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A Cidade e as Serras

Chapter 10 10

Word Count: 3357    |    Released on: 30/11/2017

e ouro, fazendo poeira pelos caminhos, e alegrando toda a natureza, desde os passaros até os regatos, subitamente, com uma d'aquellas mudan?as que tornam o seu temperame

e os arroios fugiram para debaixo das

o meu quarto, n?o resist

acintho! Talvez duas semanas d'agua! E agora é se vae saber quem é aqui o fino ama

u para a janella com a

s e tirar um casac?o impermeavel... N?o importa! Fica o arvoredo ma

amos porém meio caminho, quando, depois d'um arrepio nas arvores, um negrume carregou, e, bruscamente, desabou sobre nós uma grossa chuva obliqua, vergastada pelo vento, que nos deixou estonteados, agarrando os chapeus, enrodilhados na borrasca. Chamados por uma grande voz, que se esgani?ava no vento, avistamos n'um campo mais alto, á beira d'um alpendre, o Silverio, debaixo d'um guarda-chuv

ampo, corremos para o alpendre, nos refugiamos n'aquelle abrigo inesperado, a escorrer,

que fer

olhedora, que em dous mezes, inalteradamente, só lhe offerecera do?ura e sombra,

muitas vezes assi

Silverio aterro

e V. Ex.a vêr no inverno, se V. Ex.a se aguentar por cá! En

logo pela manh?, quando sentiu o ar carrancudo e as folhinhas dos choupos a

, já ha dias... E como póde ser obra que se pegue, bexigas ou coisa que o valha, pensei comigo: Nada, o seguro morreu de velho! Metti para o alpendre... E

a negro, onde o vento se calára; e para além do rio e dos montes havia

rcados, que me arrefeciam. E o bom Silverio, passando a m?o pensativa s

nda estía! Nunca pensei

ó abrigava madeira, um cuculo de cestos vasios, e um carro de bois, onde o meu Principe se sentára, enrolando um cigarro confortador. A chuva desabava, copiosa, em longo

nte o meu Principe, que é que o se

voltou a face

magine V. Ex.a que faltam por cá doen?as. O ar é bom. N?o digo que n?o! Arsinho s?o

medico, n?

ior de quem habita regi?es c

em entendido... o Firmino, hein, Snr. Fernandes? Homem capaz. Medico é o Dr. Avelino, d'aqui a legoa e meia,

rtinas pardacentas. No campo, em declive deante de nós, ia um longo correr de ribeiros barrentos. Eu terminára por me sentar na ponta d'um madeiro, enervado, já com a fome agu?ada pela manh? agr

ho, com uma carita miuda, toda amarella sob a porcaria, e onde dous grandes olhos pretos

chegar para cá, deixa-te estar ah

beicitos descorados murmurar

ixe vir o rapaz!

que informou

sgueira, ali do casal da figueira. E ainda tem

te!-exclamou Jacintho. Coitadito, t?

dedo, com os tristes olhos pasmados

o, por que... Que quer V. Ex.a? Mal comido! muita miseria... Quan

bruscamente da

tem fome? Ha aqu

pediam, ora a mim, ora ao Silverio, a confirma??o d'esta m

aqui nas serras, sem trabalho e sem miseria... Em toda a parte ha pobres, até na Austra

eve um gesto d'af

nha propriedade, dentro d'estes campos que s?o meus, ha gente que trabalhe para mim,

ente, ante aquella candida ign

que se n?o fosse algum soccorro que se lhes dá, nem eu sei!... Este Esgueira, com o rancho de filhos que tem,

hou Jacintho com u

, mais leve e mais rala. Mas ent?o Silverio alargou os bra?os d

que n?o entra! N?o se sabe o que a mulh

alterou na sua p

o, Silverio... Abra o seu

respeitosamente Jacintho, através do campo encharcado. Eu segui, pensando na esmola sumptuosa que o bom Deus m

umo, e para a gente. E em redor, a Natureza e o Trabalho tinham, através d'annos, accumulado ali trepadeiras e fl?res silvestres, e cantinhos d'horta, e sebes cheirosas, e velhos bancos roidos de musgo, e panel

ra do guarda-chuva, Silverio

aria... Ol

o alta, escura e suja, com uns tristes olhos pi

?-Abre lá a porta, que es

ma voz dolente e arrastada mas sem queixume

mo ha de ir? Malz

ch?o, d'entre abafos, amodorrado e len

estou, e malzin

-chuva em riste, meio aberto, como um escudo

Maria!... Isso foi friage

mbro de Jacin

uita miseria! Até l

s fumara?as da lareira, era t?o negra como o ch?o. E aquella penumbra suja parecia atulhada, n'uma desordem escura, de trapos, de cacos, de restos de coisa

to embara?ado, murm

em, est

anto o Silverio decerto revelava á rapariga, a presen?a augusta d

dê muito boa sorte! No

tas, nos colheu, no meio do campo, Jacintho parára, olhava par

Zé Fernande

zeir?o do Sil

vez, rapaz? Vae par

uem elle mais especialmente arregalava os olhos tristes, e que aquella miseria, e a sua muda humildade, embara?avam, acanhavam horrivelmente, só soube sorrir, murmurar o seu vago: ?Está bem, está bem...? Fui eu que dei ao pequenito um t

ve esse dinheiro á

rei eu olhando o relogio.

e a grossa camada de nuvens já se ia enrolando sob a lenta varredela d

rio, e onde um leve enchurro vinha ainda, saltando e chalrando. De cada ramo tocado

mais largo, entre um socalco e um renque de vinha

quero mais estas horri

os hombros, com um vago eh!

que os v?o buscar logo a Gui?es. E recommenda??o ao medico para voltar ámanh?, e em cada dia; até que ella melhore...

ns tost?es bastavam... Nem era bom acostumar assim, a tanta fra

o-de ter, disse Jac

da, murmurou

ho, no espanto d'aquellas extravaganc

dando! é meio dia! Esto

lhada pelo peito, e a barraca exorbitante do guarda-chuva vermelho enrolada debaixo do bra?o. E Jacintho, puxand

la pobre gente... E naturalmente, as dos outros caseiros s?o pocilgas eguaes... E

Silverio gagu

balbuciav

quero dizer... Qu

tirou um g

nte e tres! se bem lembro

! uma casa simples, mas limpa, confortavel, como a que tinha a irm? do Melchior, ao pé do lagar. Silverio estacou de novo. Uma

mo Senhor! E é para ma

lente homem. E Jacintho, muito do

de réis! Digamos dez, por que eu queria

rio teve um b

.mo Senhor, é

eados de horror, dos seus immensos bra?os abertos para tra

, bragal, dez contos de réis! Ent?o tambem eu rio! Ah!

, como declinando toda a responsabil

. Ex.a é

a essa gente, os contractos que existem, para os melhorar. Ha m

ceu o convite, penhorado. Mas pedia licen?a a Sua Ex.a para passar primeiramente pelo lagar, para ver os car

que eram ligeiros, pela hora do almo?o que se retardára, pello azul ale

disse eu, batendo, com uma ternura que

Haver por ahi, á vista da minha casa, outras

sou sobre uma esquina do casar?o, ao fundo, uma viva tira d'ouro. O clarim dos gallos soava claro e

ulher, puzera toda a sua alma n'essa mulher, só por a avistar a distancia na rua. Depois, uma tarde que a seguia, enlevado, ella entrou n'um portal de egreja, e ahi, de repente, ergueu o veu, entreabriu o vestido, e mostrou ao pobre

vo, com os dedos na

emfim, esta, louvado seja D

e. E ambos subimos alegreme

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