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Os fidalgos da Casa Mourisca Chronica da aldeia

Chapter 8 No.8

Word Count: 4901    |    Released on: 06/12/2017

rentes personagens, que já temos apresentado ao

sma vida que até alli, porque n?o se obtivera aind

diga que elle soffria com demasiada resigna??o as delongas da empreza, na parte que lhe dizia respeito, e c

binete, discutia nas conferencias com Thomé, e principiára já a re

s mais activos e methodicos; viam-se já por lá as enxadas e os arados revolverem a terra e desarreigarem as hervas estereis; já se podava e enxertava nas vinhas e pomares

ios com espanto e despeito, murmurando do

nal-dizia elle.-Entradas d

suas reflex?es ao fidal

rg

o de observar esses melhoramentos, sentiu um intimo prazer, sabendo que aquella fazenda era agricultada por conta da casa. O fidalgo n?o procu

portante litigio, que podia decidir do destino de quasi metade dos seus bens. Esta demanda, complicada

enira D. Luiz de que

tados, por incuria do padre-capell?o. Mostrou-os a Thomé, que experiente n'estes negocios como um verdadeiro lavrador do Min

a o seu pensamento da realisa??o completa. O que havia por fazer er

acontecimento, que algum tanto t

Herdade uma ca

s em scena; porque a leitora suspeita já que vae chegar a final a heroina da historia;

fica dito, era a fil

em abastado em que depois se tornou, procuraram-lhe os p

mal; Luiza, pela sua parte, solicitou e conseguiu identico favor de uma senhora do Porto, para

volu??es, alterou a posi??o relativa de toda esta ge

te ultimo succedeu á tal senhora, cuja indole bondosa e timida n?o soube opp?r estorvos ás prodigalidades de um irm?o perdular

com affecto. Além d'isso, outra e mais generosa inten??o levou-os a darem aquelle passo. Queriam concorrer para alliviar o infortunio da infeliz senhora, que sempre na opulencia os auxiliára e estimára. Possuiam porém bastante delicadeza para lhe offerecerem so

escassos commentarios na aldeia, onde se disse que o Thomé da

lhos aquelle passo de Thomé, cujo engrandecimento h

isca e de Beatriz, a pallida e meiga crian?a, que temos visto viver ainda na me

por duas vezes, deixando-a inteiramente entregue aos cuidad

is e mais seductor relêvo. Bertha n?o era já a crian?a que sahira da aldeia, sem um pensamento que retivesse, sem um sorriso que encobrisse, sem um olhar que se desviasse pensativo ou timido, sem uma d?r que se n?o manifestasse em lagrimas

nfundida com a elegancia, apurára-lhe a delicadeza feminina, desenvolvêra-lhe

ia tantas vezes, em circumstancias taes, a offusca. Gozava, mas sem embriaguez; sentia, mas sem arroubamentos; e, apreciando as prendas de educa??o que ia adquirindo, nunca perdia de vista a modestia do seu nascimento e

aquella ideia uma sombra negra, que n?o lhe deixava vêr a luz; simplesmente um

lias e até dos seus pequenos caprichos de rapariga

paes, nunca se lia uma phrase que elles n?o entendessem, uma palavra que os embara?asse e lhes fizesse sentir a inferioridad

za, e esta convic??o n?o o deixava arrepender de a haver educado com esmero.

de fórma, que n?o sómente aos pae

e pensar t?o acertada, vistas t?o despidas de preconceitos, tanto sentimento revelado com tanta sobriedade de phrases sentimentaes, que s?o o maior achaque nas cartas de mulher; transpareciam t?o distin

ece o nome, ou quando muito uma fei??o, um acto da vida, um pensamento, insinuou-se no cora??o de Jorge. Era um sentimento, que n?o o inquietava ao principio, nem lhe perturbava o

agora pela vida da adolescencia. Pareceu-lhe n?o haver contradic??o entre aquella physionomia e o caracter que

, de que a raz?o lhe n?o dava boas contas. Pareceu-lhe ser aquillo u

o for?ada acabou por produzir no espirito de Jorge um effeito singular; foi um grau de irrita??o, revelado em uma especie de hostilidade para com Bertha, cuja imagem viera perturbar-lhe a limpidez de cora??o, que tivera até alli, e fazer-lhe pel

a respeito de Bertha, antes de narrarmos o eff

ongas conversas com o pae, contando-lhe por miudo os singelos episodios da sua vida de rapari

m Bertha se educava, havi

crevia as

queri

viver outra vez mais feliz!... Pe?o-lhe que me diga o que devo fazer n'este caso. Eu sei que o pae já uma vez fallou em mandar-me para outro colegio, se por acaso me faltasse a minha madrinha. Deixe-me porém lembrar-lhe algumas coisas, e depois decida. Eu n?o quero dizer que tenha uma educa??o perfeita; mas, como n?o conto, nem desejo, viver nas salas d'aqui, posso bem passar sem esses apuros, que para isso me seriam precisos. Muito tem já o pae feito por mim; é preciso agora olhar por meus irm?os, e alguns est?o em

á m?e, muitos be

espera muito

rt

ar muitos recados á Jo

o á tia Euzebia e ás

ilha, e entre ambos discutiram

onge das vistas, o sonhado prazer de a sentir, animando a casa com todo o calor de vida que em torno de si diffunde uma rapariga d

ue Bertha voltass

da filha, cujos habitos, modificados pela vida da ci

cessidades, e a liberalidade paterna provia a ellas. E tudo isto preoccupa

empenhado n'esta labuta??o caseira, e

e D. Luiz ouviu com

xima??o d'um perigo,

roxima chegada da filha, e até os auxiliou com o seu alvitre na resolu??o d

press?es moraes. Experimentava um mixto de mal

elle proprio a Li

nte alguns dias, as confere

e Thomé n?

as passados, era elle

por entre os pinheiros de uma bou?a cerrada, viu passar, em um curto lan?o de estra

a melhor os reconhecer, que chegassem a outro lan?o m

que eram um homem e uma sen

homé; a senhora parec

escoberta dirigiu o cavallo

na dama, que Thomé acompa

que aquellas fei??es lhe iam suscitando, o

io; venha cá, que me volta ao pombal uma po

r corroborar a sus

tha a a

ada de seu pae e a pequenina dama, a quem dedicava já ent?o os seus galanteios infantis; era ella, mas com todas as surprendentes e ra

ia nos movimentos, nos olhares e nos modos d'ella um mixto da candura de uma crian?a e dos delicados instinctos da mulher; reconhecia-se a f

maravilhado diant

da rapariga, que o saudára córando.-E é certo que é Bertha! Conhe?o ainda o

ia e express?o dos de Mauricio, e domin

s velha, n?

ez-se um anjo-a

jo era d'antes. Hoje já n?o repi

ar-se. Ao céo é que competiriam as f

mudan?a em si, snr

eixei, n?o dizia a

?o tirava-lhe ainda a f

entia, Bertha-re

ar de duvida e quasi de tri

lhor dizem d'essas coisa

sinaram a desc

nsino! Cada um

da. Lembra-te, Bertha, de que tua m?e a estas horas n?o faz out

mos

o lado do de Bertha, que cavalga

ertha, suspirando e emquanto corria a vista pelo hor

reixos, lá em baixo, ao

auricio, apontando par

nde está a fo

s com a Anna do Védor co

quinta do Emigrado um c?o grande que lá

mbra de quem

lhe valeu a Anna do Védor, que se n?o

ndiabrado me mordesse no pulso;

, que se curvou para observar o ves

do Védor? que tanto lhes queria, a si e ao snr. Jorge? Sei que

ulher de casa! é um gosto vêl-a, no meio dos campos, de mangas arrega?adas e chapéo de palha na

que exprimia a grande conta em qu

o está

uricio, com uma express?o de sincera

seus meninos que trouxe ao collo e que sus

ralha com u

orque o faz. Ent?o pensa qu

e queixo de certa parci

rg

snr. Jorge?-pe

vros e á papelada da casa, como um homem, e já n?o ha d

direitas-disse Th

istrahir-se mais um bo

genio frio

é um rapaz de juizo e que, se continuar assim, ha de reme

?o. Eu tambem estou decidido a trabalhar.

artir?-pergu

a??o por aqui, acredite; por esses valles, por essas d

ra on

r o destino. Mas o Thomé r

a de acreditar que elle parte devér

ent

icio nos deixe; mas, a isso succeder, n?o

o meu cora??o.

e?a. E agora o nosso caminho é por aqui. O snr. Mauricio, se quizer dar-nos o

a minha presen?a as alegrias de familia. Adeus, Bertha, cont

Mauricio... s

confian?a, estendeu a pequena e delic

-a cavalheirosamente aos labios, movimento que augmentou as c?res nas fac

com os olhos e ficou pensativa

n?o deixou passar muito tempo

a tua idade, e com a educa??o que tens, n?o era para admirar que te agradasses de um rapaz assim. Mas, pensa emquanto é tempo, filha, no mal que a ti propria fazias, se estouvadamente te deixavas enfeiti?ar. Elles s?o os fidalgos que sabes, e mais fidalgos ainda se julgam do que s?o. Tu, rapariga, és minha filha, e eu sou um lavrador, que já servi n'aquella casa. Entendes? ó Bertha, por quem és, n?o me fa?as arrepender da educa??o que te de

a express?o melancolica e pensativa, que conservavam o resto das fei??es. Ma

to atalhou

na vida; n?o perdi de vista o que sou. Sei ao que devo aspirar, e farei por n?o collocar a felicidade muito acima do alcance de meu bra?o. Na amizade de Mauricio creio que n?o have

aquelle. Se disser que é teu amigo, é teu ami

re foi. Já em crian?a era

eu cuidado e que levará a bom fim. Creio-o. Vem quasi todas as noites a nossa ca

Mas q

m vingan?a hei de faze

m beijos e a banhou de lagrimas generosas; os irm?os pequenos olhavam espantados para Bertha que n?o conheciam, e c

l acolhimento, d'aquelle renascer dos dias passado

á festa, que cada um tinha a sua vida a tractar, e que Bertha precisava de descan?o; os abra?os

ta, os costumes, tudo esquece; a manifesta??o é ruidosa, irresistivel, desordenada, anarchica. Sómente quando prin

am estado tanto tempo no quinteiro, quando os esperava a sala que

mais regular e ordenada conversa entre

igilante nos campos e mais c

?es que bem traduzam o que se sente ent?o. Suppram-n'as as recorda??es do leitor; e muito sem

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