

epois ac

radavel occorrencia. Já vês agora que e

que

o. Nem tu nem eu temos animo para soffr

eis?! Eu

olhar com que nos seguirem, o pensamento que lhes despertarmos, ser?o para nós igualmente humilhantes

s fazer ent?o? Q

o; mostrar que n?o

s de que

insolentes, e collocando-nos, pela prosperidade das nossas terras,

t?o fazer-

al foi a ac??o nobre, magnanima, que deu tal esplendor a nossa familia, que se n?o possa apagar esse esplendor com a vida de ociosidade, de desleixo e de dissipa??o ingloria que levamos? A chronica n?o é clara a esse respeito. Tivemos guerreiros que morreram pela patria, é nobreza, de certo; mas quantos soldados obscuros n?o existiram entre os ascendentes d'esses pobres homens que por ahi ha, t?o heroes como os nossos, mas

a e revolucionaria, que n?o sei onde te lev

e n?o posso deixar de reconhecer que s?o justas. Elles

!-repetiu indi

e em pouco tempo nos levará á miseria. Na aldeia todos sabem isto. N?o queres pois que nos desprezem, ao verem-nos, rapazes de vinte annos, robustos, e com energia e intelligencia, gastar ociosamente a vida e a juventude em passeios e em ca?adas, olhando por cima do hombro para

aso teremos já chegado

mos chegado; mas ainda nos poderem

c

icando-nos devéras á r

as

edir-lhe que me deixe olhar por mim proprio para a administra??o das nos

endes tu de

tre. N?o tiveram outro esses rusticos pr

ficou p

Jorge, era nas coisas da vida guiado mais pela imagina??o do que pela raz?o. Se uma causa o seduzia, adoptava-a, sem a julgar. Igualmente a rejeitaria, se á primeira intui??o lhe desagra

voltando-se para Jorge, disse-l

sentir-se orgulhosa e satisfeita a alma do que trabalha, porque vê que cumpre um dever. O que se nos figura fadiga é prazer. Pois n?o te parece que um escriptor, por exemplo, deve ser feliz nas horas de composi??o? e que o artista curvado sobre os i

entava com um movimento de cabe?a uma e outra d'estas estrophes em honra do tra

fugaz. O escriptor nas horas de composi??o, e principalmente o artista e o lavrador nas fadigas do seu mister, n?o teem esses gozos que fantasias; antes devem sentir muitas vezes grandes desalentos e grandes fastios. O que os estimula, mais do que a poesia, é o dever. Recompensas ha, n?o nego que as haja, além das materiaes. Deve haver uma certa tranquillidade de consciencia, uma ausencia de remorsos, isto de um homem poder fitar sem vergonha os que

riu, objecta

lado, quando trabalhares, porque ainda a n?o viste, aond

um lavrador, aonde se trabal

ssas que ella está

Thomé, nem nenhum dos seus cria

Thomé sentid

rado está d'ella, que o assaltam as distrac??es dos namorados. E o trabalho é exigente e severo; ha uns cuidados pequeninos, impertinentes, prosaicos, de que

udar de vida, cada um com o grau de firmeza propria do seu caracter, e porta

o dormia ainda a sesta, e portanto o

va o seu vulto negro sobre o fundo azul pallido do céo sem estrellas. A ramaria dos carvalhos e a

icas paragens andava o pensamento do pobre velho?! Passadas magnificencias, festas, alegrias e triumphos de tempos mais felizes, memorias de vida n'esta habita??o hoje silenciosa, e por toda a parte

e ve

escuro que se dirig

Claim Your Bonus at the APP

Open